Transmutation News – December 2015 – Portuguese

Transmutation News Dezembro de 2015

Apesar de o tempo não ser linear, é natural que todos nós estejamos a aproximar-nos do fim do ano com um chamamento da nossa psique interna para refletir em tudo o que nos tem acontecido ao longo do ano. Na verdade, o ano não termina. Mas, tal como as mudanças de estações, entramos num novo tempo de vida.

Muito aconteceu no planeta em 2015. E agora estamos todos preocupados sobre o presente e o futuro do planeta. E é por isso que todos nos comprometemos tão profundamente em estar ao serviço. O terrorismo e as mudanças climáticas aumentaram. Flagrantes ataques terroristas, como o que aconteceu em Paris, em Novembro, mostram que as pessoas se esqueceram de como toda a vida é preciosa. E claro que o terrorismo continua a aumentar por todo o mundo, mas algumas das histórias trágicas não têm cobertura nos meios de comunicação. Eu sei que nos sentimos de coração partido por tamanha falta de respeito pela vida. E, às vezes, é fácil cair num lugar de medo e falta de esperança. Ainda durante estes tempos é importante que nos mantenhamos focados no nosso trabalho espiritual e a segurar o espaço para todos. Construir um mundo invisível de substância deve acontecer antes que qualquer outra mudança exterior possa ocorrer.

A 31 de outubro deste ano celebrei 35 anos de aprendizagem na prática formal da viagem xamânica. Apesar de ter sempre trabalhado com espíritos de luz desde a infância, conheci formalmente o meu espírito guardião e os outros espíritos auxiliares no meu curso de xamanismo. Eles, realmente, sempre mantiveram a luz na minha vida enquanto eu seguia o caminho do espírito.

E é também este ano que celebro o 16º aniversário de escrever as colunas mensais de Notícias de Transmutação. Como partilhei em várias colunas, trabalhar com o tarot também me deu um mapa espiritual de apoio durante a minha vida adulta. No tarot, a carta que está associada ao número 16 é a torre. E é a carta do desmembramento. Marca um tempo de desintegração das velhas estruturas para que se possam construir novas formas.

Na minha vida pessoal, tenho estado no ano da Morte/Renascimento. E tem-me sido pedido para deixar ir a velha história de quem eu tenho sido e encontrar uma nova identidade, à medida, porque a minha vida mudou para um novo ciclo.

Estou muito grata ao meus espíritos auxiliares e a tudo o que escrevi em Medicina para a Terra e Walking in Light: The Everyday Empowerment of Shamanic Life (sem tradução em português). Tudo o que escrevi foi o meu mapa de estradas continuado enquanto eu me manobrava por territórios nas minhas paisagens interiores e exteriores, como não tinha experimentado antes.

E tudo o que escrevi nestes dois livros tem sido o tema da Notícias de Transmutação nos últimos 16 anos.

Sinto, por agora, que este ano completa um ciclo no formato da Notícias de Transmutação. Tenho-vos dado todas as ferramentas que tenho sido guiada a partilhar de como despertar do velho sonho em que temos vindo a viver e de como entrar num novo sonho. E, agora, cabe-vos a vocês levar o que tenho partilhado ao longo destes anos, fazer o trabalho e vivê-lo.

A verdade é que, como humanos, temos rompido com as leis da natureza. Mas temos a possibilidade de mudar as coisas. Vivemos num planeta que tem milhares de milhões de anos. E a Terra sabe como se curar dos danos humanos.

Mas podem os humanos curar-se de todos os danos? Eu acredito que sim. Mas temos de acordar do denso sonho coletivo que está a orientar a forma como vivemos nesta Terra. E sinto, de momento, que tenho partilhado o que posso sobre como acordar do sonho. Claro que, à medida que surgirem novos insights, irei partilhá-los convosco. Mas é altura de parar de repetir continuamente o mesmo material.

Ponderei se seria tempo de parar de escrever a coluna mensal e decidi continuar porque quero manter-me uma voz de inspiração para vos ajudar a seguir focados o vosso trabalho espiritual. Quero mudar o formato da Notícias de Transmutação. Porque, como disse, tenho vindo a dar muitas ferramentas para trabalharem. Chegou a altura de escolherem o que fazer com elas.

Para os que são novos leitores da Notícias de Transmutação, tudo o que tenho escrito desde 2000 está arquivado. Podem escolher um ano e um mês. Ou, tal como se faz numa adivinhação, ler o que está escrito naquela coluna mensal pode dar-vos o empurrão perfeito e as ferramentas de que necessitam neste momento. Há muita informação que tenho partilhado ao longo dos anos.

À medida que a minha paisagem interior continua a mudar radicalmente, porque planto um jardim novo com novo solo e novas sementes, não posso dizer como esta coluna irá evoluir.

Mas, por agora, o meu sonho é mudar a Notícias de Transmutação para ser dedicada a realizar cerimónias em conjunto, como uma comunidade global. Quando juntamos o nosso trabalho pessoal com o sermos parte de uma comunidade que realiza cerimónias junta, a mudança acontece dentro e fora. Vocês são mudados pelo trabalho cerimonial e o campo coletivo de energia também muda.

Espero escrever uma cerimónia a cada mês ou trimestralmente. Irei continuar a escrever mensalmente, mas talvez reduza o tamanho de cada coluna. Adoro escrever e comunicar com todos vocês. A comunidade virtual que criámos parece-me tão tangível!

Quero manter as cerimónias atualizadas. Como bem sabem, a vida está a mudar para mim de uma maneira significativa e em quem me estou a tornar é um trabalho profundo e progressivo, em que só posso estar no presente e render-me ao que é e ao que me sinto chamada a partilhar.

Só posso dizer que é um tempo de despertar para todos nós. E não podemos acordar para um novo sonho até que larguemos completamente os nossos velhos sonhos e as nossas velhas histórias. Sei, na minha vida, que as minhas histórias eram quem eu era. Tenho vivido uma vida rica, variada e selvagem e sinto que vivi múltiplas existências numa só. E chegou a altura de pôr de parte as minhas velhas histórias e de criar uma nova história de quem eu sou agora e no presente.

Ao entrarmos no solstício e no final de outro ano, pode ser um tempo para vocês refletirem nas velhas histórias que necessitam de largar. Que nova identidade querem nutrir e manifestar em 2016?

Para este mês do solstício, convido-vos a começarem a preparar-se para as nossas cerimónias futuras. Por favor, leiam o que juntei à secção de Notícias de Transmutação (“Preparação para o Trabalho Cerimonial”), que agora publiquei na página da Transmutation News, por baixo das instruções de “Criar uma Teia Humana de Luz”.

Eu sei que alguns de vocês que leem a Notícias de Transmutação são experientes praticantes de viagens xamânicas. E alguns de vocês estão interessados na prática de xamanismo, mas ainda não deram os passos para fazerem uma viagem xamânica. Neste caso, podem fazer o vosso trabalho de preparação e, simplesmente, entrar num estado meditativo profundo. Não têm de fazer uma viagem xamânica para participar nas nossas cerimónias.

Por agora, queremos começar a criar um espaço nos reinos invisíveis onde nos podemos juntar para fazer algum trabalho cerimonial. Devem viajar para descobrir que presentes e ofertas desejam trazer para este lugar, para deixar em honra dos espíritos auxiliares e dos espíritos do local. Podem desejar entrar num espaço no coração e pensar sobre que presentes e oferendas querem trazer e deixar ao nosso grupo, ao criarmos juntos o espaço sagrado.

Depois do vosso trabalho de preparação, fechem os olhos e comecem a viajar aos reinos invisíveis. Comecem a criar um caminho a partir do quarto ou sala onde estão a fazer a viagem ou a meditar.

Podem-se encontrar a andar por um caminho que está rodeado por árvores altas, bonitas, fortes e saudáveis. A terra onde andam é boa e estão a pisar solo fértil. Podem sentir os vossos passos a deixarem marcas na terra. Enquanto andam, ouvem os bonitos sons da natureza e inspiram as fantásticas fragrâncias partilhadas pelas árvores locais, pelas plantas e pelo ar que nos dá vida. Há relva a crescer? Que outros seres da natureza estão nesse lugar? Até podem experimentar o sabor do ar. Reparem se há algum corpo de água nesse lugar e se conseguem ouvir a água a correr. Sintam a energia do sol, como se se estivesse a pôr, e as estrelas e a lua em cima começam a brilhar a sua bonita luz.

Há vários anos que vocês têm vindo a trabalhar numa realidade virtual com pessoas de todo o mundo. Temos passado o tempo a abrir os nossos corações em amor e a agradecer uns aos outros. Ao mesmo tempo, é importante sentir como se estivessem conectados a uma família de almas com a mesma opinião, que fazem todo o possível para estar ao serviço dos outros e da Terra. Como é sentir, no coração, estarem conectados com uma comunidade de almas com a mesma opinião? E quando nos envolvemos no trabalho cerimonial como querem expressar o vosso amor, gratidão e respeito por cada um de nós, assim como pelos espíritos auxiliares que continuam a ser nossos parceiros no nosso trabalho?

À medida que continuam a andar, chegam a uma larga clareira. Usem a vossa imaginação para ver, sentir, ouvir, cheirar e saborear tudo o que está à vossa volta nessa clareira. Entrem completamente nesta clareira em vez de verem a vossa viagem/meditação/sonho como se fosse um filme. Estejam aqui, agora. Agradeçam a todos os espíritos auxiliares com os quais continuam a trabalhar e que são agora parte do nosso círculo.

Ao entrarem na clareira vão ser recebidos por um espírito guardião que vos irá limpar a um nível espiritual. Este espírito compassivo deve limpar-vos com incenso ou uma pena ou irá cantar para cima do vosso corpo ou tocar o vosso cabelo ou segredar-vos uma mensagem ao ouvido. Estejam recetivos e saibam que estes espíritos auxiliares querem ajudar-vos a sentirem-se aliviados dos vossos pensamentos e preocupações diários.

Quando tiverem sido limpos, entrem na clareira.

Reparem que existe aí um altar onde podem deixar os vossos presentes, ofertas e até as vossas orações para vocês, para os outros e para toda a vida e a Terra. Coloquem aí as vossas ofertas e saibam que é um sítio que podem visitar sempre que desejarem para rezar e encontrar conforto.

Depois de deixarem o vosso presente, avancem para uma bonita fogueira que arde no centro, vigiada por espíritos auxiliares guardiães. Ocupem o vosso lugar à volta do círculo. Podem tocar tambor ou maraca, cantar e/ou dançar enquanto o fazem. Sintam a energia positiva que está a ser partilhada. E comecem a olhar em volta do círculo, fixando os olhos nos olhos da nossa comunidade.

Vamo-nos receber uns aos outros, sorrir e cumprimentar-nos estendendo/prolongando o amor que emana dos nossos corações. Sintam os vossos pés na terra a apoiar-vos. De novo, abram todos os vossos sentidos. E, seja falando, seja enviando pensamentos luminosos, vamos abençoar o nosso círculo com palavras que contenham o poder do amor, paz, gratidão, honra e respeito e bons desejos para todos. Cheirem o fumo do fogo e ouçam o som do crepitar do fogo. Olhem para a beleza do fogo que lê sempre os vossos corações e não as nossas mentes. Com o vosso coração, sintam alguma mensagem que o fogo tenha para vocês.

Já temos o nosso lugar de início para as nossas cerimónias. Despeçam-se do grupo, do fogo, de todos os elementos e dos espíritos auxiliares. Deixemos os espíritos auxiliares saberem que o nosso trabalho está feito por agora.

Percorrendo o mesmo caminho que fizeram para chegar ao local, regressem ao quarto ou sala onde estão agora. Abram os olhos e sintam-se profundamente enraizados na Terra, fazendo algumas respirações profundas para enraizar. Estão de volta completamente preenchidos com luz e as bênçãos do nosso círculo.

Bem-vindos de regresso! O nosso trabalho cerimonial começou e irá continuar ao longo do tempo, num amoroso campo coletivo de energia no qual prosseguiremos juntos o nosso trabalho.

Durante a lua cheia, a 25 de Dezembro, juntemos os nossos corações e certifiquemo-nos que fazemos o nosso trabalho de preparação num verdadeiro espaço de espírito. Neste tempo crucial de mudança no planeta, devemos continuar a alimentar a luz da Terra. Devemos continuar a agradecer pelas nossas vidas e pela oportunidade de viver nesta bonita Terra.

Sintam a vossa luz alcançar e tocar a luz de toda a teia de luz. Juntos vamos espalhar a nossa luz dentro e em toda a parte da nossa bonita Terra.

Se entrar na Notícias de Transmutação, há instruções completas para Criar uma Teia Humana de Luz. E iremos continuar esta potente cerimónia para irradiar luz dentro de nós e por toda a Terra.

E lembrem-se que adicionei uma nova secção “Preparação para o Trabalho Cerimonial”. Como tenho dito várias vezes, se não tiverem tempo para sair do mundo do dia-a-dia para o mundo não diário, o vosso trabalho cerimonial não terá poder porque vocês apenas irão pelos impulsos, sem criarem a magia que está contida no trabalho cerimonial, que é feito quando se passa para uma consciência espiritual.

No final de cada ano, adoro homenagear todos os que ajudam a partilhar a Notícias de Transmutação na sua comunidade global. Por favor, permitamo-nos abrir os nossos corações para agradecer profundamente a Sylvia Edwards, que é a webmaster de www.sandraingerman.com, e que me ajuda de forma que não tenho palavras.

E agradeçamos e enviemos bênçãos aos nossos maravilhosos tradutores:

Lena Anderheim em sueco

Katalin Abrudan em húngaro

Fabio Braga em português do brasil

Nello Ceccon em italiano

Eleni Evangelinou e Rallou Gromitsari em grego

Ines Fermoso em espanhol

Sofia Frazoa em português

Els de Graaff-van Meeteren e Sandra Koning em holandês

Annie Idrissi em francês

Miriam Kisssova e Jan Lenc em eslovaco

Irina Osechinskaya em russo

Eva Ruprechtsberger em alemão. A Eva, tal como muitos outros tradutores, tem feito as traduções há vários anos. Chegou a sua altura de passar esse trabalho a alguém. Neste mês e em 2016, Astrid Johnen e Barbara Gramlich concordaram, generosamente, fazer a tradução. Enviemos-lhes abundantes bênçãos pela generosidade.

Tea Thum em finlandês

Simin Uysal em turco

Tivemos alguns tradutores que pararam de colaborar este ano. É muito trabalho para fazer todos os meses. Peço que agradeçamos a todos os tradutores que, no passado, disponibilizaram a Notícias de Transmutação a uma grande comunidade, aos que continuam a traduzir e aos futuros tradutores que surjam.

Copyrights. Sandra Ingerman 2015
Translation: Sofia Frazoa

Transmutation News – November 2015 – Portuguese

Transmutation News Novembro de 2015

Acabei de regressar de dois maravilhosos cursos que facilitei no Joshua Tree, na Califórnia. É sempre fantástico passar tempo no deserto, sentir o poder da quietude e testemunhar como as árvores, plantas e animais têm uma capacidade impressionante de sobreviver e de ultrapassar condições adversas.

Ainda me sinto a digerir e a absorver o que escrevi no mês passado e sinto faltarem-me palavras para escrever uma nova informação este mês. Entre a profundidade do que escrevi no mês passado e o ter falado muito nas duas últimas semanas, sinto a necessidade de entrar numa fase de reflexão e de quietude. E este é sempre um bom sítio para todos nós, ao continuarmos no nosso caminho espiritual.

Como já partilhei várias vezes, é importante deixarem as práticas assentar e tornarem-se nelas. Um dos cursos que facilitei na Joshua Tree foi Medicina para a Terra e Curar com a Luz Espiritual. Sempre me sinto bastante preenchida com alegria, esperança e inspiração quando posso apresentar aos outros este poderoso trabalho. Vejo que, por uma série de razões, há participantes que vêm a este curso mais do que uma vez. Algumas pessoas estavam lá para me ajudarem, houve participantes que já tinham ido ao curso e queriam enraizar nas práticas e cerimónias para poderem partilhar o trabalho com as suas comunidades com um sentido mais profundo de experiência, e algumas pessoas simplesmente adoraram regressar para voltar a participar na energia coletiva.

Os que participaram outra vez no curso dizem que sentiram que foram mais fundo do que tinham ido no curso anterior. Os participantes perguntaram-me se eu tinha ensinado a mesma viagem antes porque sentiram que as viagens que orientei foram novas para eles. Não houve nada no curso que eu tivesse alterado, a não ser, claro, que sempre mudo as instruções se encontrar palavras melhores para descrever os exercícios que estamos a fazer. Os que repetiram o curso ganharam muito mais insights e foram para lugares mais profundos do seu Mundo Interior. Por isso vos tenho encorajado a repetir exercícios, práticas e cerimónias que tenho partilhado ao longo dos anos. A riqueza da experiência e o profundo que se consegue ir é quando o trabalho se torna verdadeiramente em quem vocês são. E quando vocês continuam a avançar sem aprofundar as práticas, acabam por tocar ao de leve na superfície do trabalho. Há tanto potencial ao entrarmos fundo e ao nutrirmos as sementes que têm sido plantadas ao longo do tempo.

Numa viagem que fiz para a coluna deste mês, foi-me dito para vos encorajar a viajar ou a meditar e a imaginar que estão sentados no cimo de uma montanha de onde conseguem contemplar a paisagem e libertar a vossa mente para refletir e sonhar.

Ao contemplar a paisagem, sintam a brisa ou o vento a acariciar a vossa cara. Cheirem a fragrância do ar puro. Sintam o ar a trazer-vos mensagens de amor e de inspiração. Sintam o corpo sentado na terra e toquem a sua textura. Olhem para a beleza da paisagem e deixem os olhos ver a paisagem que está por baixo. Sintam a energia do sol a ser absorvida profundamente nas vossas células e a nutrir-vos. Saboreiem o ar.

Enquanto estão sentados, reflitam em como se têm tornado no trabalho. Sei que alguns de vocês são novos leitores da Notícias de Transmutação. E alguns de vocês têm lido esta coluna e têm-se juntado com as energias coletivas da comunidade global que temos criado há anos. Imaginem milhares de pessoas de todo o mundo a lerem esta coluna todos os meses e a fazerem o trabalho à sua maneira. O verdadeiro poder das práticas é mudá-las e torná-las vossas. Experimentem a alegria no coração à medida que se vão sentindo apoiados e a força que todos partilhamos quando trabalhamos em benefício do planeta e de toda a teia de vida.

Contemplando a beleza que vos rodeia, sintam a vossa gratidão por ter um corpo, uma mente e emoções que podem apreciar com todos os vossos sentidos a vida nesta grande Terra. Sim, há muitos desafios que enfrentamos juntos. Mas quando nos juntamos em alegria, amor e apoio, começamos a surfar uma onda diferente. Enquanto as transições e iniciações continuam a ocorrer, estão e irão continuar a ser-vos apresentadas escolhas de que onda querem surfar. Nos tempos antigos e nas culturas tradicionais os mundos invisível e visível estavam conectados. Hoje, há uma porta sólida entre os mundos. É altura de se levantar o véu e viver de novo uma vida de espírito com magia e beleza por toda a parte.

Como um coletivo, está-nos a ser pedido para vivermos uma vida preenchida de espírito e para trilharmos o caminho do espírito.

Aqui estão as sementes que vos tenho oferecido. Cabe-vos a vocês nutri-las e ajudá-las a crescer através da intenção, repetição e aplicação.

Numa base diária, transmutem e transformem a energia por detrás dos vossos pensamentos e palavras, e assim estão a alimentar-se a vocês, aos outros e a toda a teia de vida com amor e luz. Lembrem-se da diferença entre expressar uma emoção ou enviar a energia da emoção.

Abençoem-se a vocês e aos outros pelas palavras que usam.

Reformulem os pensamentos e sonhos que não conduzem ao resultado desejado.

Continuem a vossa prática de envolver todos os sentidos para tornar realidade o sonho de transformar o mundo em que desejam viver. Vivam a partir do sonho.

Mantenham-se focados nas vossas práticas enquanto se rendem ao resultado.


Trabalhem no fortalecimento do vosso corpo e também façam o trabalho emocional de que precisam para serem um vaso limpo, forte e saudável que possa conter frequências altas de amor e de luz.

Mantenham-se conectados à natureza, aos seus ciclos e aos elementos – terra, ar, água e fogo.

Continuem a tomar atenção aos presságios e sinais que vos são revelados diariamente e que vos dão orientação na vida.

Agradeçam diariamente pela vida que têm, a terra, o ar, a água e o sol que vos sustêm e sustêm toda a vida e a todos os espíritos auxiliares que vos guiam. Encontrem formas de acrescentar práticas de gratidão ao longo do dia. E abram o vosso coração para que seja grato ao que a vida vos traz.

Lembrem-se da verdade de quem são, que é luz divina. Mantenham a vossa prática de transfiguração para absorver a vossa luz divina e irradiar luz divina dentro e através da terra.

Projetem força nos outros. Percecionem os outros na sua luz divina e perfeição. Não tenham pena dos outros quando eles enfrentam desafios. Tenham compaixão pela situação deles, mas não tenham pena.

Percecionem a beleza em todas as coisas. A nossa perceção cria a nossa realidade.

Continuem a cultivar uma paisagem interna e um Mundo Interior profundos e ricos.

Não separem a vossa vida espiritual da vossa vida comum. Tornem-se no trabalho!

Continuem a dar poder à vossa vida diária, vivendo uma via xamânica de vida.

Nos Estados Unidos, novembro é uma altura em que as pessoas celebram a Ação de Graças (Thanksgiving). Para experienciarem o estado natural da reciprocidade, todos os dias deve ser um dia de ação de graças. Devemos acordar cada manhã e começar por agradecer as nossas vidas. E depois devemos alcançar profundamente os nossos corações e, a partir de um lugar de apreciação por todos na teia da vida, afirmar pelo que estamos gratos. Eu acordo sempre a dar graças ao espírito da terra onde vivo, aos ancestrais auxiliares da terra e aos meus próprios ancestrais por me darem vida. Prossigo a agradecer à Terra, Ar, Água e Fogo na forma de sol por dar o que precisamos para sermos bem sucedidos. Honro os seres da natureza que vivem em todos os elementos. E honro os elfos que tomam conta da terra connosco. Imaginem as possibilidades se cada pessoa no mundo fizesse isto numa base diária. Imaginem como a vida nesta Terra mudaria.

Como um grande coletivo focado em agradecer neste mês, podemos alimentar o poder do amor, da luz ao juntarmo-nos a tanta energia.

Podemos levar esta prática para a nossa cerimónia da lua cheia, que é a 25 de Novembro. Comecemos por construir uma energia de amor e de luz que cria uma estrutura vibrante de realidade viva com um novo sonho para a Terra e para toda a vida. Vamos irradiar a nossa luz, amor e gratidão juntos ao tecermos uma teia de luz dentro e através de toda a Terra.

Para os que são novos a ler a Notícias de Transmutação, por favor leiam Creating A Human Web of Light na página principal.

Sinto-me em profunda gratidão por todos e por cada um de vocês que fazem o trabalho para criar um novo sonho para toda a vida. Obrigada!

Transmutation News – October 2015 – Portuguese

Transmutation News Outubro de 2015

Ao longo dos anos tenho escrito sobre como enfrentar as ondas de extrema mudança a que temos vindo a assistir no planeta. Tenho falado dos desafios que enfrentamos a vários níveis. E também tenho escrito sobre os ensinamentos espirituais antigos que têm sido utilizados, desde o início dos tempos, para entrarmos no mundo do espírito e fazermos o trabalho de cura, transformação e mudança do sonho em que vivemos.

Ao assistirmos ao crescimento da violência, desastres ambientais, mudanças climáticas, desafios económicos, assim como a desafios pessoais de saúde, consigo imaginar a montanha russa em que muitos de vocês se veem agora.

Tenho a certeza que muitos têm dias em que sentem que as coisas foram demasiado longe no planeta e na vossa própria vida e há um sentimento de desespero que vos bloqueia de fazerem o vosso trabalho espiritual. Depois, há dias em que acordam e afirmam convictamente ao universo que não vão desistir. Nesses dias, sentem um fogo interior que vos impele a continuar com as práticas que criam uma estrutura invisível, a qual vai criar a mudança no reino visível.

Faz tudo parte da montanha russa da vida. Eu sei que, na minha vida, estou a enfrentar algumas transições violentas. Há dias em que apenas quero desistir. Desistir não é uma opção para nenhum de nós. Mas é importante desistir do que o nosso ego pensa que devia estar a acontecer. Devemo-nos render ao espírito e também à Natureza. O nosso próprio espírito interno leva-nos através de todos os tempos de transição, onde sentimos que não há esperança e não vemos a mudança exterior a acontecer com as práticas espirituais nas quais estamos envolvidos. Somos parte da Natureza e a Natureza tem o seu próprio fluir e inteligência no processo de morte e renascimento.

Vejo que, na minha própria vida, é importante reconhecer como me sinto a um nível humano, estando a enfrentar os meus próprios desafios pessoais ou vendo a destruição que acontece à minha volta e que me parte o coração. Ao mesmo tempo, levanto-me todos os dias e fico presente, rendo-me à inteligência da Natureza e à minha luz divina interior.

E eu também sei que estou a ser chamada ao Mundo de Baixo para um novo nível de iniciação xamânica. Estou a ser chamada para a casa da ‘Dark Mother’. É tempo de fazer o meu trabalho interior e, ao mesmo tempo, render-me, confiar e ser paciente enquanto acontece um processo alquímico de transformar chumbo em ouro.

Por que razão não estamos a ver as mudanças a acontecerem se fazemos tanto trabalho espiritual, a nível pessoal e como parte do coletivo? Há imensas coisas boas a acontecerem. Nas nossas comunidades, ouvimos diariamente histórias de algumas mudanças milagrosas ou curas que acontecem a nível individual, familiar ou de grupo. Continuo a recolher histórias de curas milagrosas que vêm de pessoas que continuam a prática da transfiguração. Mas a mudança pode não estar a acontecer para vocês ou em larga escala onde se sentem inspirados a manter o vosso trabalho.

Muitos começam a questionar-se porque é que os milagres não nos acontecem a nível pessoal ou na terra, cidade ou país onde vivemos. Não há resposta para isto. No mundo do espírito há apenas unidade e luz e podemos descansar no divino. No mundo da forma há sombra e luz. E a sombra exige que mergulhemos nas profundezas do Mundo de Baixo, nas iniciações que envolvem dor, medo e perda para deixarmos ir partes nossas que impedem que o espírito brilhe através de nós. Como descrevi em Walking in Light: The Everyday Empowerment of Shamanic Life, o processo acarreta desintegração, iluminação, relembrar, reconstrução, reemergência.

A viagem do ser iniciado, chamado aos reinos da sombra do Mundo de Baixo, é o centro dos notáveis e transformadores mitos, lendas e histórias que nos têm sido contados através dos tempos, onde cada um anda pelo caminho da desintegração e desmembramento, reemergindo para a luz da vida.

Falta-nos realmente um modelo, na nossa cultura, em que o rito de passagem do iniciado seja entendido e ele seja bem acolhido depois da viagem do herói ou heroína. E é um modelo de que precisamos, imediatamente, para ajudar as pessoas a integrarem todas as mudanças que ocorrem durante profundos tempos de crise e doença.

Devem estar a perguntar: se isto é tudo um sonho, então porque é que o sonho não está a mudar à medida que fazemos o nosso trabalho de tecer uma nova realidade, do visível para o invisível? Acredito que o processo de morte ainda não está completo para permitir que o renascimento aconteça. Mas eu sei, em todas as minhas células e no meu coração, que estamos a construir uma base sólida e uma fábrica da realidade que irá trazer beleza e saúde às nossas vidas e ao planeta.

Exige-se agora uma enorme quantidade de entrega, fé e persistência.

Se vocês são algumas das pessoas que se encontram a perder a esperança, reconheçam o que estão a sentir a um nível da personalidade/ego. Deixem-se fazer o luto do que perderam. Mas continuem a acordar diariamente e a agradecer pela vossa vida, aos elementos terra, ar, água, fogo (como o sol) que apoiam a vida, a todos os bonitos seres da natureza com quem partilhamos esta terra e aos espíritos auxiliares que trabalham nos níveis invisíveis.

Já partilhei tantas práticas nas colunas da Notícias de Transmutação e nos meus livros. As práticas que partilho são simples. Mesmo que possam escolher uma prática simples para fazer a cada dia, isso irá ajudar-vos a transformar as vossas palavras, pensamentos e sonhos diários de um sentimento de defesa para um de inspiração. Isso já é muito. Apenas uma prática cada dia irá ajudar-vos a erguerem-se e a juntarem-se a muitos milhares de pessoas que continuam a persistir para mudar o sonho.

E se estão a ser pessoalmente atingidos pelas fases da vida que trazem dor e sofrimento, como meio de crescimento e transformação, tirem algum tempo para estar convosco e explorar o vosso espaço interior. Não tentem nem forcem nenhuma mudança. Irão sentir-se com mais poder por viajarem, simplesmente, dentro e estarem com a vossa natureza verdadeira, que é luz divina e perfeição. Vocês são mais do que os acontecimentos exteriores que vos atingem. Vocês são seres de luz divina que também estão numa aventura humana e a experienciarem situações que conduzem ao crescimento.

Em Agosto, estive presente na cimeira de Ativismo Subtil, patrocinada pela Shift Network. Quero partilhar convosco o que disse na abertura, esperando que vos possa trazer alguma inspiração para as vossas vidas e trabalho.

Há cerca de 20 anos houve uma previsão de um grande terramoto a sul da Califórnia. Na altura, eu vivia em Santa Fé. Ouvi que havia pessoas a não conseguirem um voo para saírem de Los Angeles, devido à multidão que tentava fugir da área.

Na mesma altura, no jornal local de Santa Fé, apareceu um pequeno artigo sobre um grupo de monges tibetanos que voaram para Los Angeles e escolheram um local para se sentarem e rezarem. Quando questionados sobre o que os levava a Los Angeles quando tantas outras pessoas saíam, eles responderam que, em tempos de desafios, não se abandona uma área problemática. Juntaram-se lá em comunidade para rezar e trazer força à terra para tentar mudar o resultado.

Esta história sempre teve um grande impacto em mim. Temos tantos desafios a acontecerem agora. E é importante juntarmos a nossa energia para criar a mudança e a transformação. E, ao mesmo tempo, devemos fazer o nosso trabalho de ego para nos rendermos ao que acontece. No entanto, devemos continuar a agir para evitar que questões como esta se voltem a repetir futuramente.

É assim que, em conjunto, misturamos e integramos o espiritual, emocional/mental e físico.

As pessoas sempre viveram em comunidades. E isso criou o sentido de responsabilidade dos membros da comunidade para agir, para se comportarem e viverem uma forma de vida que apoiasse a saúde da comunidade, a Terra e o local onde viviam.

Devido à forma como a sociedade tem evoluído, as pessoas estão muito isoladas e anseiam pela comunidade. Podem vê-lo pela forma como muitos procuram workshops e conferências que lhes deem um sentido de pertencer a uma comunidade – algo maior do que o mundo isolado em que vivem.

E, ao mesmo tempo, quando nos juntamos, temos de ir profundamente dentro de nós para honrar a comunidade no geral e agir de maneira apropriada para apoiar a força e saúde da comunidade.

A acrescentar a isto, já sabemos, por milhares de anos de prática xamânica, que quando uma comunidade de pessoas junta os seus pensamentos, sonhos acordados e preces espirituais, há uma exponencial mudança para a cura.

A lua cheia é a 27 de Outubro. Vamos juntar as nossas energias espirituais e encher-nos de sentimentos de amor incondicional pela Terra e por todas as formas de vida. Sintam e experienciem a vossa própria luz espiritual a encher-vos e deixem-na irradiar ao mesmo tempo que se junta com a luz divina da nossa comunidade, dentro e através da Terra.

Se é um novo leitor de Notícias de Transmutação, por favor visite Creating A Human Web of Light na página principal para ver instruções para as nossas cerimónias da lua cheia.

Vamo-nos deixar ir nas ondas de mudança, sabendo que temos muita força espiritual para nos levar, assim como o apoio e o amor dos espíritos compassivos nos reinos invisíveis.

Transmutation News – September 2015 – Portuguese

Transmutation News Setembro de 2015

Esta primavera publiquei uma fotografia minha a trabalhar no meu velho computador Blueberry. A fotografia mostrava-me a escrever Walking in Light na Blueberry (nota de tradução: a autora refere-se ao nome do computador no feminino), com o gorro de ski do meu pai e as luvas sem dedos. A Blueberry tem sido a minha parceira desde 2000. Nela escrevi seis livros, inúmeros artigos, capítulos para livros de outros autores e vários anos de colunas de Notícias de Transmutação.

Eu e a Blueberry começámos a trabalhar juntas a 29 de maio de 2000. Devido a, finalmente, estar a atualizar o meu equipamento, a vida da Blueberry chegou ao fim a 29 de Julho de 2015. Foi uma parceira maravilhosa. Eu sou uma daquelas pessoas que antropomorfiza carros e computadores. E vocês sabem, por lerem as minhas colunas mensais, que gosto de ser uma verdadeira excêntrica.

Quero aproveitar para honrar a Blueberry, que me ajudou a partilhar rica informação com as pessoas no mundo.

De há vários anos a esta parte, tenho vindo a escrever sobre como irradiar a nossa luz divina sem esforço. Tenho utilizado a metáfora de que as estrelas no céu noturno não tentam brilhar. E não focam a sua atenção onde brilhar. As estrelas brilham, simplesmente, e irradiam a sua luz por toda a nossa grande Terra. O mesmo é verdade com o sol. O sol não se esforça para irradiar luz e energia. Simplesmente brilha. E eu tenho-vos encorajado a mergulharem na vossa luz interior e, simplesmente, a serem uma luz no mundo.

Ao trabalhar desta forma, trabalhamos com o princípio feminino do “ser” em vez do “fazer”.

Quando trabalhamos com o princípio feminino de “ser”, experienciamos a quietude da vida e da Fonte. E este é, também, um lugar onde podemos experienciar o amor divino e incondicional a fluir através de nós.

Muitos de nós esforçam-se demasiado para dar e receber amor. A um nível racional, entendemos que o amor é o grande curador e nascemos para dá-lo e recebê-lo. Mas podemos tornar o ato de “amar” num processo complicado, especialmente quando o nosso ego se envolve.

Reflitam no fluir do oceano. As marés vêm e vão. As ondas chegam à costa e recuam de novo. Não há esforço. O estado de fluir é um verdadeiro estado de ser. Tal como as ondas fluem, o mesmo acontece com o amor divino. Não temos de tentar tanto para partilhar o nosso amor com os outros e com a Terra. Não temos de tentar tanto para receber amor. O amor é um estado natural de estar, que flui sem esforço como as ondas do oceano.

Este mês, convido-vos a fazer uma viagem ou a meditar para experienciarem esse ato de ser um com o oceano. Assim, sentimos e observamos o seu estado de ser e fluir natural. Depois, façam uma viagem ou meditem na profundidade do vosso Mundo Interior, sentindo interiormente esse mesmo estado de fluir. Ponham as mãos no coração, batam nessa zona suavemente, entrem no poder do amor divino e deixem-no fluir dentro e fora. Absorvam o amor como vos tenho encorajado a absorver a luz divina nas vossas células. Embebam-no em cada célula e, depois, sejam apenas como as ondas do amor incondicional e divino, que flui dentro e irradia para os outros e para o mundo.

Grande parte do segredo para nos curarmos, assim como aos outros e ao planeta, passa simplesmente por manter o estado de amor. As energias femininas e da deusa permitem as ondas do amor e da luz fluírem simplesmente. Não há esforço.

Claro que, à medida que fazem isto, diferentes questões emocionais podem ser desencadeadas. Ao deixarem o amor fluir dentro e fora, tal como a vossa respiração flui, devem começar a sintonizar-se com os momentos em que não se sentiram amados, em que se sentiram magoados ou em que podem ter magoado os outros. É natural que assim seja. Façam as vossas práticas para honrar o que sentem enquanto, ao mesmo tempo, limpam e transmutam as energias que precisam de ser limpas. Como humanos, podemo-nos sentir muito frágeis de vez em quando. Mas, ao experienciarmos o poder do amor divino, podemos mergulhar num estado de ser e de estar no mundo de poder e força, que alguns apenas imaginam ser possível. Ser amor e luz é parte da nossa evolução. Experienciar a quietude do divino e permitir o que flui deste estado é parte da nossa evolução em ser capaz de segurar e trabalhar com altas frequências que criam cura pessoal e coletiva.

Mantenham-se focados nas vossas práticas deste mês e observem o que surge e começa a irradiar através de vocês.

A lua cheia é a 27 de setembro. Também haverá um eclipse total da lua nesse dia.

O dia 27 de setembro era o aniversário do meu pai e será uma data em que honro todo o amor incondicional que ele partilhou comigo. Realizem o vosso trabalho de preparação para saírem dos vossos pensamentos habituais, preocupações e atividades diárias. Comecem por tirar alguns minutos para respirar profundamente, o que vos levará a um lugar de paz, calma e centro. Viajem profundamente ao vosso Mundo Interior, à quietude onde irão encontrar a vossa luz estrelar ou luz solar interior e o vosso fluir natural de amor. Imaginem as ondas do oceano a fluírem dentro e através de vocês, transportando amor para o mundo. Vamo-nos todos juntar como ondas de luz e de amor e tecer uma brilhante e excecional teia de luz e amor dentro e através da Terra.

Se é um novo leitor de Notícias de Transmutação, por favor visite Creating A Human Web of Light na página principal para ver instruções para as nossas cerimónias da lua cheia.

O equinócio é a 23 de setembro. No hemisfério norte fluímos para o outono e no hemisfério sul fluímos para a primavera. Quando fiz uma viagem para saber que cerimónia devia realizar no equinócio, foram-me dadas duas cerimónias para partilhar, dependendo da zona em que vivem (hemisfério norte ou sul). Trabalhando da forma que me foi dada, iremos honrar ambos os ciclos de morte e de deixar ir o que já não nos serve, a nós e ao coletivo, assim como honrar o processo de renascimento e de acolher o novo.

Se vivem no hemisfério norte, este é um tempo de trazerem para a terra qualquer estado de consciência limitador e velhas feridas que estão preparados para largar. A terra irá levá-las e adubar o velho da mesma forma que aduba as velhas folhas que as árvores e plantas libertam no outono. Durante este processo de compostagem é criada matéria orgânica que alimenta, fertiliza e nutre a terra para ajudar a criar as plantas saudáveis que crescem na primavera.

Tirem algum tempo para entrar num estado meditativo profundo. Abandonem as preocupações do dia-a-dia. Levem algum tempo a focarem-se na vossa prática espiritual, para que estejam a entrar verdadeiramente nos reinos invisíveis onde a mudança é possível. Mergulhem fundo interiormente, para o vosso conhecimento interior. Permitam que a vossa psique vos revele o que precisam de libertar neste momento da vossa vida. Olhem para as feridas passadas e para os estados de consciência que vos estão a ancorar e a não permitir que avancem totalmente na criação de novos sonhos e de uma nova vida para vocês e para o planeta.

Imaginem-se a viajar num bonito lugar na natureza onde o solo é rico e húmido. Cheirem a fragrância e sintam o solo nos vossos pés enquanto andam na terra. Reparem como o ar que respiram é fresco. Podem saborear a fragrância com a vossa língua. Olhem em volta e mergulhem nas cores brilhantes dos seres da natureza. Encontrem uma árvore que vos capte a atenção e sentem-se com ela por um tempo. Ao sentarem-se com ela, sincronizem a vossa respiração e o bater do coração com os da árvore e da terra. Sintam a vossa própria batida de coração. Foquem-se no desejo de deixar ir o que já não vos serve.

Quando se sentirem preparados, imaginem-se a ajoelhar-se no solo e a cavar um buraco na terra. Podem soprar na terra o que está pronto para deixar ir. Ou podem imaginar-se a enterrar os estados de consciência e feridas que vos ligam ao vosso passado.

Agradeçam à terra por levar tudo o que precisa de ser transformado em terra rica e que cria um ambiente fértil para as novas sementes de esperança, luz e amor a serem plantadas.

Quando sentirem que a cerimónia terminou, voltem ao quarto ou sala onde estão e a um estado normal de consciência, sentindo luz e alívio.

Também podem realizar esta cerimónia num lugar na natureza seguindo os passos em cima sugeridos.

Enquanto a nossa comunidade no hemisfério norte está a libertar o velho, os do hemisfério sul irão plantar novas sementes de visões livres de memórias passadas de velhas feridas e crenças limitadoras.

Trabalhem da forma que descrevo em cima para se levarem a um estado meditativo profundo, viajando para um bonito lugar na natureza onde irão fazer o vosso trabalho. Também podem realizar esta cerimónia n a rua, num parque favorito ou num lugar no meio da natureza.

Imaginem as sementes que querem plantar enquanto acolhem a primavera. É tempo de acolher uma nova vida tanto na natureza como no vosso mundo interior. Plantem sementes que querem alimentar e ver crescer no vosso jardim interior.

De novo, quando terminarem, agradeçam à terra por aceitar e germinar as vossas sementes que contêm visões, pensamentos e sonhos acordados de esperança, amor e luz.

Voltem quando estiverem preparados.

Juntamo-nos como uma comunidade global para honrar a transição da morte e renascimento. São ambosparte de um ciclo.

Desejo-vos um alegre outono e primavera!

Transmutation News – August 2015 – Portuguese

Transmutation News Agosto de 2015

Um dos focos do meu trabalho ao longo dos anos – tanto nos cursos que dou como no que escrevo – tem sido a transfiguração. Quando experienciamos a nossa luz divina e a luz da Fonte, passamos para um lugar de unidade e unicidade. E, como sabem, a luz e o amor são forças de cura que podem transformar todos os desafios que enfrentamos a nível físico, emocional e espiritual. Irradiar amor incondicional e luz transforma o planeta.

Por isso, tenho-vos encorajado a fazer algum trabalho xamânico ou de meditação que leve a um entendimento do amor incondicional, da unicidade e da luz divina a um nível celular, para que não se esteja apenas a trabalhar ao nível do cérebro.

Enquanto não experienciarmos estes estados como parte integrante de nós, a força do amor e da luz não podem brilhar verdadeiramente para criarem a verdadeira cura.

Recentemente, numa viagem xamânica, fui conduzida ao meu jardim interior. Tenho-vos guiado em exercícios para viajar ao vosso Mundo Interior, experienciando e cultivando a vossa paisagem interior, de forma a plantar um jardim bonito e saudável. Tenho-vos guiado a sentir a textura e a qualidade do vosso solo, assim como o cheiro. Tenho-vos encorajado a serem diligentes sobre as sementes que plantam com os vossos pensamentos, palavras ou sonhos acordados e que levam ao sonho pessoal e coletivo que todos estamos a sonhar para transformar em realidade.

Na minha viagem, fui levada a conectar-me com o bater do coração da terra do meu jardim interior e com o bater do coração da Mãe Terra. E, depois, fui encorajada pelo meu espírito auxiliar Isis a aprofundar o meu trabalho. Ela reconheceu que, através da minha escrita e dos meus cursos, convido as pessoas a conectarem o seu bater do coração com o coração da Terra.

Mas Isis partilhou comigo que, na minha própria vida e para muitos dos que ouvem ou leem estas palavras, há a tendência de pensar sobre elas a um nível racional. Soa tão bem e parece fazer tanto efeito conectarmos a batida do nosso coração com a batida do coração da Terra. Mas, para o tratamento e a conexão acontecerem de novo, esta experiência deve-se tornar celular em vez de ser apenas um conceito mental.

Isis continuou a dizer que, quando eu conecto pessoalmente a batida do meu coração com a batida do coração da Terra, tenho-o feito, de alguma forma, a um nível superficial. Também me explicou que, assim como a Fonte é eterna, a Terra é um ser antigo.

Acredita-se que a Terra tem, aproximadamente, 4,6 mil milhões de anos. Também se crê que o universo tem, aproximadamente, 14 mil milhões de anos. Na minha viagem, Isis instruiu-me a conectar o meu bater do coração com o bater do coração primordial da Terra e não apenas o bater do coração da Terra que eu conceptualizo sentir no momento presente.

E continuou a dizer-me que quando eu /nós nos conectamos com a batida primordial do coração da Terra, então, podemos experienciar a nossa conexão com tudo o que existe na teia de vida, que também está conectado com esta energia tão antiga e com essa força que emana do desejo pela vida e da vontade de viver. Podemo-nos conectar com uma energia que é tão antiga e forte e a qual nos põe fisicamente em contacto com a nossa sabedoria primordial, que já sabe como nos guiar nas nossas vidas pessoais e através dos tempos de mudança que estamos a viver.

E, como tenho vindo a escrever recentemente, temos de parar de fazer perguntas e simplesmente ouvir. Porque esta força primordial tão antiga tem uma profunda sabedoria para partilhar connosco, se escolhermos escutar. E toda a vida nesta Terra é guiada por esta antiga força primordial.

Durante o mês de Agosto, viajem ao vosso jardim interior /paisagem interior e continuem o trabalho que têm vindo a fazer para cultivar um jardim profundo e rico. Se são novos leitores da Notícias de Transmutação, podem ir a “Huffington Post Links” e ler o artigo que escrevi intitulado “How to Cultivate a Rich Inner Garden”.

Inspecionem o vosso jardim interior e certifiquem-se que têm seguido o vosso compromisso de nutrir o solo e de estarem conscientes das sementes que têm plantado através dos vossos pensamentos, palavras e sonhos acordados.

E, uma vez passado algum tempo no vosso jardim interior, deitem-se na terra. E permitam que a batida do vosso coração se conecte, primeiro, com o que sentem ser a atual batida do coração da Terra. Mas continuem a aprofundar. Com o poder da intenção, peçam para se conectarem com a antiga e primordial batida do coração da Terra que começou quando ela se formou.

E, ao sentirem a vossa ligação à batida primordial do coração da Terra, permitam-se conectar com a batida primordial dela. Porque estão conectados à vida desde o início dos tempos.

Sintam esta antiga qualidade da vida a bater através de vocês e da Terra. Permitam-se abrir, ouvir e sentir a profunda sabedoria que está a ser partilhada convosco.

Nascemos da Terra. Estamos conectados e somos um só com um organismo vivo que tem 4,6 mil milhões de anos. De que forma isto muda a vossa perspetiva?

Claro que este processo não é uma viagem ou uma meditação que se faça numa só vez. É uma prática que se deve fazer numa base regular.

Também podem, fisicamente, sair e deitarem-se na terra a fazer o mesmo. É sempre maravilhoso deitarem-se na terra e conectarem-se completamente com a batida do coração dela e com as suas capacidades de cura. Vão além do tempo presente e conectem-se totalmente com a batida antiga e primordial da Terra.

Percebam como se sentem mudados e diferentes ao fazê-lo. E continuem a ouvir as mensagens que vêm através dos vossos sentidos e que vos ajudarão a guiarem-se nas vossas vidas para estarem ao serviço do planeta.

A lua cheia é a 29 de Agosto. Transfigurem e experienciem a unicidade com a Fonte e a sua luz divina. Como também são um corpo, conectem a sua batida com a batida primordial da Terra. E juntemo-nos em amor pela vida, irradiando amor incondicional e luz através da Terra para alimentar a luz do planeta e de toda a vida. Façam-no enquanto se fundem com a ancestralidade da Terra.

Se são novos leitores da Notícias de Transmutação, por favor visitem “Creating A Human Web of Light”, na página principal, para instruções sobre a cerimónia da lua cheia.

Uma atualização sobre as histórias inspiradoras:

Como a maior parte de vocês sabem, no inverno passado convidei os leitores da Notícias de Transmutação a partilharem algumas histórias inspiradoras sobre como as práticas que tenho vindo a escrever na coluna mensal têm mudado as suas vidas. Tenho partilhado uma ou duas histórias por mês.

Ainda tenho mais algumas que posso juntar a esta newsletter. Algumas delas, que as pessoas tão generosamente me enviaram, são muito pessoais e não são exatamente apropriadas para partilhar nesta coluna. Outras, são grandes e precisam de edição.

Estou a tentar aligeirar um pouco a minha carga de trabalho, por isso, editar histórias não é algo que eu queira fazer agora. Mas irei trabalhar em algumas delas para partilhar em colunas futuras.

Estou muito agradecida a todos os que me enviaram histórias no inverno passado. Sei que demorou tempo a escrevê-las e agradeço a vossa generosidade de espírito.

Transmutation News – July 2015 – Portuguese

Transmutation News Julho de 2015

Acabei de regressar de uma maravilhosa aventura na Escócia. Sinto-me bastante nutrida pelo curso que orientei, pelo fantástico grupo com quem trabalhei e pela terra onde estive.

Sentimo-nos tão nutridos quando trabalhamos em comunidade. Chego à conclusão que me sinto sempre inspirada, nutrida e cheia de esperança quando trabalho com um grupo, seja presencial ou virtualmente através de teleconferência.

O meu marido Woods falou-me de um artigo que leu sobre alguns homens e mulheres que regressaram da Guerra. Para alguns, a parte mais difícil da sua experiência de regresso – e o que alimenta o stress pós-traumático – é abandonar a comunidade dos outros soldados com quem criaram laços profundos. A pertença à comunidade e o regressar para se sentirem isolados causam grandes problemas emocionais.

Com tudo o que está a acontecer no mundo hoje em dia, estamos a ser empurrados para criar comunidades. São as comunidades locais que se juntam para ajudar a reconstruir casas e negócios destruídos pelas catástrofes. São as pessoas que se juntam nas comunidades locais que se podem ajudar umas às outras em tempos difíceis.

Claro que a questão que devemos levantar é por que razão é preciso esperar que um desastre aconteça para criarmos laços profundos em comunidade. É tempo de todos nós partilharmos e de nos alimentarmos, a todos os níveis, nas nossas comunidades. Ao longo dos anos tenho-vos encorajado a trazer algum do vosso trabalho espiritual para as comunidades. O trabalho espiritual que temos vindo a fazer juntos transcende as diferentes crenças religiosas. As práticas espirituais com as quais temos trabalhado tocam o coração e a alma de todas as pessoas e vão muito para além de palavras e de conceitos.

Enquanto estive na Escócia, tive algum tempo para refletir em algumas questões que queria partilhar este mês. Como sabem continuo a encorajar-nos a mantermo-nos focados. O foco é um princípio básico no trabalho que tenho ensinado. Mas, tal como em tudo na vida, temos de encontrar o equilíbrio com cada princípio e prática com os quais trabalhamos.

Eu e o meu marido estávamos a ter um fantástico dia a caminhar na Ben Nevis, que é a montanha mais alta da Grã-Bretanha. Cada dia que estivemos na Escócia foi quase sempre chuvoso e frio. Eu adoro a chuva e o frio, por isso, para mim, foi agradável estar nessas condições climáticas. Mesmo quando apanhámos um dia de sol fantástico, para mim foi uma caminhada perfeita.

Estávamos a subir calmamente um trilho da Ben Navis, sem nenhum objetivo em mente. Ben Nevis é uma daquelas montanhas conhecida para montanhismo. Mas, por causa da neve e do gelo no cimo da montanha, foi difícil escalar enquanto lá estivemos. Durante a nossa lenta caminhada no trilho, vimos grupos de pessoas a descerem depois de terem conseguido chegar ao topo. Algumas desciam de sorrisos nos lábios, mas a maioria das pessoas que vimos pareciam verdadeiramente infelizes. Sim, chegaram ao topo, mas não aproveitaram a viagem.

Então, comecei a pensar no foco. Enquanto caminhamos na vida e continuamos o nosso caminho espiritual, precisamos de estar focados. No entanto, se o facto de nos focarmos no destino final nos trouxer exaustão e nos tirar a alegria de viver, estamos a criar um desequilíbrio. E, quando criamos um desequilíbrio, alguma doença pode-se manifestar.

O mesmo pode acontecer quando nos envolvemos na nossa viagem espiritual. Um princípio chave para o sucesso da prática espiritual é mantermo-nos focados. Mas se está a cerrar os dentes e a forçar a viagem, é óbvio que chegou a altura de dar um passo atrás e rever o seu processo.

É preciso encontrar o equilíbrio entre mantermos o foco e termos uma atitude relaxada. É um princípio chave para todos nós.

Durante este mês de Julho, pode querer dedicar algum tempo a refletir em que área se está a esforçar demasiado no seu trabalho espiritual. Olhe para onde precisa de manter o foco, sem se forçar a nenhuma meta.

Também tive tempo para refletir no que tem sido o foco do meu trabalho. E percebi que, com todos os livros que escrevi desde Soul Retrieval: Mending the Fragmented Self (sem tradução em português) e os cds que criei, tenho vindo a ensinar as pessoas sobre a autossuficiência espiritual.

Muitos de nós querem que alguém faça “o trabalho” por nós. Mas, na verdade, ao depender do poder da sua própria prática espiritual, vai crescer e aprender a criar a vida que deseja viver.

A autossuficiência espiritual é algo que eu sinto fortemente que pode ajudar todos a crescer nestes tempos de mudança.

Também pode dedicar algum tempo a refletir no quanto confia na sua própria prática espiritual e em como depende da sua própria sabedoria interna, assim como da assistência dos seus próprios espíritos auxiliares.

Sim, é verdade que todos temos alturas em que precisamos de pedir a ajuda dos outros. Mas a chave para avançar na vida é dependermos do nosso próprio trabalho espiritual e orientação.

A lua cheia é a 2 e a 31 de Julho. Se não estou enganada, temos um mês de lua azul! Juntemo-nos como uma comunidade virtual ligada, que se apoia mutuamente em amor e ajuda. Faça o seu trabalho de preparação para sair dos seus pensamentos e preocupações habituais. Viajemos dentro para contactar a nossa estrela de luz interna, o nosso sol interno e a luz divina. Deixemo-los brilhar. Deixemos os raios da nossa luz coletiva abraçarem com amor o planeta e todas as formas de vida.

Se é um novo leitor da Notícias de Transmutação, por favor veja “Creating a Human Web of Light”, na página principal, para mais instruções sobre a nossa cerimónia da lua cheia.

Uma história para nos inspirar, da Eva que vive na Áustria (Eva Ruprechtsberger é uma brilhante professora de xamanismo e de Medicina para a Terra):

“Como o trabalho de Medicina para a Terra mudou a minha vida:

Quando participei no meu primeiro workshop de Medicina para a Terra ainda estava numa altura de desespero e confusão na vida. A minha filha tinha acabado de ser operada ao coração e eu ainda estava numa profunda luta comigo, com a minha vida, com a minha filha que tinha enfrentado tanta dor, com o meu emprego que perdi duas vezes, e com muitos dos meus relacionamentos que terminaram. Tentei encontrar uma direção, ajuda, cura, esperança e sentido na vida. Na minha antiga vida, que se tinha desmoronado, eu fui uma cientista dogmática e empírica, uma pessoa intelectual, apesar de nada do que eu tinha aprendido parecesse ajudar. Várias estranhas coincidências fizeram-me procurar por “coisas loucas” e acabei no xamanismo, com os livros e os workshops da Sandra e, finalmente, com o workshop de Medicina para a Terra, na Áustria, muito perto de Salzburgo, onde vivo.

Fizemos a cerimónia da água e transfigurámos em frente a uma amostra de água que tinha um ph de 11.5 quando juntámos hidróxido de amónio. Transfigurámos e o ph desceu para 10.5. Depois, o grupo (um enorme círculo com cerca de 70 pessoas) perguntou se o podíamos fazer de novo. E fizemos. E o ph desceu quase para o normal. Não consegui conter as lágrimas e nunca irei esquecer aquele momento. Aconteceu. Um milagre aconteceu a um nível muito físico e eu participei nele. Participei num milagre e ele aconteceu em frente aos meus olhos, AGORA, com água da minha região, com uma professora que veio de muito longe, para provar e ensinar-me que todo o impossível é possível em conexão com a criação, a luz dentro de mim, a luz que partilhamos. Nesse momento eu desejei com todo o meu coração tornar-me uma professora de Medicina para a Terra, à medida que ia confirmando que este conhecimento está a mudar o mundo.

Como mulher, mãe, cientista, trabalhadora política e social, passei por uma mudança fundamental naquele momento. Em consequência, esta experiência significou que eu nunca mais poderia… desistir… perder a esperança… pôr limites nas coisas que pensei serem impossíveis: mudanças ambientais, sociais, pessoais e físicas. Espero que seja sempre capaz de encontrar a luz, mesmo na escuridão, e partilhá-la com os outros. Espero conseguir ser sempre útil na minha comunidade como uma fonte de inspiração para os outros. Espero que consiga ser sempre uma mãe feliz para a minha linda filha. Espero conseguir ser uma boa ancestral para os meus descendentes.

Perguntei se podia beber só um pouco daquela água, para poder carregar nas minhas células aquele momento para todo o sempre. Pude pôr o dedo na água que momentos antes tinha feito um buraco na carpete (com ph 11.5) e pus uma gota na minha boca. Soube a um produto de limpeza, mas não me queimou de todo.

Desde há vários anos que sou uma professora de Medicina para a Terra e o meu processo de aprendizagem nunca termina. Os meus alunos sabem que não consigo pôr completamente de lado o meu lado de cientista e a maior parte deles ri-se disso. E com frequência observamos mudanças em diferentes parâmetros. A amostra de água na sala muda e a outra que escondo em segredo não.

Um dia pensei na experiência transatlântica de Mark Dammer com a planta e disse para mim mesma: que estranho que as plantas reajam transatlanticamente mas a amostra de água que escondi na garagem não… Isto é lógico (nota de Sandra Ingerman: veja “Remote Experiment with a Plant in Scotland” com Resultados da Câmara GDV, na página principal, para ver ao que a Eva se refere).

Partilhei estes pensamentos com o meu círculo e, a partir desse momento, a amostra de água lá fora também mudou ou, ainda pior, a amostra de água lá fora mudou e a de dentro não. Os meus grupos ficaram mais e mais divertidos com esta minha tentativa de perceber a “água” e de ensinar a fundirmo-nos com ela ao mesmo tempo. Ainda “meço”, e faço-o apenas por graça, já que estou entusiasmada em ver como o espírito da água brinca comigo nas aulas.”

Transmutation News – June 2015 – Portuguese

Transmutation News Junho de 2015

Escrevi a Notícias de Transmutação de Maio antes do terramoto no Nepal e dos tumultos em Baltimore. Acredito que tenha sido capaz de realizar o seu trabalho espiritual e de irradiar luz para os lugares, pessoas e seres da natureza que foram afetados. É muito importante mantermo-nos focados no nosso trabalho espiritual!

É tão fácil cairmos na sensação de pena ao vermos pessoas a enfrentarem situações difíceis. E a chave para o nosso trabalho é projetar força nos outros, em vez de fraqueza e pena. Outro aspeto é mudarmos a nossa perceção para vermos na luz todos os que foram afetados. É a chave para mudar a consciência e levar ao verdadeiro tratamento.

Também é importante recordar que as pessoas e os seres que habitam em todo o mundo estão a enfrentar situações muito desafiantes. E nenhuma destas histórias tem a cobertura dos meios de comunicação. Estamos, simplesmente, num tempo em que a estrutura do nosso mundo se está a desfazer. As pessoas estão a agir com os outros, com a Terra e com todas as formas de vida sem honra, respeito e compreensão do princípio de que a vida é preciosa e de que todos os seres que habitam o planeta contribuem para a saúde da teia de vida.

Iremos continuar a assistir a desafios, à medida que a vida que conhecemos se continua a dissolver e a desfiar. Mas a chave é não perdermos a esperança e mantermos a espiritualidade a trabalhar para aumentar a nossa consciência e a consciência das pessoas nas nossas comunidades. Devemos continuar a ver através dos olhos do espírito, em vez dos olhos do ego que só vê sofrimento, destruição e pessimismo. Há tanto a acontecer por detrás do que conseguimos ver com os olhos físicos. E, focando-nos no nosso trabalho espiritual, iremos aprender a ver uma nova perspetiva que nos irá inspirar a saber que tudo é possível.

No mês passado tive a oportunidade de me fundir com Isis para partilhar sabedoria e tratamento com um grupo com o qual tenho vindo a trabalhar. Houve uma série de mensagens que Isis partilhou que não eram apenas para o grupo e eu gostaria de partilhá-las agora convosco.

Isis sublinhou fortemente que, se se sentir enredado ou afetado por algo que esteja a acontecer no mundo ou na sua vida, volte-se para si e repita a frase “eu amo-te”. Quanto mais mostrar amor para si mesmo, mais o mundo irá mudar. Um dos ensinamentos que Isis partilhou comigo é que a humanidade tem tentado controlar, manipular e definir a natureza. Ela partilhou que, quando perguntamos como podemos ajudar e estar ao serviço, também entramos numa forma de controlo. Isis diz que estas perguntas levam a respostas estruturadas e que o ato de perguntar é uma forma de tentar controlar as respostas dadas. Eu sei que deve ser difícil para alguns de vocês compreender como é que perguntas deste tipo são uma forma de controlo. É uma forma subtil de controlo. Mas é interessante sentarmo-nos e refletirmos sobre isso.

Isis partilhou que chegou a altura de parar de fazer perguntas nas nossas viagens xamânicas e meditações. É, em vez disso, um tempo de praticar o ouvir profundamente e “ser”, para que possamos realmente ouvir o que a Terra tem para partilhar. É que formulamos as perguntas que queremos ver respondidas em vez de ouvirmos de verdade o que realmente precisa de ser partilhado pelos nossos espíritos auxiliares e pela terra.

Isis também nos recordou que não podemos criar estruturas saudáveis fortes a partir de estruturas velhas que estão a ruir. Devemos voltar ao mundo sem forma para criar as novas formas que apoiam a vida de uma maneira saudável. Isso significa focarmos o nosso trabalho contínuo de sonhar, indo ao que está por detrás do mundo da forma e transformar em ser as novas formas e maneiras de viver e estar. É assim que conseguimos mudar o sonho.

Este mês, passe algum tempo a focar-se neste ensinamento que Isis partilhou. É tempo de intensificarmos o nosso trabalho e de nos expandirmos além das limitações que pomos no nosso trabalho espiritual. É tempo de nos abrirmos às possibilidades de crescimento positivo e de mudança que podem e irão ocorrer no planeta.

Somos parceiros da Terra e dos espíritos auxiliares. Apenas temos de abrir novas formas de perceção e novas formas de trabalhar.

A lua cheia é a 2 de Junho. A lua cheia fortalece a nossa capacidade de nos focarmos a de chamarmos para o mundo das formas o sonho que queremos para todas as formas de vida. Precisamos mesmo de intensificar o nosso trabalho. Deixe a lua cheia fortalecer o seu trabalho espiritual e as suas práticas.

Juntemo-nos como uma comunidade global para criar uma teia humana de luz. Faça o seu trabalho de preparação para ser um osso oco para o espírito. Viaje dentro de si, para quem é por detrás da sua pele, ou seja, o espírito. Cada um de nós é luz radiante e divina. Seja uma luz no mundo. Entenda o planeta e todas as formas de vida como luz e na sua divina perfeição. Vamos juntar todos a nossa luz divina interior, a nossa brilhante estrela interior, o nosso sol interior, enquanto tecemos uma teia de luz dentro e por toda a Terra. Todos os novos leitores da Notícias de Transmutação, por favor leiam “Creating a Human Web of Light” na página principal.

Estamos de novo a fluir e a entrar numa nova estação. A 21 de junho celebramos o solstício. Damos as boas-vindas ao verão no hemisfério norte e ao inverno no hemisfério sul. Um novo ciclo começa na natureza e nas nossas vidas.

Com a mudança das estações, a Terra informa-nos como mudarmos o nosso ciclo interno para estarmos em harmonia e para fluirmos com a mudança. É um tempo poderoso para integrar a mensagem de Isis na nossa vida. Demore-se algum tempo a estar apenas nos elementos. Deite-se ou ponha os pés na terra. Ouça as brisas e o vento. Funda-se com a água onde vive. Absorva o poder do sol. Deixe o seu corpo harmonizar-se com a natureza. Não está apenas conectado com a natureza. Você é a natureza. Não pergunte à terra o que ela precise, ouça simplesmente qualquer orientação que a Terra tenha para partilhar consigo.

Como Isis também partilhou, nós não podemos criar novas formas a partir de formas desatualizadas. Para que o nosso trabalho de sonhos assuma o poder, devemos viajar de regresso ao território sem formas e, envolvendo todos os nossos sentidos, podemos começar a criar novas formas e novos sonhos para nascerem em ser.

Faça o seu trabalho. Nas culturas xamânicas, cabe a cada um a responsabilidade de sonhar um bom sonho para todas as formas de vida.

Durante este tempo poderoso de celebrar o solstício, tenha um bom sonho para si próprio, para toda a vida e para a Terra.

Vamo-nos juntar para desejar a cada um na nossa comunidade um solstício alegre!!

Histórias inspiradoras da nossa comunidade:

Aqui está uma bonita história que Kevin partilhou para nos inspirar:

“Dar e receber é parte do meu ser diário, apesar de algumas vezes me esquecer de mim próprio. Em resultado disso, o meu dia pode ser negativo. Tudo o que preciso para que o meu dia se torne positivo é levar o meu cão numa grande caminhada. Ao observar a natureza e os animais da natureza, recebo uma riqueza de iluminação. Possa o seu dia ser de luz”.

E aqui está uma amorosa partilha da Sylvia:

“Sempre apreciei a natureza. Talvez por, em miúda, ter ido pescar com o meu pai nas montanhas de Maryland, ter ficado numa cabana de madeira na floresta e ter remado no lago para meu grande contentamento. A Natureza equilibra-me e é um dos meus professores.

Nos últimos dois anos atravessei um período de revisão de vida, de como e onde passava o meu tempo e o que acreditava ser verdade. A certa altura, peguei na minha câmara e comecei a fotografar o que se apresentava enquanto estava na natureza. Para mim, era conexão pura – era uma oportunidade de me conectar com o espírito e de apenas observar enquanto experienciava os elementos da natureza. – o vento, o sol, os padrões da terra e da água. Era apenas eu e o espírito, nada mais.

Eu assistia, com absoluta admiração, à beleza sempre mutante do nascer e do pôr-do-sol. Rápido se tornou percetível que o espírito me banhava com presentes – as nuvens formavam objetos e imagens. O sol e as nuvens presentearam-me com as suas interpretações artísticas todos os dias, muitas vezes com raios que pareciam esticar-se por centenas de quilómetros. Esta ligação era real e a parte mais interessante é que, quando eu pensava que sabia o que o céu ia parecer, à medida que se aproximavam o nascer ou o pôr-do-sol, enganava-me. Fui ensinada a estar presente no momento e a minha apreciação da beleza em todas as coisas aprofundou-se.

Esta conexão com a natureza tornou-se na minha prática espiritual mais preciosa e as minhas fotografias parecem ter uma qualidade diferente, como se o espírito fosse o artista a apresentar uma pintura para as lentes capturarem. Este tempo tornou-se o acolher um dia de novas possibilidades. Há tempos em que sinto que estou fisicamente imersa na beleza da luz da natureza e sinto-me como a mais acolhida das convidadas, enquanto aprecio o que a natureza me apresenta. É uma ligação que se aprofunda continuamente e que me ajuda a superar a negatividade com que somos bombardeados neste mundo”.

Copyrights. Sandra Ingerman 2015. All rights reserved.
Translation: Sofia Frazoa

Transmutation News – March 2015 – Portuguese

Transmutation News Março de 2015

Uma das metáforas que costumo utilizar é a de que somos instrumentos musicais a tocar na orquestra da vida. É uma metáfora que muitos professores utilizam porque toca numa verdade sobre o nosso papel vital de fazermos parte de uma comunidade mundial.

É crucial que consigamos refletir como podemos afinar-nos de forma a partilharmos a música que contribui para elevar a vibração do campo coletivo de energia e, também, criar notas harmoniosas que se combinam em beleza e amor.

O bloqueio para o fazermos está no facto de nos distrairmos com as pessoas e os acontecimentos do mundo exterior. Não são apenas as notícias que nos distraem. As distrações surgem com a quantidade de livros, palestras áudio e vídeo e ensinamentos que estão ao nosso dispor.

Por um lado, isto é maravilhoso e permite-nos aprender muito. Por outro lado, cria muitos “surfistas espirituais”. Acredito plenamente que os desafios que enfrentamos, neste momento, no planeta nos convidam a aprofundarmos uma prática o mais que pudermos.

Claro que há a necessidade de nos expormos a diferentes tipos de trabalho e ensinamentos espirituais. Mas até que ponto se sente chamado para um determinado caminho e decide ficar focado nele?

No mês passado sugeri que encontrasse uma prática simples para aplicar até se fundir com ela. É a isto que me refiro quando falo em afinação. Ao tornarmo-nos no trabalho espiritual e ao pararmos de ver a vida espiritual separada da nossa vida diária, a mudança positiva acontece na vida e no mundo.

Uso o termo “simples”, mas não me refiro a práticas para principiantes. Refiro-me a práticas que falem ao seu coração e alma e não apenas à sua mente. Porque vejo que, quando as pessoas querem utilizar práticas complexas, as mentes alimentam-se, mas a mudança não ocorre a um nível celular. Se tiver de se focar nos passos, em vez do trabalho em si, estará demasiado distraído para ser a ponte entre os reinos invisível e visível.

Como todos sabem, comecei a ensinar Medicina para a Terra em 2000. Tenho ensinado o trabalho na Notícias de Transmutação, em muitos dos meus livros, em palestras áudio, entrevistas e conferências.

Depois de ter começado os encontros de cinco dias de Medicina para a Terra, vários participantes dos meus grupos juntaram-se uma vez por ano para reuniões em Santa Fé. No início, eu também participava porque era maravilhoso juntar-me a um círculo devoto ao trabalho por todas as formas de vida.

A certa altura, devido à minha intensa agenda de cursos, deixei de participar. As reuniões continuaram por anos e anos e os participantes continuaram a partilhar o trabalho que estavam a fazer e o círculo continuou a vincular-se a aprofundar-se.

Houve um ano em dois amigos contactaram-me a perguntar se eu voltaria às reuniões para ajudar o grupo a explorar o próximo nível do trabalho. Senti-me honrada pelo contacto e disse que “sim” imediatamente.

Fiz uma viagem xamânica para contactar a minha professora Isis, que foi uma fonte de inspiração quando escrevi Medicina para a Terra: Como Transformar Toxinas Pessoais e Ambientais. Desenvolvi o trabalho com a orientação de Isis, Osiris e Anubis.

Perguntei a Isis se me podia dar exercícios ou práticas para partilhar na reunião. A resposta dela foi que trabalhar com a luz e o amor incondicional é a chave para a transformação global e das pessoas. Ela disse que o grupo não precisava de práticas novas, atualizadas e mais complexas. Disse que o grupo precisava de se voltar a comprometer e os participantes precisavam de se dedicar a aplicar totalmente o trabalho nas suas vidas diárias.

Aconselhou-me a aparecer nas reuniões e a ensinar de novo o curso de cinco dias de Medicina para a Terra, pondo as pessoas a refletirem em como estavam a viver o trabalho.

O ponto onde estou a tentar chegar é que, muitas vezes, nos distraímos ao pensar que há um “método” ou uma “técnica” mais poderosos. Esquecemo-nos que a chave é que somos o instrumento para o divino e temos de nos afinar como o instrumento.

Os xamãs sempre trabalharam com a luz para curar. Nas iniciações, os xamãs estão preenchidos com luz e têm alguma experiência de um estado transcendente de unicidade a dar-lhes as capacidades físicas e de cura. Isto abre o xamã para o mundo do espírito.

A forma como os xamãs têm continuado a ser o instrumento do poder do universo, do divino e dos espíritos compassivos é entrando num estado de êxtase em que o xamã ou a xamã perdem o seu sentido de separação e afastam-se do ego e da personalidade.

Os xamãs têm-no feito e continuam a fazê-lo, envolvidos em longos períodos de toque de tambor ou maraca, a cantar, a dançar e a passar bastante tempo sozinhos na natureza.

Os xamãs entram completamente nos reinos invisíveis para trazer a magia, beleza, cura, poder e novos sonhos para as realidades visíveis, para que se manifestem em formas. Eles também praticam a capacidade de ouvir profundamente a natureza e veem presságios e sinais. Estão sempre sintonizados e, quando sonham, fazem-no com o corpo todo.

Leve o tempo necessário a fazer o trabalho de preparação que leva a cura e o poder dos reinos invisíveis para as realidades tangíveis. Afaste-se da nossa condição social para abraçar um sonho maior, que inclui a crença de que somos ilimitados no que podemos manifestar através do trabalho espiritual.

Podemo-nos perder à procura da “cura” mágica que irá criar mudanças positivas sem percebermos que “nós” somos a cura mágica.

E eu pergunto-me o quão alto e intenso tem de ser esse convite a despertar. Um ensinamento partilhado em várias histórias indígenas é: “Somos aqueles de quem estamos à espera”.

Ao entrarmos na primavera ou no outono, entramos numa nova estação na natureza e na vida. Peço-lhe que reveja as práticas que tem aprendido ao longo dos anos. E tire algum tempo para um passeio na natureza ou para se sentar em silêncio. Reflita na profundidade com que tem mergulhado nas práticas e em todos os ensinamentos espirituais que tem aprendido. Honestamente, pergunte-se se está a surfar as ondas superficiais do seu trabalho? Está a viver o trabalho a cada minuto? Separa a vida espiritual e as práticas da sua vida diária? Consegue-se rir de si e amar-se quando sai do caminho? Até que ponto está comprometido a aprofundar o trabalho e a tornar-se nele?

Comprometa-se a trabalhar com o poder da imaginação. A imaginação é descartada por muitos e não se entende que a nossa imaginação alimenta as nossas capacidades psíquicas. Ao envolver a sua imaginação, agita os seus sentidos psíquicos invisíveis para chamar algo para a sua vida e para o seu mundo físico e liberta o que já não lhe serve. Numa noite de fevereiro tive um sonho no qual recebi uma transmissão do poder deste ensinamento. O ensinamento foi absorvido pelas minhas células, mas difícil de transmitir por palavras.

Em fevereiro, dei uma palestra introdutória gratuita através da Shift Network, intitulada “Viagens xamânicas para a cura comunitária: como as práticas xamânicas podem curar famílias, comunidades e nações”. A conferência foi demasiado pequena para que eu conseguisse partilhar a profundidade do que tinha intenção de partilhar. Mas, para espanto de todos, houve 13 mil pessoas inscritas nesta palestra. Apenas a demonstração de interesse é um fantástico sinal do desejo de trabalhar juntos para curar as nossas comunidades e o mundo. Houve uma energia palpável de amor e beleza no nosso campo coletivo que eu sei que se espalhou pela teia de vida.

De um ponto de vista xamânico, todos estamos a passar por uma iniciação. O planeta está a passar por uma iniciação. Está-nos a ser pedido que vertamos ou queimemos a nossa velha identidade e velhas formas de viver que já não nos servem a título pessoal, nem a todas as formas de vida ou à Terra.

E, como já partilhei anteriormente, é o nosso espírito que nos guia e leva através de qualquer iniciação. Temos de deixar a profundidade do espírito guiar-nos agora. Temos de largar as nossas distrações mentais. É tempo de nos tornarmos no trabalho.

Precisamos de nos juntar em espírito, para além do ego e da personalidade, para nos ajudarmos uns aos outros e nos mantermos unidos e fortes. Há tanto que podemos fazer juntos como um coletivo espiritual devotado a trabalhar em conjunto para proveito de toda a vida e da Terra.

Mas devemo-nos abrir completamente ao mundo do espírito e tecer fios de beleza, amor, luz, honra, respeito, igualdade, paz e abundância para todas as formas de reinos invisíveis que se manifestem nos reinos visíveis. É assim que uma nova fábrica da realidade pode passar do sonho ao ser.

A lua cheia é a 5 de Março. Vamos tornar num ser uma teia humana de luz e amor que contribui para o novo sonho da Terra. Faça o seu trabalho de preparação e deixe-se de distrações. Habite completamente o seu corpo e envolva os seus sentidos à medida que experiencia a luz divina e seja esse instrumento afinado que canta a canção da luz, amor, paz e harmonia dentro e através desta fabulosa Terra.

Se é um novo leitor da Notícias de Transmutação, por favor visite: Creating A Human Web of Light para ler as instruções para as nossas cerimónias mensais de lua cheia.

Somos maioritariamente água e vivemos num planeta que também o é. O elemento água conecta-nos a todos. Ao fazermos o nosso trabalho espiritual juntos, podemos mudar a vibração das nossas águas interiores. Esta mudança na vibração será refletida para nós pelas águas exteriores que fluem através da Terra. Podemos criar uma imensa quantidade de mudança positiva e cura, harmonizando juntos as moléculas da nossa água interior!

A 20 de Março celebramos o equinócio. Acolhemos a primavera no hemisfério norte e o outono no hemisfério sul.

Para celebrar o equinócio, conecte-se com um corpo de água. Pode fazê-lo através de uma viagem xamânica ou meditação e sentar-se com um corpo de água para o qual viaje num dos reinos invisíveis. Pode ser uma experiência de Mundo Intermédio (ou Mundo do Meio). Ou pode, fisicamente, ir para a natureza e sentar-se perto de um corpo de água. Ao sentar-se com este corpo de água, sinta a sua água interna harmonizar-se energeticamente tal como se iria harmonizar e conectar com a batida do coração da Terra.

Encontre uma canção ou cântico que altere e eleve a sua vibração. Ouça a canção ou o cântico da água perto da qual está sentado. Afine a sua vibração com a canção da sua água interna e o corpo de água exterior com o qual se está a conectar. Vamo-nos focar nas águas dentro e fora que nos conectam a todos. Enquanto o fazemos juntos, a vibração de todas “as nossas águas internas e externas” irão harmonizar-se. Imagine a cura isto irá trazer para todos nós e para o planeta. Deixe a vibração do nosso campo coletivo de energia ser mudada pela harmonização da água dentro e fora de nós.

Vamo-nos juntar para desejar a todos na teia de vida um bonito e alegre equinócio!

Em fevereiro, acordei com um bonito insight que quero partilhar consigo:

Uma estrela no céu continua a brilhar mesmo quando é invisível para os nossos olhos. Você é uma estrela humana que anda. Está sempre a brilhar!

Histórias dos leitores:

Alorah escreveu:

Querida Sandra e Comunidade,

Respondendo ao seu convite para partilhar o que teve impacto e fez a diferença na minha vida.

Devo dizer que partilhar uma história ou prática é como tentar separar o ar que respiro. Tendo meditado e fundido com o elemento fogo, sinto o calor, a latência no meu corpo, a faísca de inspiração que sai da chama eterna que está no meu coração. Apesar de aparecer como uma única faísca, separada, é semeada ou nascida da chama eterna de vida.

Outra prática que cresce dentro de mim é sentir-me como uma joia no vórtex da teia de vida. Adoro conectar-me com a teia, com todos nós que refletem a luz uns nos outros. É tão bonito e dá-me a sensação de pertença e solidez; um lugar para pousar e descansar antes de voltar ao mundo, ao mercado.

Conectar-me com o espírito da terra também me enraíza e faz-me sentir pertencer a este bonito universo. Faço-o onde quer que viva, já que tenho mudado um bocado de casa. Faço-o quando trabalho. Sintonizo-me com o bater da nossa terra e com todos os meus auxiliares e guias em todas as formas. É mágico e muito real.

Sandy J escreveu:

Há uns anos, quando estava sob um grande stresse, fiz um retiro para a costa para passar um fim-se-de-semana de verão solitário. Depois do check-in, dirigi-me para a praia. O vento era muito forte e as ondas rebentavam com força. Apesar de estarem outros veraneantes na praia, as canções da natureza eram altas o suficiente para esmagar até a minha própria relutância em dirigir-me diretamente ao espírito.

Mantendo-me em pé, o meu queixo para cima e os meus braços bem abertos para receber, perguntei ao espírito: “O que tens para mim?”. Deixei cair a cabeça e os olhos encontraram de imediato um dente de tubarão caído na areia.

Apanhei o presente e sorri. Ao segurá-lo na mão senti a sua suavidade e contemplei-o. Os tubarões têm de estar constantemente em movimento para se manterem vivos. Viajam confiantemente nas águas escuras. Apesar de ser muito poderoso, o tubarão não usa o seu poder para consumir tudo o que se atravessa no seu caminho. Alimenta-se em filas específicas.

Isto deu-me muito em que pensar. Estou apenas sentada no escuro? Talvez me deva continuar a mexer? Ok, talvez seja uma fase negra. Continuo a movimentar-me para águas mais claras? Como estou a usar o meu poder? Estou a consumir toda a gente no meu caminho? Talvez deva dar maior atenção a como me envolvo com os outros ao longo do meu caminho.

O dente ainda permanece no meu altar. É, em simultâneo, suave e afiado. Esforço-me para aprender a respeitar e a cuidar de mim, tal como respeito e lido com o dente de tubarão. Estou agradecida pelo presente que são o dente de tubarão e a própria vida.

Desde então, em vez de esperar voltar a um lugar escuro, dirijo-me regularmente ao espírito e pergunto “O que tens para mim?”. É maravilhoso o que resulta de estar presente com o espírito e recetivo a ele.

Transmutation News – February 2015 – Portuguese

Transmutation News Fevereiro de 2015

Se me tem acompanhado ao longo dos 15 anos em que escrevo a Notícias de Transmutação, já deve ter percebido que sou uma verdadeira excêntrica.

Quero partilhar consigo parte do meu processo de escrita de Walking in Light: The Everyday Empowerment of Shamanic Life (ainda sem tradução em português).

Tanto os meus livros como as newsletters são escritos numa das primeiras versões dos computadores iMac. Comprei o meu computador em 2001, ao qual dei o nome de Blueberry (NT: a autora refere-se ao computador como “ela”). Juntas temos formado uma grande equipa. Há alturas em que me sinto tão envolvida no trabalho que parece que a Blueberry começa a escrever por mim algumas palavras. Quando as vejo no ecrã, não me lembro de as ter escrito.

Fiz uma pesquisa na internet para saber quanto tempo pode durar um computador como o meu. Li várias informações, algumas delas que apontam para 13 anos. Na verdade, a Blueberry superou as expectativas. Escrevemos dois livros em 2014. Mas fico triste por pensar que, realmente, o tempo de vida da Blueberry pode estar a chegar ao fim. E quero honrar toda a ajuda que ela me deu a trazer ao mundo os meus livros e as newsletters mensais. Vamos ver. A nossa parceria ainda não acabou!

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Vivo numa casa com um sistema elétrico muito estranho. O meu escritório é de adobe, o que significa que as paredes são muito grossas e concentram o frio. Se eu ligo a Blueberry e um aquecedor portátil ao mesmo tempo, os fusíveis disparam e fico sem eletricidade.

Por isso, nunca tive aquecedor no escritório nestes 20 anos em que vivo nesta casa. Posso encontrar uma solução? Claro! Mas quero? Não! Acabo por ter algum prazer em estar ligada à natureza enquanto escrevo. Pessoalmente, adoro o frio e o inverno! Outono e inverno são as minhas estações do ano favoritas.

A foto que anexo mostra-me no processo de escrita de Walking in Light no meu Blueberry, num dia de inverno bastante frio, em fevereiro de 2014. Tenho dois pares de óculos, o chapéu do meu pai, o colar de coração da minha mãe (que não se consegue ver na foto) e luvas. Pensei que podia gostar de ver a foto, pois pareço totalmente diferente das fotos que utilizo para as divulgações!

Considero que Walking in Light é um livro importante. Nele, resumo os ensinamentos que tenho partilhado durante anos. Acredito, na verdade, que se pusermos em prática os princípios xamânicos diariamente como os descrevo no livro, iremos sentir mais poder pessoal e o mundo irá tornar-se um lugar melhor para todos.

Espero que o leia!

Para começar o Ano Novo, fiz uma viagem xamânica com a faixa “Rattlesnake”, do meu novo cd “Shamanic Visioning Music: Taiko Drum Journeys”. O tambor Odaiko levou-me bem fundo. Por “sincronicidade”, a minha viagem foi sobre a razão de uma cobra mudar de pele. Como sabemos, as cobras largam a pele para que possam continuar a crescer. Na minha viagem, a Cobra e os meus espíritos auxiliares sugeriram-me ver como comecei a libertar-me das minhas velhas crenças e das minhas velhas histórias. Foi-me dito que tinha chegado o meu tempo de renascer num ser mais expansivo, que continua a abraçar a vida, partilhando a partir do espírito e ultrapassando as limitações de perceção.

Parece-me que esta é uma ótima mensagem para utilizarmos numa viagem xamânica.

Para encomendar Walking in Light e/ou o cd para viagens xamânicas com os tambores taiko, por favor, aqui: https://www.sandraingerman.com/booksaudiovideo.html

Ao contrário da cobra, a nossa pele como humanos continua a crescer. No entanto, à medida que nos descascamos mais a um nível espiritual e emocional, com as experiências da vida, a nossa pele acaba também por se ir renovando. Só que nem sempre nos apercebemos do quanto mudámos e por quantas mudanças passámos porque a nossa pele cresce connosco. Continuamos a crescer dentro da nova pele.

Há um equilíbrio entre ser demasiado passivo na vida ou demasiado esforçado. O equilíbrio cria-se quando atingimos um estado de harmonia entre ser ativo e passivo. De facto, esta é a chave para muito do que precisamos de saber da mestria da vida.

Quanto a ser-se passivo, percebo que muitas vezes somos apanhados em profecias. Já dediquei vários textos da Notícias de Transmutação, sobretudo nos inícios de ano, ao tema das previsões. Muitas vezes, as pessoas deixam-se levar pelo desejo de que alguém lhes diga quais as forças que poderão mudar as nossas vidas e o mundo em que vivemos. Só que é o mesmo que prever o tempo. Neste momento, o tempo atinge padrões que nunca ninguém previu. E eu acredito que o mesmo se passa em todas as áreas de vida. Vivemos num tempo de incerteza, em que tudo pode acontecer e o nosso potencial criativo pode ser incrível se soubermos aproveitá-lo.

O meu conselho é que escolha uma prática espiritual sobre as quais tenho escrito em newsletters passadas. Trabalhe com essa prática diariamente e torne-a parte da sua vida. Ao trabalhar diariamente com uma prática espiritual com a qual se identifique, irá sentir-se a crescer naturalmente nesse trabalho até que ele se torna parte de si. Desta forma, vai viver e trabalhar espiritualmente a partir de um ponto de equilíbrio, em vez de esperar que alguma força exterior a si mude a sua vida e o mundo ou esforçar-se demasiado para forçar a mudança. Precisamos de nos focar no nosso trabalho espiritual e deixar que ele nos mude ao mesmo tempo.

Tenho sido tão inspirada e sinto tantas mudanças em mim só de ensinar o meu curso por teleconferência. As cerimónias virtuais que tenho conduzido têm proporcionado a experiência direta do verdadeiro poder que é juntarmo-nos como uma comunidade para criar um campo coletivo de energia que está tão vivo e em vibração com a mudança.

No curso, os participantes têm entrado profundamente nas cerimónias virtuais. Consigo sentir e ver como, ao entrarmos no campo coletivo com os nossos sentidos todos, conseguimos abrir os véus entre mundos e trazer o poder e a cura dos reinos invisíveis para o reino visível. Tem sido fascinante testemunhar e fazer parte deste trabalho.

Fazemo-lo na nossa cerimónia mensal da lua cheia “Creating A Human Web of Light”. A chave é, quando fizer a sua prática de transfiguração e experienciar a sua luz interior, entrar profundamente nesse estado. E precisa de entrar completamente no campo coletivo que a nossa comunidade global tem sido e continua a criar junta. É nesse momento que a mudança acontece. A cura acontece ao aprendermos a trazer o invisível para o visível. Para tal, é necessário que experimentemos uma mudança positiva e palpável.

O nosso paradigma e modelo coletivo faliu e não pode ser reparado. Por isso, precisamos de continuar a ajudar-nos mutuamente quando nos envolvemos nas práticas espirituais para visualizarmos um novo modelo e tecermos no mundo visível uma nova fábrica da realidade. Fazermos cerimónias juntos é uma forma bastante poderosa de criar uma mudança positiva e unirmo-nos no modelo feminino da colaboração e da cooperação.

Há alguns meses gravei um programa áudio com o Dr. Lewis Mehl- Madrona. Pedi-lhe para me falar do poder de contar histórias que curam. Ele é autor do livro Coyote Medicine (sem tradução em português) e é um curador indígena. Na sua prática, ele mistura a cultura indígena com a sua experiência de psicólogo clínico .

Na conversa que tivemos, partilhámos que somos uma soma de todas as histórias que alguma vez foram contadas sobre nós e que temos contado sobre nós próprios. Ele disse: “Vamos contar apenas boas histórias para podermos ter mais pessoas boas!”

Também ouvi o professor de xamanismo John Perkins partilhar uma história e ensinamentos poderosos. Quando visitou a floresta amazónica, teve a oportunidade de ouvir histórias do povo Shuar. Quando John perguntou a um idoso como os podia ajudar, a resposta que ouviu foi: “Se realmente quer ajudar, mude os sonhos do seu povo”.

Os tempos, agora, são de mergulho interior, de ir além da personalidade e das distrações que criamos. Chegou a altura de irmos ao nosso interior descobrir o que a nossa alma veio expressar a este mundo. Deixe para trás tudo o que diz a si próprio sobre não conseguir atingir o seu potencial e manifeste um novo sonho para si e para a Terra. É altura de largar as suas distrações e manifestar o destino da sua alma. O tempo avança tão rápido e a mudança no planeta intensifica-se. Já não faz sentido dizer “espero um dia…” ou esperar que alguém venha mudar as nossas vidas. Está a ser chamado a participar totalmente na vida agora.

Podemos crescer como pessoas mais profundas e criativas se mergulharmos no verdadeiro poder que cada um de nós tem dentro para sermos agentes de mudança.

Devemos abandonar as velhas histórias que já não nos servem pessoalmente nem a nível coletivo e também precisamos de mudar a maneira como materializamos o mundo em que vivemos. Temos a oportunidade de crescer, neste tempo de vida, para um ser ilimitado.

Albert Einstein disse: “A imaginação é uma visão antecipada de todas as atrações futuras da vida”.

Partilho uma história de uma leitora da Notícias de Transmutação, que vem a propósito de trazer o poder invisível das palavras para o mundo visível, para inspirar uma mudança palpável.

Nas próximas newsletters só irei partilhar um parágrafo das histórias que me enviam. Mas, desta vez, senti que a história vem ao encontro do que escrevi.

A Jenny trabalhou com a prática que partilhei na Notícias de Transmutação de Outubro de 2014. O objetivo era trabalhar com uma palavra, durante um mês, e sentir realmente a vibração da palavra a trabalhar interiormente e a transformar todas as suas células. Esta é uma prática poderosa que vale a pena repetir. Pode voltar a ler a Notícias de Transmutação de Outubro: https://www.sandraingerman.com/tnportugueseoct2014.html

A Jenny escreveu:

“Na minha meditação, recebi a palavra HARMONIA. No início, não parecia muito inspiradora… Mais tarde, nessa mesma manhã, quando fiz o meu ritual da Roda da Medicina, de repente fez-se luz…

Escrevi a um amigo: a Sandra dá alguns conselhos amorosos e muito simples. Como o de nos focarmos numa palavra, durante um mês. Recebi a palavra “Harmonia” e tenho sentido uma imensa alegria ao ver todos os seus significados e aplicações. Harmonia dentro de mim, todas as minhas partes, as minhas células, a minha criança, a minha alma, etc. Assim como música, cor, cheiro e entre pessoas, toda a humanidade e a Mãe Terra.

A harmonia está na música e na dança. Está no ar, no cantar dos pássaros. Está na água, nas ondas do mar. Está no Sol e na Lua e nas cores, como um arco-íris. Cada cor é diferente, mas cria um todo harmonioso. Está no vento e nas folhas e nos ramos que se movem. Está nas Estrelas e no Universo, com os planetas à volta do sol.

A harmonia pode estar em nós enquanto indivíduos e entre todos nós como humanidade, no conjunto da Mãe Terra, em todos os seres sencientes e em toda a criação.

O Divino é o maestro de uma orquestra enorme, que somos todos nós. Cada um de nós é um som diferente da orquestra, mas juntos, sob a direção do Divino, podemos compor uma música maravilhosa, sons fantásticos, todos em harmonia. Cada instrumento é diferente, mas contribui para o todo. Na realidade, se todos os instrumentos fossem os mesmos e se todos nós tocássemos a mesma nota, não existiria real harmonia e tudo soaria aborrecido, sem profundidade e sem interesse. A harmonia requer sons diferentes, cores diferentes, cheiros diferentes.

A um nível mais pessoal, nos últimos seis anos tenho-me estado a curar de memórias de terríveis violações sexuais quando era criança, que deixaram o meu corpo, a alma, as emoções e as minhas várias crianças interiores muito esfarrapadas, fraturadas e separadas. Entendi, pela palavra harmonia, que a minha cura é trazer todas as partes de mim de volta à harmonia. Todas as minhas partes a ressoarem e a integrarem-se num todo harmonioso. Isto é o que entendo por harmonia – devolver a harmonia ao nosso ser. Há harmonia entre os chacras, harmonia da cor e do som, harmonia entre o coração e a mente, a alma e a voz, o corpo e todos os níveis da nossa aura, as nossas vidas passadas e presentes. Tudo pode ser trazido em harmonia e realmente isso é o que somos, isso é o que ambicionamos. Para sermos totalmente e completamente nós próprios, em completa harmonia interna, e para nos expressarmos com esta autêntica harmonia que vem do interior.

O amor é harmonia. A harmonia final. Paz é harmonia dentro de nós e entre as pessoas. Onde há harmonia não pode haver guerra nem violência. A harmonia tem flexibilidade, uma capacidade de se mover e ajustar – um ritmo e uma dança próprios. Nunca é rígida, difícil ou inflexível.

Contemplar a palavra harmonia fez-me querer tornar mais harmoniosas as minhas relações familiares e de amizade.

A harmonia é um fluir, e é beleza, alegria e riso. A harmonia é o que queremos para a terra e o que a Terra, a Mãe Terra nos oferece se nos curvarmos perante a sua música e ouvirmos o que ela tem para nos dizer e nos deixarmos envolver por ela.

A harmonia, agora, é parte da minha vida. Penso nela em diferentes momentos do dia. Obrigada, Sandra, por aquela ideia amorosa tão simples. E obrigada ao Espírito pela bonita palavra que me deu e à alegria e inspiração que me trouxe. Tem sido como abrir uma janela na minha alma”.

Dedique alguns minutos, de olhos fechados, a sentir a vibração, a luz e o poder da “harmonia” a alimentar as suas células e a sua alma.

Estamos a chegar ao 15º ano a fazer juntos a cerimónia da lua cheia “Creating A Human Web of Life”. Fantástico! O tempo passa muito rápido, realmente.

A lua cheia é a 3 de Fevereiro. Vamos entrar completamente no campo de energia coletivo que temos vindo a criar ao longo dos anos. No xamanismo, tecemos fios do mundo invisível para o mundo da forma com o trabalho que fazemos. Viaje internamente, experimente a sua luz divina espiritual e permita-a irradiar-se para o mundo, juntando-se ao amor e à luz dos outros para tecer uma vibrante e harmoniosa fábrica na forma física. Esta fábrica cria uma teia de luz que flui dentro e à volta da terra.

Se está a ler a Notícias de Transmutação pela primeira vez, por favor leia “Creating A Human of Web” na página principal para instruções sobre a cerimónia da lua cheia.

Transmutation News – January 2015 – Portuguese

Transmutation News Janeiro de 2015

Entramos num Novo Ano unidos em amor pela nossa comunidade e a favor de todas as formas de vida. É fascinante ver como as diferentes comunidades fazem tantas cerimónias, rituais e celebrações para receber o Ano Novo. Refiro-me a um campo coletivo e virtual de energia, que produz entusiasmo e o desejo de uma renovada esperança ao entrarmos numa nova parte da espiral de vida.

Este mês gostava de vos encorajar a refletirem sobre os seguintes temas: Inspiração, Entusiasmo, Preciosidade de Vida, Acordar o nosso Génio Criativo e Necessidade de Despertar!!!

Quando frequentei a escola tive alguns professores bastante inspiradores. Foram pessoas que tiveram um grande impacto e que me ajudaram a definir a minha vida e o meu trabalho.

Quando estava no nono ano tive uma professora de Química, a D. Goldstein, que nos avaliava com base na forma como resolvíamos os problemas de química e matemática e não na solução a que chegávamos.

Eu raramente acertava nas perguntas do teste ou dava a resposta certa quando a professora fazia uma pergunta à turma. Mas sentia-me inspirada a pensar e podia sempre partilhar o meu processo de chegar à resposta. Era uma grande inspiração ver os olhos da minha professora a brilharem ao ouvir a minha boa vontade em pensar num problema, em vez de me focar apenas no resultado. Sempre tive boas notas nos testes por causa da minha boa vontade em: 1) tentar e 2) ser criativa no meu processo de pensamento. O ser inspirada a ser criativa foi uma bênção no meu crescimento.

Mais tarde, tive um excelente professor quando estudei Biologia Marinha na Universidade de São Francisco. Estava a tirar um curso sobre o estudo de algas. Na altura, o meu professor tinha 65 anos e era o último curso que lecionava antes da reforma. Era um dos especialistas mundiais no estudo das algas marinhas.

Não me recordo do nome dele. Lembro-me da cara, da estatura, da voz e de como se vestia. E lembro-me, sobretudo, da alegria e da luz presentes nos seus olhos quando recebia os estudantes e os apresentava ao mágico e misterioso mundo das algas marinhas (é um caminho que há poucos a seguirem). O mistério e a magia das algas vermelhas, verdes e castanhas é um mundo profundo e rico que a maior parte não explora. Algumas das mais bonitas plantas que existem são algas vermelhas.

Para o nosso teste de final de semestre tivemos de apresentar a maior quantidade de algas marinhas que conseguimos encontrar e recolher. Tivemos de mantê-las vivas, expô-las no chão numa folha de papel e dizer o nome de todas.

O professor usava um cronómetro (porque tínhamos um limite de tempo para partilhar a nossa coleção) e entusiasmava-se com cada aluno que mostrava a sua coleção e dizia os nomes das algas corretamente.

Todas as noites, eu praticava durante horas os nomes das algas que tinha recolhido. Tinha amigos que vinham ao meu apartamento em São Francisco para me ajudarem neste processo de memorização.

Foi um complemento a uma missão de vida? Não! Mas ensinou-me sobre o poder do entusiasmo quando me envolvia na fantástica energia que o meu professor irradiava. Não estava a tentar provar-lhe nada. Fi-lo por puro entusiasmo e alegria! Porquê? Porque com o seu amor pela matéria, ele inspirava-nos a todos a aprendermos.

Finalmente, agradeço profundamente a Vern Haddick, o meu professor no mestrado em Aconselhamento Psicológico, no Instituto de Estudos Integrais da Califórnia, em São Francisco. Vern ensinou-me sobre o poder do amor incondicional e de como podemos envolver as pessoas com amor e aceitá-las incondicionalmente. Ser-lhe-ei sempre grata pela forma como me aceitou incondicionalmente durante um tempo da minha vida em que me senti tão insegura sobre os meus próprios dons e talentos, que tive necessidade de partilhar.

Neste tempo de desafios constantes, desespero e inquietação do planeta, podemos inspirar e criar entusiasmo sobre a preciosidade da vida. Podemos ensinar as pessoas a entrarem no seu próprio processo de pensar e de inspiração espiritual e criativa. Podemos inspirar as pessoas a despertarem!!

O que o entusiasma? E como pode partilhar este entusiasmo com amigos, pessoas que ama, crianças, colegas de trabalho e outras pessoas da sua comunidade local?

Os meus professores levaram-me a estar disponível para os meus estudantes de xamanismo e a ajudá-los a sentirem-se acolhidos na prática e no círculo que é a nossa comunidade, a brilharem, a rirem, a sentirem entusiasmo sobre as possibilidades ilimitadas. Adoro ver a energia do entusiasmo a encaixar-se quando os meus alunos entram no caminho xamânico.

Seja uma força de entusiasmo e de inspiração para os seus amigos e para a comunidade! Ajude as pessoas a despertarem!

É importante lembrar que os espíritos auxiliares e compassivos apenas nos veem na nossa luz e beleza.

Depende de nós vivermos uma vida mais consciente e irradiarmos a nossa beleza e luz no mundo.

Nesta altura de Ano Novo, em que a esperança por uma nova oportunidade e mudança positiva abunda, volte a dedicar-se ao seu caminho espiritual.

Continue a trabalhar com as práticas que temos realizado juntos e que eu tenho partilhado nos últimos 15 anos em que escrevo a Notícias de Transmutação.

Transmute e transforme a energia por detrás dos seus pensamentos e palavras. Alinhe os seus pensamentos e palavras para criar um resultado positivo.

Cultive a sua paisagem interior e o seu jardim interior.

Esteja consciente do poder que as suas palavras e os seus pensamentos para criar têm no mundo.

Liberte-se de crenças limitadoras e bloqueadoras, que o impedem de se conectar com a sua energia criativa.

Levante-se a cada dia agradecendo pela sua vida, terra, ar, água e fogo (como o Sol), e pelas extraordinárias formas de vida que habitam em todos os elementos, como a lua, as estrelas, os planetas, os espíritos auxiliares, o espírito da terra, os seus ancestrais, os elfos, entre outros. Conecte-se com o seu coração e agradeça diariamente a todos os que gostaria de agradecer. Ao agradecer pela sua vida diariamente, cria uma mudança muito mais positiva para todos e para todas as formas de vida.

Olhe para as mudanças que precisa de fazer na sua vida para encontrar paz, equilíbrio e harmonia.

Passe algum tempo no meio da Natureza!!!

Continue a realizar as suas práticas de sonhar com um mundo cheio de amor, luz, paz, abundância, harmonia, honra, respeito e igualdade para todos.

Seja aberto e encontre o equilíbrio no dar e receber. Renda-se aos resultados. Mantenha o seu trabalho espiritual, independentemente do que testemunhe no mundo exterior. O trabalho espiritual que realizamos faz a diferença. Mas sim, também aja no mundo físico para ser um agente de mudança positivo.

Continue a sentir o amor da nossa comunidade global que se junta neste trabalho em benefício de todas as formas de vida.

Seja uma luz no mundo!

No meu novo livro Walking in Light: The Everyday Empowerment of Shamanic Life (ainda sem tradução em português), levo-o pela mão numa viagem pelas práticas que tenho partilhado nos últimos 15 anos. O livro será editado a 1 de fevereiro.

A lua cheia é a 5 de janeiro. Vamos continuar a tecer uma teia dourada de luz para a fábrica da realidade. Faça o seu trabalho preparatório para estar totalmente envolvido com a prática. Saia do seu estado normal de consciência e entre num estado de unicidade. Conecte-se com a nossa comunidade global ao mesmo tempo que tecemos uma radiante teia de luz dentro e através desta fabulosa Terra!

Se é um novo leitor de Notícias de Transmutação, por favor leia a parte “Creating a Human Web of Light” na página principal.

Numa das manhãs de Dezembro tive um dos mais extraordinários sonhos de sempre. Partilhei-o no Facebook, mas nem todos me seguem nesta rede social, por isso quero partilhá-lo aqui também.

A primeira parte do sonho foi muito complexa e profunda, por isso não me lembro bem dela. Sei que estava num apartamento na cidade, envolvida numa grande e profunda conversa com outras pessoas, e penso que um dos tópicos era a morte.

A conversa entrou em temas que eu soube ser altura de sair. E vim para a cidade porque queria comprar rímel azul claro. Decidi continuar com a minha missão.

Estava a andar pelas ruas da cidade e cheguei a uma zona de construção. Havia uma nova área a ser construída para lojas e propriedades comerciais.

Um rio tinha de ser drenado para que os projetos pudessem prosseguir. Sei que isto soa a estranho, mas foi em sonho.

A próxima parte do sonho vai-me acompanhar para sempre. Andei pelo leito do rio drenado. A areia ainda estava molhada. Não era como no local onde vivo, em que ando pelos arroios, que são leitos de rio secos. A areia deste rio ainda estava húmida e molhada.

Enquanto andava, o rio cantava para mim. A canção era extraordinária e mudava a cada curva que eu dava no leito do rio. Cheguei a uma parte do rio em que os símbolos da canção começaram a aparecer na areia. Andei para trás e para a frente em todo o comprimento do rio, sempre a ouvir esta bonita canção. A canção mantinha-se constante, dependendo de onde eu estava no rio.

Fiquei tão sensibilizada pela beleza desta canção e pelo facto de o rio continuar a cantar, apesar da água ter sido drenada.

Voltei atrás e dirigi-me a um grupo de empregados das obras. E havia um índio com duas tranças muito longas. Pensei para comigo que ele talvez me ouvisse. Contei-lhe a minha história de que o rio tinha cantado. Ele olhou para mim e, quando comecei a chorar, ele disse-me que me acompanharia e tentaria ouvi-la também.

Andámos para a margem do rio e começámos a caminhar em todo o comprimento do rio. No início estava tudo silencioso. Depois, começou a ouvir-se um som. Era diferente do que eu tinha ouvido quando andei sozinha, mas era uma canção. Perguntei-lhe se também conseguia ouvir. No início, disse-me que não, mas depois a canção tornou-se mais forte e alta. Ele olhou para mim espantado enquanto ouvia a canção. Juntos, andámos em todo o comprimento do rio ouvindo o rio a cantar.

Ele regressou ao grupo dos outros empregados da construção e disse que tinham de parar o projeto porque o rio estava vivo e continuava a cantar. Deixei o grupo sabendo que iam parar com os trabalhos. Depois disso, voltei para comprar o meu rímel azul claro.

Acordei tão sensibilizada pelo sonho e pela canção do rio! No início dos anos 70, ia-me afogando no oceano em Mazatlan e senti-me a viajar num túnel de luz. Vi-me num jardim maravilhoso e sentei-me num banco de pedra enquanto ouvia uma bonita música que nunca serei capaz de descrever nem nunca ouvi neste mundo terreno.

Tudo na vida canta e a canção é eterna.

Saia e cante para a terra, as águas, o ar, o sol, a lua, as estrelas e todos os seres únicos e espantosos que vivem nos diferentes elementos. Abra o seu coração e ouça-os cantar consigo!

Feliz Ano Novo!

Histórias partilhadas pela nossa comunidade

Recebi inúmeras histórias sobre o poder de nos envolvermos num trabalho xamânico. Não deveria ter ficado surpreendida pela quantidade de relatos, pois todos sabemos o poder do trabalho xamânico, que inclui o trabalho de “Medicina para a Terra”. De momento, tenho 30 páginas de histórias num só documento.

Irei incluir algumas delas em futuras newsletters da Notícias de Transmutação.

Como a coluna deste mês é muito longa, irei apenas partilhar alguns links para blogues que algumas pessoas me enviaram:

Simin Uysal, da Turquia, decidiu escrever a sua história num blogue. É muito bonita e tocante. Pode lê-la aqui: http://anatolianstories.blogspot.com.tr/2014/11/dreaming-with-ancestors-in-land-of.html

Jeff Nixa partilhou alguns artigos que escreveu e que considero muito poderosos. Pode lê-los aqui: http://urban-shamanism.org/2013/11/05/were-all-living-on-a-rez-my-week-on-pine-ridge-indian-reservation/
e aqui: http://urban-shamanism.org