Transmutation News – December 2013 – Portuguese

Transmutation News Dezembro de 2013

É difícil acreditar que estamos quase no fim de 2013. Tem sido um ano difícil para muitas pessoas. Parece-me que todos temos sentido as mudanças e transições que têm acontecido a um nível exponencial.

As recentes tempestades em diversas partes do planeta devastaram paisagens e vidas. Envolvamos com amor todos os que foram atingidos. Envolvamos também nos nossos corações e com as nossas orações todos os que foram afetados pela tragédia nas Filipinas. Tem havido outros relatos de tempestades e histórias de devastação e perdas de vidas. Continuaremos a envolver todos na luz.

No mês passado escrevi sobre estar num caminho espiritual e permitirmo-nos ser guiados pelo espírito em vez do ego.

Este mês gostaria de resumir algumas práticas que o irão ajudar a ter força durante estes tempos desafiantes. Tenho estado em contacto com algumas pessoas que se sentem esmagadas pelos acontecimentos mundiais e não sabem ou não se lembram como recomeçar. Espero que este texto o ajude a ganhar inspiração.

Os meus espíritos auxiliares recomendam que nos concentremos em nós, no nosso interior, e olhemos para o fundamento das nossas práticas espirituais. Criando uma paisagem interna rica e fértil iremos conseguir enfrentar e ultrapassar o que a vida nos traz a cada momento.

No mês passado recebi dos meus pacientes e estudantes uma riqueza de histórias sobre como a prática da transfiguração lhes trouxe a cura.

Para os novos leitores da Transmutation News, a prática da transfiguração consiste em viajar dentro de quem somos, para além da nossa pele, para experienciarmos a nossa luz divina e irradiá-la por todo o nosso corpo e pelo mundo.

Um veterano de guerra contou-me que uma prática regular de transfiguração o curou do stresse pós-traumático.

Tenho vários relatos de como a prática regular da transfiguração trouxe curas físicas milagrosas a alguns dos meus alunos.

Algumas pessoas têm-me escrito a relatar como a prática diária de experienciarem a sua luz divina as tem ajudado a enfrentar os grandes desafios de vida.

Outras pessoas têm-me relatado como a prática da transfiguração tem sido útil para se manterem enraizadas e centradas enquanto testemunham e apoiam todos os que ficam doentes ou sofrem algum acontecimento trágico.

Infelizmente também tenho perdido alguns queridos amigos e alunos, que morreram nos últimos tempos. Como aumentaram a prática de experienciarem a sua luz divina, morreram a partir de um estado de graça e leveza.

Esta prática é uma forma muito potente de nos fortalecermos. Ao experienciarmos a nossa própria divindade e perfeição, criamos um estado interior em que as nossas células podem comunicar umas com as outras e libertar o conhecimento com o qual nascemos e a partir do qual nos curamos.

Ao transfigurarmos e experienciarmos um estado de unidade, em vez de separação, podemos encontrar um local calmo e centrado dentro de nós, que nos permitirá enfrentar tanto os momentos tranquilos como os mais turbulentos da vida.

Quero encorajá-lo a encontrar algum tempo para si diariamente e a mergulhar no seu interior. Ponha uma música relaxante e permita que a sua consciência se expanda para um estado de unidade. Viaje dentro de si e experiencie a sua luz interior. A sua intenção deve ser experienciar quem é para além da sua pele. Vai querer experienciar quem é para além do seu corpo e da sua mente racional. Você é um ser espiritual.

Experiencie a sua luz irradiando-se como uma estrela no céu noturno. Encontre a luz estelar dentro de si.

Com a prática da transfiguração não terá nenhuma dificuldade em enviar luz para si próprio, para outra pessoa ou para o mundo em geral. Tal como uma estrela no céu noturno, também você irradiará luz sem esforço e sem intenção para onde essa luz deve ir. Uma estrela não decide para onde enviará a sua luz. Simplesmente brilha.

Este estado cria uma radiação que é curativa e edificante para si. Os seus olhos irão brilhar de novo.

Quando experiencia o mundo através dos olhos do espírito e lhe irradia luz, esta luz e o amor do espírito levantam os véus da escuridão e alimentam todas as formas de vida. Quanto mais transfigurar, mais lhe irá ser fácil ver com olhos do espírito. Se a sua prática é muito inconsistente, é mais difícil criar uma fluidez de espírito. Acabará a saltar para trás e para a frente entre o ego e o espírito e isso cria uma sensação de estar despedaçado, também na forma como percebe a sua vida e o mundo à sua volta.

Experienciar um estado espiritual muda a nossa perceção. E a nossa mudança de perceção muda a nossa realidade.

Temos de treinar as nossas mentes a deixarem de ver apenas o negativo e os desafios. Quando percecionamos o mundo a partir da nossa divindade, aprendemos a percecionar a riqueza mesmo com todos os desafios e as experiências de crescimento.

Quando a vida parece escura e cheia de dor e sofrimento, há outro nível de terreno fértil que transforma o sofrimento em beleza. Se nos focarmos na beleza, as nossas perceções mudam. Se as nossas perceções mudam, a nossa vida muda em consequência. Uma das formas de mudar a perceção é voltar ao estado de espanto e de admiração pela vida que tínhamos em crianças.

Recorde-se de quando era criança e tudo lhe parecia novo e fresco. Esta memória vai ajudá-lo a experienciar a beleza que a vida tem para oferecer. Ao fazê-lo, vai reparar que a sua atitude perante o que a vida lhe traz acaba por mudar.

É preciso que continue a melhorar a sua atitude para parar de reagir a tudo o que a vida lhe traz. Vai conseguir fazê-lo ao tirar o véu para experienciar a beleza da vida, independentemente do que acontece no mundo exterior.

Ao fazer isto, move-se para um lugar de amor, apreço e gratidão pela sua vida, o que conduz sempre a um lugar de transformação interior e exterior.

Podemo-nos sentir esmagados por tudo o que acontece à nossa volta. Entre dentro de si e faça o seu trabalho pessoal. Esse trabalho pode juntar-se a cada ação que é chamado a ter para ajudar a terra e os seres vivos.

A intensidade da mudança no planeta está a forçar-nos a fazer o nosso trabalho pessoal.

Aqui fica um resumo de algumas técnicas muito simples com as quais temos trabalhado ao longo destes anos.

Transporte uma pedra no bolso ou tenha alguma forma de se lembrar de parar o que está a fazer e perguntar-se: “Estou a pensar em quê agora mesmo?” Quer aprender a parar o comboio de pensamentos negativos que o afastam dos resultados pretendidos.

Rodeie-se de imagens da natureza e de animais que são importantes para si. Pode andar com fotos de cãezinhos, gatinhos, animais bebés, um oceano, um rio, uma flor, uma árvore, uma rocha, etc. Qualquer que seja a energia que coloca no mundo, ela atinge todas as formas de vida que considera preciosas. Porque todos estamos conectados a uma teia de vida.

Pode mudar o seu pensamento negativo com bonitos sons de pássaros a cantar, por exemplo, ou crianças a rir.

Pode escrever e ler palavras de motivação como esperança, brilho, esplendor, reverência, admiração, amor, etc. Quando voltar a ler estas palavras, o seu estado presente irá mudar.

Também pode trazer consigo frases inspiradoras com o mesmo propósito.

Pense em algo pelo qual se sinta grato. Lembre-se de coisas simples que ama na vida, como a primeira vez que comeu um gelado ou viu nevar.

É muito importante que sejamos diligentes e observemos os pensamentos que repetimos durante o dia. Precisamos de aprender a substituir os nossos pensamentos negativos e sabotadores por pensamentos que nos tragam os resultados pretendidos.

Os nossos pensamentos são feitos de palavras. E as palavras são sementes. Quando falamos, plantamos sementes que, quando nutridas, terão fundas raízes e fortes plantas. Que plantas quer fazer germinar no seu jardim interior e no jardim da terra? Lembre-se que tudo aquilo que alimenta… cresce. Lembre-se da frase aramaica de Abraq ad Habra (Abracadabra), cuja tradução significa “eu crio ao falar”

A juntar a esta mudança de perceção, devemos viver uma vida cheia de gratidão, ser diligentes sobre os pensamentos e palavras que usamos, e devemo-nos lembrar que sonhamos a nossa vida e o mundo que materializamos com a nossa imaginação.

Todos devemos aprender a focar a nossa imaginação em conjunto para visualizarmos a vida e o mundo no qual desejamos viver. Isto implica usar todos os nossos sentidos e saltar para o sonho, vivendo a partir dos sonhos como se já os tivéssemos manifestado agora.

Estamos sempre a sonhar acordados. É, por isso, tempo de focarmos as nossas imaginações no que fazemos para criar em vez de nos focarmos no caos em que usamos as nossas imaginações para sonhar a existência. Ao mesmo tempo, não sabemos que espírito e evolução nos conduzem nessa direção. O paradoxo é fazer o nosso trabalho de sonhar enquanto nos rendemos ao resultado.

Quando percebe que está a reagir aos outros e à vida, assegure-se que expressa os seus sentimentos enquanto, ao mesmo tempo, transmuta e transforma em luz e amor a energia escondida nas suas emoções. Expresse, não envie. Dessa forma continuará a alimentar a energia do amor em vez do ódio, do sofrimento e da separação.

E, por favor, saia de casa e reconecte-se com a natureza o mais que puder. Não importa se vive na cidade ou num ambiente rural. A terra está viva e tem um espírito. Tudo o que existe neste planeta está vivo e tem um espírito. É altura de nos reconectarmos com o espírito que vive em todas as coisas – ou seja, com tudo o que está vivo.

Conecte-se com o movimento da terra. Agradeça diariamente pela vida que tem e à terra, ao ar, à água e ao sol por lhe darem tudo o que precisa para prosperar.

Os tempos em que vivemos convidam-nos a fortalecer as nossas comunidades. Assim, quando os desafios aparecem, é bom viver numa comunidade forte. Temos visto vários exemplos de pessoas que plantam jardins comunitários. Em épocas de catástrofe, as pessoas nas comunidades têm-se ajudado mutuamente a reconstruir casas e negócios.

Podemos trazer as práticas espirituais à nossa comunidade. Quando orientei o estudo Medicina para o Coração da Terra, com a Escola Integrativa de Medicina da Universidade de Michigan, o meu grupo foi positivamente afetado pelo trabalho. Quando reflito no poder do tempo passado juntos, penso em como as pessoas do grupo foram tão tocadas pelo amor que criámos no nosso círculo. Cada um sabia quanto cada pessoa se preocupava com ele ou com ela e com o sucesso da sua cura. Pessoalmente, acredito que foram o amor e o apoio da comunidade que acabaram por criar os resultados positivos que vimos nos participantes.

Seria maravilhoso trazer esse tipo de nível de apoio para a nossa família, a nossa comunidade no trabalho e a comunidade na qual vivemos.

Pode fazê-lo de maneira muito simples, encontrando uma árvore ou arbusto ao qual agradeça por carregar as várias orações. Convide as pessoas a atarem levemente (não queremos sufocar os ramos) uma fita ou um fio com uma oração.

Pode encontrar uma tigela que sirva para pôr as orações e convidar as pessoas a colocá-las nela. Peça a cada pessoa da sua família, do trabalho ou da sua comunidade para definirem a intenção de que todas as orações serão atendidas. Esta atitude irá criar um laço entre as pessoas, que terá um impacto positivo em todos. As pessoas irão sentir-se cuidadas e verá fortalecer-se o vínculo necessário para que seja um verdadeiro apoio para todos na sua comunidade.

A lua cheia é a 17 de Dezembro. Somos uma comunidade forte, apaixonada e apoiante. Juntamos a nossa luz espiritual para continuarmos a tecer uma teia forte, potente e radiante de luz dentro de nós e por toda a terra.

Aos que são novos a ler a Transmutation News, por favor visite “Criando uma Teia Humana de Luz” na página principal para instruções de como participar na nossa cerimónia de lua cheia.

O solstício é a 21 de Dezembro. Vamos celebrar juntos esta mudança de estação. Celebramos o solstício de inverno, o regresso da luz ao Hemisfério Norte e o regresso do verão ao Hemisfério Sul.

Queria pedir-vos que, no solstício, fizessem uma meditação ou viagem para se conectarem com os elementos do local onde vivem. Conecte-se com a terra, o ar, a água e o sol. Expresse a sua gratidão pela energia e pela vida que eles oferecem. Pergunte como pode estar ao serviço neste tempo de mudança que a terra atravessa.

Ponha as suas orações e bênçãos num altar no interior ou exterior da sua casa, em nome dos milhares de leitores da nossa comunidade global que trabalham em conjunto com as práticas que partilho nesta newsletter. Vamos criar a nossa taça de orações e alimentar a saúde e a vida do nosso círculo.

No meu caso, sinto que como o mundo está a mudar tão rapidamente, preciso de algum tempo para refletir como preciso também de mudar os meus ensinamentos para ajudar as pessoas a aprofundarem o seu trabalho espiritual.

Neste verão celebrei dois novos contratos para livros. Um deles é com a Sounds True para escrever um livro baseado no que ensino no meu áudio curso Shamanic Visioning.

Parto para o desafio com a atitude de que este pode ser o último livro que escrevo sobre xamanismo. Pode não ser, mas esta é a atitude com que estou a escrever agora. Tenho levado muito tempo a refletir como gostava de alterar os meus anteriores ensinamentos sobre xamanismo e práticas xamânicas para tirar o xamanismo da caixa. Sinto fortemente que a prática xamânica irá mudar e tem um potencial ilimitado para ser uma força de cura no planeta. Mas a prática do xamanismo tem sido colocada numa caixa porque as pessoas no mundo atual tentaram dar-lhe demasiada forma. O poder do invisível pode-se perder com o foco nas técnicas. Claro que esta é apenas a minha opinião.

O outro livro para o qual tenho um contrato é em coautoria com Llyn Roberts. Estamos a escrever um bonito livro sobre a reconexão com o aspeto feminino da natureza. É um livro muito diferente, não há nada semelhante no mercado. Será publicado pela Inner Traditions. Tenho adorado trabalhar com Llyn neste projeto, com o qual estou bastante entusiasmada.

Isto para dizer que tenho apenas dois workshops agendados para 2014. Preciso deste ano para aprofundar os meus ensinamentos através da escrita e também para ter o tempo necessário para visualizar o que quero ensinar no futuro.

Claro que é um prazer continuar a escrever a Transmutation News.

Aproximamo-nos de um novo ano e de novas oportunidades de cura, crescimento e evolução, por isso gostaria de agradecer a todos os que têm ajudado a partilhar a Transmutation News um pouco por todo o mundo.

Deixem-me agradecer à Sylvia Edwards, a webmaster deste site. A Sylvia tem uma tal generosidade de espírito e tem contribuído muito para manter a Transmutation News disponível. Muitas bênçãos para ti, Sylvia, com tudo do melhor que a vida tem para oferecer!

Imaginem o trabalho que dá traduzir todas as palavras que escrevo na Transmutation News. Quero agradecer, enviar as maiores bênçãos e irradiar amor e luz a todos os que generosamente dão o seu tempo para a tradução:

Katalin Abrudan – Hungria
Lena Anderheim – Suécia
Nello Ceccon – Itália
Ines Fermoso – Espanha
Sofia Frazoa – Portugal
Dorota Goczal – Polónia
Els de Graaff-van Meeteren – Holanda
Eleni Evangelinou e Rallou Gromitsari – Grécia
Annie Idrissi – França
Miriam Kisssova and Jan Lenc – Eslováquia
Irina Osechinsky – Rússia
Eva Ruprechtsberger – Alemanha
Tea Thum – Finlândia
Simin Uysal – Turquia

Damos graças, sentimos gratidão e irradiamos amor e luz por todas as pessoas da nossa comunidade, à medida que aprofundamos o nosso trabalho espiritual juntos, o que cria mudanças exponenciais nas nossas próprias vidas e no mundo à nossa volta.

Desejo a todos um feliz solstício!

Transmutation News – November 2013 – Portuguese

Transmutation News Novembro de 2013

Nem sempre é fácil estar num caminho espiritual. A questão é que, quando estamos verdadeiramente num caminho espiritual, somos conduzidos pelo espírito e não pela personalidade e pelo ego.

Só que somos seres humanos com uma personalidade, ego, mente e corpo. E estes aspetos conduzem-nos a viver grandes alegrias, mas também nos levam a experienciar estados de sofrimento. Quando percebemos o mundo através dos olhos do ego, o mundo não nos parece tão bom. A vida está a desmoronar-se à nossa volta. O clima está a mudar de tal forma que assistimos a grandes mudanças na terra, tendo impacto não só nos humanos mas em todas as formas de vida. Não preciso de falar no que está a acontecer nas áreas política e económica, porque isso é óbvio. E o comportamento violento dos seres humanos uns contra os outros e contra o resto da vida não é o que queremos continuar a ver.

Depois, fazemos o nosso trabalho espiritual. Uma vez em contacto com o nosso espírito, deixamos a arena da dualidade e movemo-nos para um local de unidade. Deste local de luz divina e de amor, tudo parece diferente. Porque na arena do espírito não há julgamento ou imperfeição. O espírito aceita as mudanças que nos conduzem à evolução e ao crescimento.

E aqui reside o paradoxo. Como vemos a divindade nas cheias, seca, ciclones, guerra e violência? Sentamo-nos e dizemos que tudo está em perfeição divina, por isso não nos devemos preocupar ou tomar nenhuma atitude? A resposta é “não”.

Os seres humanos não têm tomado conta da terra, que é o corpo onde vivemos. Considere o seu próprio corpo. Se continuar a enchê-lo de toxinas e não cuidar dele, a certa altura a sua saúde sofre uma quebra. Quando a saúde quebra, é importante agir e fazer mudanças para cuidarmos do nosso corpo físico. É preciso aprendermos a trabalhar com as nossas emoções e estados mentais, para que possamos ser saudáveis. E a maior parte das pessoas encontra grande cura ao incluir alguns tipos de práticas espirituais que apoiem a sua saúde e bem-estar. Cuidar do corpo, mente e espírito ajuda a criar uma vida harmoniosa. A desarmonia causa a doença.

Aquilo a que assistimos nas nossas vidas é o resultado de não cuidarmos de nós, mas também de não cuidarmos da terra, da água, do ar e do sol que nos dão vida. É o resultado de não trabalharmos as questões pessoais, como o desejo de ter cada vez mais a nível material, o que criou desarmonia. É o resultado de não trabalharmos com estados mentais que levaram a vida toda as pessoas a causarem violência contra as crianças, mulheres e homens.

Entramos em florestas e selvas e cortamos milhões de árvores sem honrá-las ou sem pensar sobre a teia da vida e como a vida dessas árvores contribui para a saúde do planeta. Matamos espécies inteiras em nome de “dinheiro” e não apenas desonramos a sua beleza e vida, mas não reconhecemos como elas contribuem para a saúde da teia da vida. E a lista continua.

Não estou a tentar pressionar quem lê este texto. Sabe que a minha intenção é inspirar-nos a manter o nosso trabalho espiritual.

Apenas estou a tentar dizer que a raça humana não tem sido impulsionada pelo espírito. Assim, embora caiamos em lugares de desespero, é o momento de todos nos levantarmos e fazermos o nosso trabalho espiritual para mudar a nossa própria consciência e perceção. É hora de nos levantarmos juntos, como uma comunidade global, para que possamos criar uma mudança exponencial, o que conduz à cura para a Terra e para toda a vida.

E é hora de nos rendermos ao facto de que a Terra está a evoluir e as paisagens estão a mudar, como tem acontecido desde o início dos tempos.

Precisamos de examinar o nosso comportamento e perceber como estamos a contribuir com as nossas ações em benefício da saúde da terra e do clima. Que mudanças simples precisamos de fazer?

Estou absolutamente espantada por muitas das pessoas que estão num caminho espiritual nem sequer fazerem reciclagem. Há ações muito simples que podemos ter para começarmos a cuidar e a honrar o planeta e o meio ambiente.

Precisamos de continuar o nosso trabalho de olhar para os pensamentos e para as palavras com que alimentamos o coletivo. Temos vindo a fazer este trabalho juntos durante anos. E é algo que se deve manter. Para acrescentar a isto, devemos ser diligentes e vigilantes sobre as energias por detrás das nossas emoções que enviamos para nós mesmos e para o coletivo. O que alimentamos cresce.

Precisamos de continuar a experimentar a nossa luz divina e a perceber a beleza na vida. Não podemos acabar com esta prática, porque estamos preocupados com os acontecimentos mundiais. Trabalho espiritual que só se realiza ligado ao resultado não é um trabalho espiritual. Quando nos apegamos aos resultados, é um trabalho do ego e não do espírito.

Temos de continuar a fazer o nosso trabalho de sonhar com a criação do mundo no qual queremos viver. Porque tem sido entendido e sabido, desde o início dos tempos, que tudo começa nos mundos invisíveis antes de se manifestar no plano físico.

Para os que estão a ler pela primeira ver a Transmutation News, todo este material está escrito nos meus livros “Medicina para a Terra”, “Como Curar Pensamentos Tóxicos” e “Shaman’s Toolkit”. Como uma comunidade global, temos trabalhado juntos ao longo de muitos anos com as práticas escritas nesta newsletter mensal.

É importante reconhecer que muito do que já não suporta a vida se está a dissolver no tecido da realidade, enquanto bonitas e novas tecelagens se começam a manifestar. Através de novas maneiras de pensar e de novas perceções, milhões de pessoas mudam para novos níveis de consciência. Há mudanças positivas a ocorrerem.

Basta olhar à sua volta e ver as mudanças positivas que acontecem na sua comunidade, em vez de alimentar apenas as “más notícias” que os media apresentam.

Podemos ficar tão emocionados com a cobertura dos media de eventos mundiais. Muitos acontecimentos mundiais não são cobertos. E em tempos antigos as pessoas não sabiam o que estava a acontecer em muitas partes do mundo. Tanto conhecimento também traz opressão.

Encontre práticas simples que pode fazer, com as quais foque o seu trabalho espiritual em alimentar o que quer experienciar por toda a vida. Seja um fabricante de mudança positiva consciente. Trabalhe com os seus estados emocional e mental. Lembre-se que a definição literal da palavra “alquimia” é está a trabalhar dentro e através da escuridão densa interior.

Experimente a sua dor, frustração e níveis de desespero e trabalhe-os. Seja uma presença no mundo e faça o seu trabalho de modo a expandir-se mais com o objetivo de se tornar num vaso de amor e de luz.

Há um quadro maior do que o nosso ego e personalidade podem abraçar agora sobre o que está a acontecer no mundo físico. E, simultaneamente, há MUITA LUZ a manifestar-se e a irradiar pelos mundos invisíveis.

Abandone a necessidade de ver resultados imediatos no seu trabalho espiritual. Temos sido parte do problema ao permitirmos que os nossos próprios corpos e o corpo da terra tenham sido desgastados. Vamos ser parte da solução, fazendo o nosso trabalho para nutrir e alimentar a nossa própria saúde e a saúde da Terra e de toda a vida.

Não é hora de desistir. É hora de se levantar e utilizar os elementos do livro “Medicina para a Terra”: intenção + amor + união + harmonia + concentração + foco + imaginação = transmutação, transformação e criação de um mundo bom para todas as formas de vida.

Não se mova para um lugar de piedade pelos seres humanos ou qualquer forma de vida que está a passar por desafios. Acaba por lhes projetar fraqueza. Projete força e poder sobre eles, vendo-os na sua divina perfeição.

A lua cheia é a 17 de Novembro. Vamos fazer verdadeiramente o nosso trabalho de preparação para deixarmos o ego e a personalidade de lado e permitir-nos que a nossa luz divina e o amor brilhem. Irradie esse amor e luz dentro e por toda a terra. Junte-se com a luz da nossa comunidade global para criar uma teia forte e poderosa de luz por toda a terra.

Para os que leem pela primeira vez a Transmutation News leia Creating a Web of Human Life na página inicial.

Recentemente fui homenageada pela revista Spirituality and Health de Novembro/Dezembro por estar no Top 10 dos heróis espirituais em 2013. As outras pessoas homenageadas são India.Arie, Adyashanti, Paige Elenson, Chefe Oren Lyons, Irmã Simone Campbell, Stacey Kennealy Pema Chodrin, Robert Peng, e o arcebispo Desmond Tutu.

O que me tocou nesta homenagem foi a de que a decisão de ser incluída nesta lista se baseou no trabalho do livro “Medicina para a Terra”. É maravilhoso ver que as práticas espirituais feitas em nome do planeta estão a ser honradas.Temos tanto potencial para ajudar a curar o planeta agora. Vamos seguir em frente como uma forte comunidade espiritual criando mudanças exponenciais ao trabalharmos juntos no amor para todas as formas de vida!

Para ler o artigo na revista Spirituality and Health, visite:

http://spiritualityhealth.com/articles/spiritual-heroes-2013-qa-sandra-ingerman.

Transmutation News – October 2013 – Portuguese

Transmutation News Outubro de 2013

Espero que tenha tido a oportunidade de ler o que escrevi em Setembro, pois sinto que incluía alguns ensinamentos poderosos para trabalhar.

Os textos dos últimos meses têm incluído ensinamentos e práticas profundas para integrar na sua vida. Como já escrevi há anos, fazer esta newsletter é como navegar nas ondas. Há vezes em que sinto que já não há nada para escrever. Outras vezes repito alguns ensinamentos. E depois de ciclos mais calmos, surgem-me novas intuições que sinto serem importantes partilhar.

Sinto que o que escrevi nos últimos meses é bastante para digerir. Por favor, reveja a seu tempo alguns dos textos mais recentes e reflita sobre quais as mensagens partilhadas que falam mais ao seu coração e à sua alma. Assegure-se que essas informações que ressoam consigo são novos ensinamentos e práticas que está a integrar na sua vida diária. O objetivo é sentir, no final, que a sua qualidade de vida melhorou. À medida que a sua consciência muda, toda a rede de vida é afetada por essa mudança.

Ao longo dos anos tenho escrito sobre os ensinamentos, revelações e curas que tenho recebido a passear na Natureza. Moro a alguns quilómetros de Santa Fé. Junto da minha casa há um arroio que corre por quilómetros em duas direções. Na região de Santa Fé é ilegal cercar toda a propriedade, por isso, as pessoas podem percorrer o arroio se assim o entenderem.

Um arroio é um leito do rio seco. Apesar de haver várias casas no local onde moro, quando se entra no arroio e se percorre esse leito seco, não conseguimos ver as casas das redondezas. É uma bênção viver num local onde facilmente se pode estar em contacto com a Natureza, completamente distante e esquecido da população que nos rodeia.

Já ando por este arroio há 18 anos, desde que vim viver para esta casa. Às vezes ando pelo arroio para fazer exercício e permitir à minha mente vaguear; noutras, ando com mais calma e verdadeiramente conectada com a riqueza das árvores e plantas que ali crescem. Nas margens do arroio há zimbro, pinheiros, álamo e outras espécies. Ao longo dos anos, tenho aprendido a conhecer muitas destas árvores e sinto que me liguei tão profundamente a algumas, que as posso realmente chamar de amigas. Certas vezes, mesmo quando o ambiente está silencioso, ao aproximar-me de algumas árvores, as folhas movem-se para me cumprimentar.

Há uma árvore antiga esplendorosa que parece enfrentar as mudanças climáticas mais profundas como o frio, o calor, o vento e, claro, a seca. Há, inclusive, um banco para os mais velhos que foi colocado perto da árvore, com almofadas que dizem “para os idosos”. Esta árvore é muito amada e respeitada pelos residentes locais.

Também há algumas árvores que me preocupam. Consigo vê-las a lutarem. Tento fazer o meu trabalho para não projetar nelas luta e doença. Vejo-as na sua luz divina e, muitas vezes, toco no tronco, sinto profundamente a casca da árvore e irradio amor e luz. E há alturas, quando ando pelo arroio num estado muito focado, que consigo perceber todas as árvores na sua luz divina.

Também há alturas, quando não me sinto bem emocional ou fisicamente, em que peço que as árvores me reconheçam na minha divindade. A Natureza é inteligente e reconhece-nos. Tenho escrito sobre isto várias vezes.

Enquanto ando pelo arroio com perguntas ou preocupações, percebo que a Natureza me continua a enviar presságios. Adoro trabalhar com presságios porque é uma forma de experimentar o apoio e ajuda que sempre nos são dados pelo Universo. O Universo, os espíritos auxiliares, a própria Natureza estão sempre a dar-nos sinais que iluminam o nosso caminho de vida.

Quando incorporar o que escrevi na Transmutation News de Setembro sobre avivar os seus sentidos, poderá estar mais consciente dos presságios e sinais que lhe são mostrados.

Na página principal deste site pode encontrar um artigo que escrevi sobre “Como Trabalhar com Presságios”. Garanto-lhe que, se trouxer este trabalho para o seu dia-a-dia, será de novo recordado da magia da vida.

Houve vezes em que andei pelo arroio a rezar e a chorar, pedindo ajuda e orientação em tempos particularmente difíceis. E sempre recebi algum tipo de sinal extraordinário de que o Universo me está a ouvir e a enviar ajuda.

Houve duas vezes em que recebi presságios extraordinários que quis partilhar consigo.

Já há muitos anos estava a passar por um tempo de grandes desafios com alguém com quem estava conectada na minha comunidade espiritual.

Estava a caminhar por uma passadeira, focada neste desafio. De repente, ouvi uma mensagem muito clara que me dizia para andar pelo arroio que iria receber um presságio.

Então, parei a minha caminhada na passadeira, calcei sapatos próprios para andar na areia e iniciei a minha caminhada. Cerca de 10 minutos depois de começar a caminhar, um falcão voou por entre as árvores e passou junto a mim, batendo-me com uma das asas na cabeça. Imediatamente a seguir, um beija-flor que voava perto desceu e também me bateu com a asa na cabeça. De seguida, ambos poisaram num ramo e ficaram perto um do outro a olharem para mim por um tempo que parecia uma eternidade. Ninguém se mexeu até que, alguns minutos depois, finalmente continuei a andar. Consegue imaginar um falcão e um beija-flor poisados num ramo, silenciosamente ao lado um do outro? Foi fantástico.

Levei algum tempo a entender a mensagem partilhada. Nem sempre é fácil interpretar sinais e presságios. Mas com o passar do tempo entendi a mensagem. De vez em quando penso nesse passeio em que o falcão e o beija-flor me mostraram o que existe para lá da realidade visível.

Há dois anos fui desafiada a cuidar do meu pai, na altura com 97 anos. Tive de tomar decisões que senti estarem além do que eu era emocionalmente capaz.

No lar podiam-me ajudar a vários níveis, mas não podiam tomar por mim algumas decisões difíceis.

Um dia, andei pelo arroio. Chorei e rezei por ajuda e por um sinal. Era um dia frio e chuvoso de Outubro.

Quando estava a regressar a casa, uma cobra bebé rastejou sobre as minhas botas. Não estava a acreditar no que via. Estava tão perturbada na altura que não consegui pensar. Baixei-me para ver se era uma lagarta ou outro ser da Natureza. Era uma cobra. O mês de Outubro não é altura para as cobras nascerem. E uma cobra não andaria ao ar livre num dia frio e chuvoso. Mas lá estava ela, não posso negar este aparecimento.

Para mim, era um presságio de que alguma coisa ia mudar e transformar-se. Encarei a mensagem como um sinal de morte e renascimento. E, de facto, o meu pai morreu pouco tempo depois. Acabou por morrer num estado de paz e graça. Houve um novo nascimento e uma transição para toda a minha família.

Ao refletir nas bênçãos que tenho recebido ao andar pelo meu arroio, sinto fortemente que tem sido a minha relação contínua e regular com o espírito deste lugar que me trouxe imensos sinais preciosos que me ajudaram na minha jornada de vida. Nem sempre ando pelos mesmos caminhos, mas ando sempre com honra e respeito por tudo o que está vivo nesta área.

Acredito que é a relação que construí com os seres da Natureza neste local que criou um campo tão profundo e forte que retira os véus entre mundos. A ajuda dos reinos invisíveis, quando chega, é para me dar orientação e para me dizer o quanto sou amada e apoiada.

Nem sempre vivi em locais onde tive a oportunidade de sair a porta de casa e andar quilómetros na Natureza. Cresci em Brooklyn e costumava cantar todos os dias para uma árvore que existia à porta. Falava com ela todos os dias e sentia que a árvore me respondia.

Também vivi em São Francisco, onde mais gostava de passear pela Natureza. Aí construí uma relação fortíssima com os seres da Natureza, ao ponto de sentir um amor mútuo e um grande apoio.

O que quero dizer é que você pode construir uma relação construtiva mútua com a Natureza no local onde vive, seja cidade ou ambiente rural. Há parques perto de si onde pode andar. E deve haver uma árvore ou planta para a qual pode enviar amor diariamente. Há o céu em cima e a terra por baixo, que pode continuar a honrar. Ao longo do dia, pode honrar os seres vivos a que chamamos terra, ar, água e sol. Não importa onde vive.

A Natureza irá responder-lhe. A sua vida mudará. A sua relação com o Universo mudará à medida que vê os sinais que lhe são dados para iluminar o seu caminho e dizer-lhe que está a ser reconhecido, apoiado e amado pelo espírito que vive em todas as coisas. Mais importante, a sua conexão profunda com a Natureza irá preencher-lhe a alma.

O falcão, a cobra e a libelinha visitam-me muitas vezes nos meus passeios pelo arroio e também quando ando por outros locais na Natureza e quando o Universo me tenta enviar um sinal. Quem o visita? O vento dá-me mensagens muito poderosas, nas quais comecei a confiar e que aparecem quando preciso de orientação na minha vida.

Encontre um parque, um local na Natureza e conecte-se diariamente. Ao construir essa relação, perceba como o Universo responde às suas questões, desafios e preces.

Transmutation News – July 2013 – Portuguese

Transmutation News Julho de 2013

Como um coletivo, juntamos os nossos corações para irradiar amor e luz para toda a vida no mundo que tem sido atingida por cheias, secas, incêndios e fortes tempestades.

Voltamos a dedicar-nos a viver uma vida harmoniosa que a Terra irá projetar de novo para nós.

Acabei de regressar da Europa, onde estive a facilitar cursos. Tive algumas experiências profundas, já que os meus grupos estavam cheios de pessoas encantadoras e muito dedicadas ao trabalho. Também foi um prazer regressar à Europa. Tive cursos na Alemanha e na Escócia, e foi uma fantástica altura do ano para visitar ambos os países.

Na Escócia facilitei “Medicina para a Terra” e “Cura Através da Luz Espiritual”. Pessoalmente, pratico todos os dias as técnicas que ensino nos cursos. Mas, à medida que ia ensinando, foi possível refletir quais as práticas que preciso de aprofundar mais na minha vida.

A prática na qual percebi que preciso de me focar mais tem a ver com o que projetamos nos outros e no mundo e a forma como o fazemos. O exemplo que dou nos meus workshops aconteceu-me há muitos anos.

Cheguei a um workshop para continuar uma formação de longo termo, por isso já conhecia bem as pessoas no meu grupo. No primeiro dia apareceu-me uma mulher que me perguntou se eu estava bem. Disse-me que nunca me tinha visto tão cansada. Na realidade não me estava a sentir cansada, mas senti a minha energia a baixar drasticamente quando ela fez este comentário. Uns minutos depois, alguém se chegou a mim e disse-me que nunca me tinha visto tão revigorada. Senti imediatamente a minha energia a mudar e consegui sentir a luz a fluir em mim.

Este exemplo remete-nos para o ensinamento de “Medicina para a Terra” de que a nossa perceção cria a nossa realidade. Como seres humanos, todos nós projetamos. Podemos projetar o sofrimento nos outros e no mundo ou podemos ver o brilho e a luz divina em tudo o que está vivo.

O que alimentamos acaba por crescer. Quanto mais nutrirmos as nossas projeções de percecionar sofrimento, mais essa energia aumenta. Quanto mais nutrirmos as nossas projeções de percecionar a beleza e o que funciona, alimentamos a energia da força e da beleza.

Isto não significa que devemos recusar os desafios. Mas quando levantamos os véus entre os mundos e olhamos para o que existe além da condição humana, o que vemos é beleza, alegria, amor e saúde.

Precisamos mesmo de refletir como as nossas mudanças de perceção são uma peça importante para criar o mundo no qual desejamos viver. Quanto mais alimentamos as energias do que não funciona, mais manifestamos problemas. Se nos conseguirmos focar na beleza, mais a vida nos parece positiva. Percebi o quão difícil isto pode ser porque os tempos em que vivemos são muito intensos e cheios de muita mudança. Mas, ao mesmo tempo, esta é uma prática importante de manter.

Isto tem a ver com energia e que tipo de energia escolhemos alimentar. E há algumas mudanças práticas que podemos fazer na nossa vida diária que nos podem ajudar a mudar a nossa perceção, que por sua vez muda a realidade que se manifesta.

Quando olha para amigos, entes queridos e famosos que aparecem na comunicação social, repare se está concentrado no sofrimento dessas pessoas. Podemos ter compaixão para com o que as pessoas estão a passar. Mas ter pena das pessoas e concentrarmo-nos no sofrimento delas cria uma energia pesada para aqueles a que a estamos a projetar.

Enquanto conversa com alguém, concentre-se em algo que alimente a energia da beleza e luz divina dessas pessoas. Quando vir notícias na televisão ou ler jornais, foque-se na coragem, beleza, força e luz divina de grupos de pessoas sobre os quais a notícia fala.

Isto muda a energia. Muda a sua perceção de forma a sentir-se positivo e num nível energético que eleva a energia de tudo o que está à sua volta.

Quando olha para si ao espelho não se foque em como parece cansado ou como está mais velho. Foque-se na sua beleza e na luz que irradia dos seus olhos.

Repare como se sente diferente quando faz isto. Repare, também, como a energia de outra pessoa pode mudar ao focar-se silenciosamente na sua beleza, força e luz divina. Vai notar uma real mudança energética quando fizer isto.

Precisamos de aprender a projetar o melhor na vida. Agora mesmo, como um coletivo, estamos a projetar sofrimento e desafios para toda a vida e para o planeta em si. Precisamos de mudar isto em nós se queremos testemunhar uma mudança nas energias necessárias para criar a cura verdadeira.

Há outro aspeto que pode ajudar a aprender como projetar o melhor nos outros e no mundo. Tenho escrito bastante sobre criar um jardim interior rico e fértil. Precisamos de nutrir uma paisagem interior fértil e rica.

A luz e alegria que irradia dos olhos dos indígenas vem da riqueza e profundidade da paisagem interior que desenvolveram.

Se a nossa paisagem interior é estéril, então quando olhamos para os outros e para o mundo à nossa volta vemos o mundo exterior também estéril. Se nos sentimos vazios, o mundo à nossa volta também vai parecê-lo.

Em 2011 escrevi um artigo para o Huffington Post intitulado “Como Criar um Jardim Interior Fértil”. Pode ler o artigo aqui.

Aqui está outra prática com a qual pode trabalhar para continuar a criar uma paisagem e um jardim interior férteis.

Depois da minha formação na Escócia fui com o meu marido Woods passar uns dias de férias com o organizador da minha viagem e a sua família. Stephen, que patrocinou o meu workshop, é um estudante de há muito tempo e tornou-se um bom amigo.

Eu e o meu marido temos passado tempos maravilhosos com o Stephen nos últimos 10 anos e foi uma alegria podermos estar alguns dias juntos depois da formação.

O Stephen gosta muito do Woods e passam o tempo todo a rir e a fazer brincadeiras, por isso decidiu homenageá-lo e empossá-lo no seu clã familiar.

Então, numa dessas noites, fez uma cerimónia para o Woods. Eu e a mulher do Stephen também estávamos presentes. Eu e o meu marido estávamos tão tocados pelas palavras do Stephen e pela cerimónia que ele criou.

No final da cerimónia, demos as mãos e partilhámos palavras que vinham do nosso coração. Quando foi a minha vez, dei por mim a falar sobre a minha família. A minha ascendência era tribal e eu senti que a tribo da minha família estava a enviar amor ao Stephen.

Houve um enraizamento profundo que senti dentro de mim. Naquele momento, senti a minha paisagem interior muito fértil e profunda. Não consigo nem encontrar palavras para descrever o sentimento. E, realmente, não me lembro de alguma vez ter sentido profunda terra fértil a preencher cada célula do meu ser.

Assim, muitos de nós se preocupam hoje por aquilo que não receberam e aproveitaram dos seus antepassados. Mas o facto de estarmos vivos mostra que carregamos connosco uma grande riqueza e dádivas dos nossos antepassados.

Nos meus livros e workshops tenho pessoas que viajam xamanicamente para se conectarem com as dádivas e forças que carregam da linhagem da mãe e do pai.

Mas eu nunca pedi às pessoas para viajarem ou experimentarem a pura energia que carregam da sua linha ancestral. Acredito que fazer isto nos leve a todo um novo nível de estarmos completos e enraizados nesta incrível Terra.

Pode querer passar algum tempo em silêncio, ficar quieto e tentar sentir a energia da linhagem da sua mãe e do seu pai. Não importa quem foram os seus antepassados, nem o que fizeram ou deixaram de fazer. Fizeram parte da Terra e passaram-lhe uma riqueza de nela viver. E experimentar isso vai ajudá-lo a sentir um profundo poder a crescer no solo da sua paisagem interior.

Quanto mais conseguir trabalhar a nutrir e a aprofundar a sua paisagem interior, mais fácil será projetar amor, luz, beleza e gratidão para o mundo. Porque ao sentir-se estéril e vazio dentro, não pode projetar a beleza nos outros. Primeiro, tem de sentir, experienciar e transportar a beleza a partir de dentro.

A lua cheia é a 22 de julho. Vamos viajar dentro de nós e conectarmo-nos a partir de um lugar de profundidade e beleza para experimentar a nossa própria plenitude, brilho e luz divina. Sinta-se parte de uma comunidade global que irradia amor e que o projeta a partir de dentro e para toda a Terra. Permita que o nosso brilho coletivo alimente e teça uma teia humana de luz a partir de dentro e para todo o nosso incrível planeta.

Se está a ler pela primeira vez esta newsletter, por favor visite “Creating a Human Web of Light” na página principal do site e leia as instruções de participação nas cerimónias da lua cheia.

Tive um sonho há uns dias. Sonhei que falava com uma mulher a quem tinha sido diagnosticada uma doença terminal. Ela pedia-me aconselhamento. Eu disse-lhe que o maior conselho que lhe podia dar era que não perdesse a esperança.

Porque quando se perde a esperança, qual é o interesse em continuar? Ela concordou comigo, agradeceu-me e o meu sonho terminou.

É muito importante mantermos a esperança, sobretudo nesta fase em que enfrentamos tantas mudanças. É a chave que nos ajuda a atravessar os tempos difíceis.

Se costuma utilizar as práticas que escrevo nesta newsletter, vai acabar por sentir mais força, poder e, ainda mais importante, esperança.

Quando ensinei as técnicas de “Medicina para a Terra” como parte do estudo cardíaco com a Escola de Medicina de Michigan, percebemos que o grupo manteve a esperança por um longo período de tempo. A esperança é a chave para a criação e manutenção de um estado de saúde e de bem-estar.

Transmutation News – June 2013 – Portuguese

Transmutation News Junho de 2013

Quero agradecer a todos as palavras amáveis, as bonitas mensagens, as orações, o amor e o apoio que me deram quando a minha mãe Lee Ingerman faleceu. Gostaria de ter respondido a cada e-mail e cartão que recebi, mas não me foi possível fazê-lo. Espero que tenham sentido o meu agradecimento e amor a regressarem a vós.

Este é um momento de profunda reflexão para mim. Os últimos quatro anos da minha vida foram passados a cuidar dos meus pais. Por isso, ao longo do tempo surgiram muitas coisas para processar.

Todos incorporamos as nossas experiências de vida. As nossas experiências instalam-se nas nossas células e esculpem-nos de diferentes formas. Temos a capacidade de transformar e transmutar as experiências de vida mais desafiadoras – senti-las e decidir como deixaremos que elas nos esculpam e guiem.

Temos sempre a opção de evoluir e usar os nossos desafios como presentes e ferramentas que nos ajudam a crescer.

Podemos permitir que as experiências de vida se instalem e nos endureçam. Ou podemo-nos focar no positivo e, mesmo magoados, partilhar um sorriso e uma palavra amável. Isso muda-nos e ilumina-nos nos tempos mais escuros. Gostei muito de testemunhar a forma como a minha mãe se tornou mais pacífica e resplandecente nos últimos anos de vida, enquanto anteriormente poderia ter ficado presa nas dificuldades da vida.

No livro How to Thrive in Changing Times, partilhei uma história sobre uma freira tibetana que foi presa pelos chineses. Esteve encarcerada e foi torturada durante muitos anos.

Esta maravilhosa freira estava numa livraria em Santa Fé. Alguém lhe perguntou como se tinha curado do que lhe tinha acontecido já que, agora, a freira tibetana era uma pessoa resplandecente e feliz. Ela contou que repetiu para si mesma como um mantra: “Obrigada por tudo. Eu não tenho qualquer tipo de queixa.” Esta mudança de atitude criou a cura para ela e uma mudança da sua perceção sobre a vida.

Ao longo da minha própria vida tenho percebido que, quando me sinto em baixo, penso numa das minhas árvores favoritas que visito quando passeio. Imagino-me a pôr as mãos no tronco da árvore, sentindo a minha profunda ligação e amor pela natureza. Isso faz-me mudar de humor.

No fim da sua vida, a minha mãe concentrou-se no que adorava, em vez dos desafios. Eu também fiz a escolha de me focar no quanto eu amava os meus pais e nas memórias maravilhosas que tenho deles, em vez dos tempos de desafio do nosso relacionamento.

Ao mudarmos o foco para o que amamos na vida, mudamos as nossas vias neuronais e abrimos novas possibilidades de sentir prazer em vez de dor. Não estamos a negar a dor que sentimos ou os desafios que temos vivido. Só que temos uma escolha na forma como as nossas experiências de vida moldam a nossa presença e capacidade de permitir que o amor e a luz brilhem através de nós.

Celebramos o solstício de verão e de inverno no dia 21 de junho (depende em que parte do mundo nos encontramos). Independentemente do que temos passado na vida, somos o que somos por causa de tudo o que nos aconteceu. Todos colhemos grandes frutos dos nossos trabalhos.

Vamos fazer uma escolha que reflita sobre a beleza do fruto que cresce a partir de nós, à medida que crescemos e evoluímos como belos seres. Celebre tudo o que é neste momento. À medida que o faz, homenageia a natureza e o universo pela vida que lhe deram.

A minha mãe tinha uma grande paixão pela vida. Ela acreditava que a vida era um dom precioso. Tenho sentido que a melhor maneira de honrar a sua vida é estar em profunda gratidão pela vida que me foi dada pelos meus pais, pelos meus ancestrais, a terra, o ar, a água, o sol, e o poder do universo. Sempre tive as minhas práticas de gratidão, mas, recentemente, o meu estado de gratidão vem de um lugar mais profundo dentro de mim. O meu poço de gratidão é muito mais profundo agora.

Para sermos profundamente gratos pelas nossas vidas, devemos homenagear a fonte da nossa vida. É hora de celebrarmos o dom da vida que nos foi dada.

Tire um tempo no próximo solstício para refletir sobre os dons que lhe foram dados pelos seus antepassados e pela terra, ar, água e sol. Permita que o seu estado de apreciação se aprofunde e flua através de si nesta celebração à vida!

Ao longo dos últimos dois anos tenho vindo a escrever sobre o amor incondicional, luz, alegria e gratidão. Estes estados de consciência são sempre quem somos e não se baseiam nas nossas circunstâncias externas.

Tudo o que a vida nos traz leva-nos mais e mais profundo no nosso poço interior onde podemos permitir que estados incondicionais de consciência fluam através de nós e para o mundo.

Neste solstício, tire algum tempo para refletir sobre a profundidade do seu poço.

Vamos juntar os nossos corações para desejar a todos na nossa comunidade um solstício alegre! Deixe a sua luz, amor e gratidão fluírem através de si, alimentando toda a vida no nosso belo planeta. Tenha um feliz solstício!

Mantenha esse estado de gratidão e apreço na nossa cerimónia da lua cheia, criando uma teia de luz divina e amor incondicional dentro e por toda a terra, de forma a tocar todos os seres vivos do planeta.

A vida é preciosa! Vamos celebrá-la e honrá-la!

Se está a ler pela primeira vez esta newsletter, por favor visite: “Creating a Human Web of Light” na página principal do site e leia as instruções de participação nas cerimónias da lua cheia.

Transmutation News – May 2013 – Portuguese

Transmutation News Maio de 2013

Podemo-nos afogar nas nossas emoções e nos nossos pensamentos e atitudes problemáticos. Também podemos fazer o que se chama de “desvio espiritual” e recusarmo-nos a olhar para o que nos causa problemas a nível emocional e mental. Este estado de negação e repressão repercute-se na nossa saúde.

Somos espírito e temos corpo e mente. O nosso corpo é o recetáculo do nosso espírito e o seu templo, como os antigos egípcios acreditavam. Às vezes focamo-nos demasiado nos desafios diários e preocupações e acabamos por não experienciar o brilho, beleza e graciosidade do nosso espírito. Mas ele está sempre lá. Em alguns casos, não atendemos aos nossos desejos, dizendo que nada mais importa porque somos só espírito.

Para muitos de nós, o pêndulo oscila de maneira exagerada. Devemos atender ao nosso corpo, mente e espírito para criar equilíbrio nas nossas vidas.

Saber o que se passa a todos os níveis é a chave, não nos identificando demasiado com o corpo, emoções ou mente. E isto cria equilíbrio.

Nos livros Medicine for the Earth e How to Thrive in Changing Times partilhei uma prática chamada “desidentificação”, de Roberto Assagioli, criador da psicossíntese.

O grande objetivo deste exercício é perceber que temos um corpo, mas não somos o nosso corpo. Temos emoções, mas não somos as nossas emoções. Temos uma mente, mas não somos a nossa mente. Somos alguém com um senso de ser, permanência e equilíbrio interno. Somos um centro de identidade e consciência pura.

Quando sou apanhada a identificar-me demasiado com alguma coisa que acontece a nível físico, emocional ou mental, repito o parágrafo acima para mim própria. Neste sentido, reconheço desafios que posso estar a experienciar e, ao mesmo tempo, tento não me perder nesses desafios. Posso-me elevar e ter uma perspetiva mais ampla, que me traz sempre de volta a um estado de equilíbrio.

Tive um sonho na noite de sexta-feira Santa. Sonhei que estava muito envolvida e não partilharei todos os detalhes.

Primeiro, estava numa cena de uma batalha na época medieval. A batalha foi muito sangrenta e as pessoas eram torturadas. Depois, a cena mudou e eu estava numa conferência relacionada com a cura espiritual. Descobriu-se que as cenas de batalha que eu testemunhei eram parte de um filme de Hollywwod.

Na conferência, algumas das estrelas do filme apareceram em palco. Eram todas jovens e loiras, de vestido branco, e brilhavam muito, com grandes sorrisos na cara. Os participantes da conferência começaram a fazer-lhes perguntas sobre como se sentiam de representarem no filme. Senti um grande alívio por perceber que não estava a testemunhar uma batalha real, mas cenas de um filme. No sonho, fui recordada que toda a vida é um sonho e que a passamos a representar personagens, como os atores fazem num filme.

Bem sei que já escrevi sobre este tema anteriormente, mas o sonho era um lembrete de que todos desempenhamos um papel neste filme a que chamamos vida. Mesmo durante os momentos mais difíceis em que quase nos sentimos “torturados”, somos essas luzes brilhantes evoluindo e aprendendo durante a nossa experiência terrena.

Quando aprendemos a desidentificar-nos um pouco de tudo o que acontece a um nível físico, mental e emocional, podemos recuar e começar a ver a peça que estamos a representar. Podemos decidir que agora é tempo de interpretar um novo papel, uma nova personagem, uma nova peça. Temos escolha de dizer: “Tenho representado esta personagem por muito tempo e é hora de assumir um novo papel”.

Como um ator que se prepara para representar numa peça, tendemos a mergulhar profundamente no nosso papel. Esquecemo-nos que é um papel num filme e que podemos fazer mudanças. Às vezes temos de mergulhar totalmente no papel para aprender as lições a que estamos destinados. Apenas temos de saber quando é hora de fazer uma mudança e perceber que talvez seja altura de explorar um novo papel na vida, para que possamos seguir em frente.

Leve algum tempo a refletir sobre isto em maio.

A Lua Cheia é a 24 de maio. Vamos desidentificar-nos de todos os desafios que enfrentamos e lembrar-nos que somos luz divina e um reservatório da consciência universal, luz e amor incondicional.

Vamo-nos unir e continuar a tecer luz divina, amor e alegria dentro e em todo o nosso belo planeta.

Se é um novo leitor da Transmutation News leia a seção “Creating A Human Web of Light” para mais instruções da nossa cerimónia de lua cheia.

Na newsletter deste mês gostaria que nos focássemos na questão do equilíbrio.

Somos corpo, mente e espírito. Muitas vezes perdemo-nos completamente nas sensações físicas e esquecemo-nos que somos mais do que um corpo. Por outro lado, algumas vezes também não nutrimos os nossos corpos com comida saudável, exercício e descanso necessários para manter a nossa saúde física.

Transmutation News – April 2013 – Portuguese

Transmutation News Abril de 2013

No decorrer de uma estimulante conversa com outro terapeuta xamânico, surgiu um tema de conversa que quero partilhar convosco. Penso ser um aspeto importante a acrescentar ao que tenho escrito sobre iniciações.

Nos meus workshops e livros falo sobre um tema delicado que pode surgir enquanto trabalhamos com um paciente, um amigo ou um familiar a quem tenha sido diagnosticada uma doença grave.

Por vezes, um paciente ou um familiar pode pedir a quem faz viagens xamânicas para consultar um espírito auxiliar com o objetivo de saber se vai ou não sobreviver.

A questão que se coloca é que se alguém recebeu o diagnóstico de uma doença grave e acaba por se curar, essa pessoa teve de morrer a um determinado nível para alcançar a cura. Porque esse tipo de cura envolve uma certa dose de morte para o que não apoia uma vida saudável.

Se faz uma viagem xamânica para perguntar a um espírito auxiliar se um paciente, um amigo ou um familiar irá morrer, a resposta será “sim”. Para o nosso espírito é eterno.

Nas minhas práticas, algumas vezes os pacientes dizem que o médico lhes deu um diagnóstico de doença terminal. É-me muitas vezes pedido que faça uma viagem xamânica para saber se vai viver ou morrer.

Nestes casos, a minha resposta é que irei fazer o tratamento necessário para que se sinta inteiro, completo. Faço um resgate de alma como parte do tratamento para fazer regressar para a pessoa algumas partes de alma perdidas. Fazendo isto, a alma está agora presente para ajudar a orientação nos próximos passos do processo. Só a nossa alma sabe qual é o próximo passo. Para algumas pessoas, o próximo passo é a morte física e para outras é continuar nesta vida.

A vida é uma série de iniciações em que morremos para alguns dos seus aspetos para que a nossa própria luz interior, a nossa natureza divina, possa brilhar através de nós.

Continuando a trazer partes perdidas de nós, vivemos de uma forma mais consciente. E quando chega a nossa hora morremos conscientemente. A chave é estar totalmente presente para que possamos elevar a nossa atenção plena às bênçãos que a vida nos traz, para que possamos morrer para o velho e renascer para novos níveis de consciência.

Os terapeutas que trabalham com pessoas que estão em estágios finais de vida, muitas vezes notam como uma pessoa fica luminosa quando enfrenta a morte. Tenho visto isto repetidas vezes com as pessoas que conheço. A luz que irradia através do corpo que sucumbe é linda e incrível.

E também verifico que as pessoas têm essa mesma luz brilhante quando passam por iniciações na vida que criam uma experiência de morte, em que muito do velho é deixado para trás. A morte leva ao nascimento de algo novo. As pessoas que passam por algum tipo de desmembramento de vida sentem-se renovadas e regeneradas. Todos conhecemos a luz de uma mulher grávida. Quando estamos a dar à luz um aspeto de nós próprios mais profundo e consciente, também resplandecemos.

O processo de morrer e o processo de nascimento trazem-nos para um nível mais profundo do espírito através do qual o divino brilha.

No ano passado escrevi sobre como um coração partido leva a que os nossos corações se expandam para que nos tornemos vasos maiores de amor incondicional. Já escrevi sobre como o amor incondicional está para além do amor pessoal. É amor que não tem ligações a pessoas ou circunstâncias de vida. É o puro amor do criador e é um reflexo do amor que entrou na nossa criação e na criação do mundo.

Eu também já comecei a experienciar no meu Mundo Interior a qualidade incondicional da alegria.

Continuo a escrever e a ensinar como a verdadeira alegria, saúde, riqueza e paz se encontram dentro de nós. E que a chave para a nossa prática espiritual é cultivar o nosso jardim interior de forma a criar um rico Mundo Interior.

Escrevo e ensino o que eu própria preciso de aprender. E a minha vida está realmente dedicada a praticar o que partilho nos meus ensinamentos. Tenho sido desafiada ao longo da minha vida, à medida que tenho procurado esse real sentido de alegria interior.

E o que tenho vindo a perceber é que o meu bloqueio para sentir essa alegria interior está em condicioná-la por fatores exteriores. Mas, numa perspectiva espiritual, a alegria é incondicional. A alegria está para além de qualquer desejo pessoal. A alegria incondicional é simplesmente a alegria pela própria vida. Nascemos neste mundo material para experimentar totalmente a alegria da vida. E quando podemos tocar no nosso desejo original de experimentar a alegria da vida além das condições, experimentamos a alegria incondicional, tal como o amor incondicional. Isso também é válido para a definição espiritual de riqueza e paz. Estas qualidades que abraçamos no nosso mundo interior nada têm a ver com as nossas condições externas.

A Lua Cheia é a 25 de Abril. Vamos viajar dentro de nós e experienciar o amor incondicional por toda a vida, bem como a alegria incondicional pelo dom de estar vivo. A partir deste potente local de luz divina, amor e alegria, vamos continuar a tecer uma brilhante teia humana de luz dentro e por todo o nosso planeta terra.

Vamos continuar o nosso trabalho de transfiguração para cada um de nós no nosso círculo global.

Aqueles que estão a ler primeira vez a Transmutation News podem ler as instruções sobre a cerimónia da Lua Cheia em “Creating A Human Web of Light”, na página principal do site.

Transmutation News – March 2013 – Portuguese

Transmutation News Março de 2013

Em Janeiro tive a incrível oportunidade de ser entrevistada para um livro que está a ser escrito sobre a morte. Uma das questões que me colocaram foi “o que considero ser importante que façamos ao aproximarmo-nos do fim das nossas vidas?”

Respondi que sinto ser importante encontrarmos a paz interior. No final das nossas vidas é crucial que façamos as pazes com tudo o que a vida nos trouxe. Sinto-me muito triste quando vejo pessoas a viverem com um sentimento de amargura. Que bênção deixar este mundo com a sensação de paz.

Tenho escrito e continuo a escrever que há muitas mortes pelas quais vamos passando ao longo das nossas vidas. Há pequenas mortes marcadas por iniciações e mudança. E depois há a grande morte que nos leva a transitar dos nossos corpos físicos para uma realidade transcendente.

Estejamos a experienciar as pequenas mortes ou a nossa morte física, é sempre importante irmos bem fundo até ao nosso poço interno e encontrar um lugar de paz interior. Porque o mundo à nossa volta continua a mudar, a crescer e a desenvolver-se. E há tantos desafios que nos aparecem. Mas, ao mesmo tempo, são bênçãos. Quanto mais conseguirmos encontrar uma sensação de paz interior, menos perdemos o equilíbrio e ficamos tão abalados pelo que a vida nos traz. Este ensinamento sempre foi uma chave para viver uma vida espiritual. Sinto que estamos, assim como o mundo, num ciclo muito turbulento. Devemos encontrar essa paz interior profunda que nos mantém protegidos de muita da turbulência que nos rodeia.

Se mantiver algumas das práticas espirituais que tenho vindo a ensinar ao longo dos anos, irá fortalecer o seu mundo interior e encontrar a paz, riqueza e saúde que habitam dentro de si.

No mês passado escrevi sobre a importância de seguir o caminho do espírito. Para continuar com este tema, quando seguimos o caminho do espírito, também devemos aprender a honrar-nos.

Sei que muitos de nós ficam stressados quando sentem uma obrigação de corresponder às exigências e necessidades suas e até dos outros. Os meus espíritos auxiliares têm-me mostrado como este tipo de comportamento acaba por nos criar esvaziamentos energéticos no nosso corpo.

Uma vez mostraram-me uma imagem em que vi como a energia se esvazia de uma forma horizontal, criando um estado enfraquecido a nível físico e emocional.

Foi-me mostrada a importância de dizermos as verdades a nós próprios e de criar as proteções necessárias para que a nossa energia flua verticalmente, conectando-nos ao céu que está em cima e, por baixo, às raízes da terra. À medida que fazemos isto e encontramos um estado forte e centrado dentro de nós, a energia pode fluir através de nós a partir de todas as direções. E nós fazemos a ponte entre o céu e a terra, através do nosso coração, irradiando amor e luz para todos os que amamos e para todas as formas de vida.

Continue a trabalhar com a libertação de ligações energéticas nocivas para o Caldeirão de Luz. Escrevi sobre esta cerimónia na Transmutation News de Dezembro de 2012.

A Lua Cheia é a 27 de Março. Viaje profundamente em si mesmo e encontre o poder da sua luz divina.

Os que estão a ler pela primeira vez a Transmutation News, por favor leiam Creating A Human Web of Light, na página principal deste site.

Nas instruções mensais para a Lua Cheia, adicionei uma cerimónia de cura. Fi-lo há vários anos. Percebi que no último ano não nos tenho encorajado a continuar este trabalho.

Começo a ouvir cada vez mais pessoas que estão no caminho espiritual a dizerem que são desafiadas até a nível físico. Ao criarmos mais harmonia nas nossas vidas, os nossos corpos físicos devem mudar e alinhar-se com as novas frequências. Algumas vezes experienciamos um nível de desarmonia na nossa saúde antes de recuperarmos o equilíbrio e o realinhamento com as novas energias que estão a fluir em nós.

Há alguns anos escrevi sobre uma cerimónia de transfiguração que se pode fazer na Lua Cheia. Enquanto continuamos a criar a rede humana de luz, imagine-se deitado no meio de um gigante círculo global. Quando lá estiver no meio, permita-se absorver a luz e o amor que são irradiados pelos que estão à volta do círculo. E, a dado momento, junte-se ao círculo exterior para irradiar luz divina e amor incondicional a todos os que se vão deitando no centro. Permita que este movimento de ir para o meio e voltar ao exterior flua com leveza.

Podemos juntar-nos a fortalecer-nos enquanto avançamos nesta vida. Haverá tempos em que nos encontraremos a navegar em águas calmas e haverá tempos em que entraremos em águas turbulentas. Isto é viver e fazer parte da natureza. Podemos ser um verdadeiro apoio uns dos outros enquanto fluímos no rio da vida.

É difícil acreditar que já estamos a dar as boas-vindas ao equinócio e à mudança para a primavera ou outono (depende em que parte do mundo nos encontramos). É impressionante como o tempo voa!

Acredito que os tempos que vivemos nos chamam a encarar a realidade de uma maneira diferente. Temos trabalhado juntos a romper com crenças coletivas que nos mantêm atados a olhar apenas para o mundo material à nossa volta.

Nos ensinamentos espirituais, percebi que há uma teia de luz que nos liga a todos. E parte do xamanismo é encontrar práticas com as quais possa honrar e respeitar o que chamamos de “o espírito que vive em todas as coisas”. É importante encontrar maneiras de honrar as plantas e árvores dos locais onde vivemos e que apoiam a nossa vida. E é importante honrar os animais, insetos, pássaros, rochas, etc.

Quanto mais respeitarmos a natureza, mais a natureza nos respeita. Este princípio recua ao princípio da reciprocidade em xamanismo. Os índios Salish usam a palavra “skalatitude”, que significa “quando as pessoas e a natureza estão em perfeita harmonia, a magia e beleza encontram-se em todo o lado”.

Para darmos as boas-vindas à primavera/outono, façamos uma busca profunda na alma sobre como nos podemos conectar mais com a natureza e viver em harmonia com as leis naturais que nos convidam a levar a nossa vida de acordo com os ciclos da natureza.

No equinócio, honre os seres vivos do local onde vive. Deixe uma oferenda para os espíritos. Coloque a intenção de que esta oferenda é uma forma de demonstrar gratidão pela terra, ar, água e fogo (o sol), que nos dão vida. Agradeça a todos os seres vivos que vivem na sua área. Pode querer agradecer também aos espíritos dos ancestrais da zona onde vive e também aos seus ancestrais pessoais, que lhe deram vida. Também pode agradecer ao espírito da terra, o povo Escondido, os seus espíritos auxiliares.

Não importa se vive numa cidade ou numa área rural. Pode encontrar locais na natureza onde pode deixar as suas oferendas.

Não há oferendas “certas” para dar. Eu deixo milho como oferenda porque significa muito para mim. Mas pode deixar um pouco da sua comida favorita, flores, água, a sua bebida favorita, etc, como oferenda. A chave é a intenção de agradecer e não o que deixa como oferenda. A natureza lê o seu coração, não a sua mente.

Durante uma meditação ou viagem xamânica, conecte-se com o espírito da terra onde vive. Se o fizer como meditação, coloque uma música e coloque a intenção de querer encontrar o espírito da terra. Se o fizer em viagem xamânica, coloque a mesma intenção enquanto viaja para os mundos invisíveis.

Pergunte ao espírito da terra como pode fazer essas mudanças na sua vida em harmonia com a natureza. Peça aconselhamento para melhorar a sua vida.

Quando me mudei para Santa Fé, no início dos anos 80, tive grandes dificuldades em adaptar-me. Não senti que Santa Fé fosse a minha casa e, apesar de trabalhar em várias coisas, não me conseguia sustentar sozinha. Finalmente fiz uma viagem xamânica para encontrar o espírito de Santa Fé e pedir aconselhamento. O espírito de Santa Fé mostrou-se-me como uma bonita deusa e tornou-se minha professora ao longo de vários anos nas minhas viagens xamânicas. Deu-me cinco coisas para fazer. Segui todos os seus conselhos e foi incrível como a minha vida mudou e como tudo aquilo que eu precisava começou a fluir.

Nesta mudança de estações, é maravilhoso fundirmo-nos com a terra em que vivemos. Temos praticado isto há muitos anos. Também é bom conectarmo-nos com o espírito da terra. Irá receber informação rica aprendendo como a terra muda durante a mudança de estações, as quais são um reflexo de como está a mudar também. E pode mover-se para um lugar de harmonia ao conectar-se mais e mais com o espírito da terra.

Juntemos os nossos corações a desejar aos que estão no Hemisfério Norte uma alegre primavera e ao nosso círculo no hemisfério Sul um profundo e maravilhoso outono!

Translation: Sofia Frazoa
Copyrights. Sandra Ingerman 2013

Transmutation News – February 2013 – Portuguese

Transmutation News Fevereiro de 2013

Bem sei que muitos de nós enfrentaram muitos desafios em 2012. Desafios que, no entanto, nos levaram a um estado de expansão e crescimento. Em temos desafiantes, abrimos mais os nossos corações e expandimos a nossa capacidade de estar num estado de compaixão. Aprofundamos quem somos.

Os desafios são iniciações que facilitam o nosso crescimento em direção à luz.

Como já tive a oportunidade de escrever noutras ocasiões, a minha professora Isis partilha que o amor pela vida irá sempre iluminar o nosso caminho através dos tempos, sejam tranquilos ou turbulentos.

Também tenho verificado que manter e alimentar um estado de esperança é crucial para criar a transformação e uma cura positiva. A esperança é um estado de graça.

Algumas pessoas que se envolvem em práticas espirituais acreditam que serão protegidas dos desafios da vida. Mas a vida traz-nos situações que nos ajudam a crescer e desenvolver. As práticas espirituais dão-nos ferramentas para lidar com o que a vida nos traz.

Quando o nosso corpo e a mente ficam desgastados pelas circunstâncias da vida, o nosso espírito continua a brilhar e iluminar o caminho. O nosso espírito interior tem a força suficiente para nos levar a através dos desafios. A chave é fortalecer a nossa ligação ao espírito interior.

Quando viajamos pelos mundos interiores e trabalhamos com o xamã que temos dentro, percebemos que as iniciações pelas quais passamos levam-nos para um local de rendição e movimento de “vontade” para “VONTADE”. Então, encontramo-nos a viver uma vida espiritualmente conduzida.

Isto leva-nos a experienciar o nosso xamã interior. Os nossos espíritos auxiliares podem guiar-nos mas não podem fazer o trabalho por nós.

Devemos deixar de viver a partir do coração e ser direcionados pela vida pelo nosso coração e capacidade de visão. A nossa capacidade de visão é o sexto chacra, também conhecido por terceiro olho. Os xamãs veem a partir dos seus corações e visões poderosas. Também chegou a altura de fortalecermos os nossos corpos. Porque são eles que carregam o nosso espírito. O nosso espírito não carrega o corpo.

Muitas pessoas pensam que 2013 vai ser tão difícil como 2012. Depende do que escolhermos – seguir o fluxo do ego ou escolher o espírito.

Para desenvolver a sua conexão com a sua luz divina, A Fonte, e o espírito interior, assegure-se de que mantém uma prática regular de transfiguração. Quanto mais o fizer, mais forte se irá sentir a um nível espiritual. Estará preparado para se render à sua luz divina e à Fonte. Irá sentir como se fosse verdadeiramente apoiado pelo espírito no fluir pela vida.

Para os que precisam de ajuda a desenvolver uma prática transfigurativa, aqui ficam as referências dos meus livros e CDs onde ensino esta técnica:

“Medicine for the Earth: How to Transform Personal and Environmental Toxins”
“How to Thrive in Changing Times”
“Awakening to the Spirit World: The Shamanic Path of Direct Revelation”

“Miracles for the Earth” – CD
“Shamanic Meditations” – CD

A Lua Cheia é a 25 de Fevereiro. Vamos juntos fortalecer a nossa conexão com o espírito e irradiar a nossa luz divina através da terra e da teia de vida. Continuemos a tecer uma bonita teia de luz forte, radiosa e vibrante.

Se é a primeira vez que lê a Transmutation News, por favor visite “Creating A Human of Web of Light”, na página principal deste site.

Translation: Sofia Frazoa
Copyrights. Sandra Ingerman 2013

Transmutation News – January 2013 – Portuguese

Transmutation News Janeiro de 2013

Vamos juntar as nossas energias radiantes para desejarmos a todos um Feliz Ano Novo! Temos passado por muitas mudanças pessoais, assim como temos assistido a muitas mudanças no mundo à nossa volta. Mesmo com tudo o que aconteceu, o nosso círculo global continua a envolvê-lo a si e a toda a vida com amor e luz. Experimente e mergulhe no amor e luz do círculo. Continue a alimentá-los. Dar e receber fazem parte de um mesmo ciclo.

Saia da sua rotina diária. Encontre um lugar confortável para se sentar ou deitar e imagine-se num lugar bonito no meio da natureza. Inspire e expire profundamente e observe se sente alguma tensão no corpo. Entre nessa tensão, respire profundamente e liberte-a. Permita que a energia que está na origem dessa tensão se transforme em luz.

Alinhe a sua respiração com as batidas do coração da terra. Observe se o ritmo do seu coração está ou não alinhado com a pulsação da Terra. Afirmando simplesmente a sua intenção de criar equilíbrio, vai permitir que o ritmo do batimento cardíaco se alinhe com o da Terra.

À medida que faz este exercício comece a sentir a vastidão do seu campo de energia. Permita que a sua energia se mantenha em expansão, enquanto se liberta das suas limitações.

A vida na forma física e material é como uma roupa feita de muitos fios coloridos. Há uma gama de cores e experiências que todos nós experimentamos.

Há estados muitos escuros de sombra que são preenchidos com raiva, desespero e medo que podem levar as pessoas a agir de formas inimagináveis.

A gama vai desde os estados mais escuros para o estado mais brilhante e de maior luz. Tudo é parte da natureza, que também tem ciclos diferentes. Há diferentes ciclos no dia. Há épocas diferentes das quais todos somos parte. E há as diferentes fases lunares.

Todos temos uma profunda compaixão por aqueles que sofrem com as tragédias. Ficamos todos aflitos quando as crianças em vários países morrem devido a comportamentos violentos. Sofremos por todas as espécies que são mortas por causa do comportamento ignorante para com o valor da vida.

Sofremos, temos compaixão e, ao mesmo tempo, também devemos escolher o fio de cor que queremos ser e que vai torna-se na peça de vestuário do mundo físico. Outra forma de experimentar isto pode ser pensar qual é a nota musical ou o acorde que quer cantar no coro da vida. Qual é a frequência com a qual deseja contribuir para a vibração da vida?

O momento agora é de fazer uma escolha e de se tornar totalmente nessa cor, nota musical ou vibração. Experimente-o totalmente agora. Irradie essa cor, som ou vibração para o mundo. Faça um compromisso de continuar a ser um vaso de amor incondicional e luz para o mundo.

Isto é o que é necessário para a cura e evolução do planeta.

Quando se sentir pronto, volte ao espaço onde se encontra com um renovado sentido de compromisso de estar ao serviço.

Tenho refletido sobre o que se chama de “A Morte do Xamã” na prática do xamanismo. Sei que muitos dos que leem a Transmutation News não praticam xamanismo. Mas este tipo de morte iniciática aparece em todas as tradições espirituais.

Não existem exercícios que se possam fazer nos workshops e que levem a uma verdadeira “morte xamânica”. A vida traz-nos essa iniciação. Podemos experimentar uma “morte espiritual” espontaneamente numa meditação, viagem xamânica ou sonho. Mas não se pode planear uma iniciação deste tipo porque ela só acontece quando tem de ser. Esta verdadeira iniciação não tem rede de segurança. Numa iniciação deste tipo perdemos a identidade à qual estamos ligados ao nível do ego e da personalidade. A recriação e renascimento surgem quando aprendemos a viajar dentro de nós e a encontrar a nossa voz interior e o nosso ser autêntico.

As circunstâncias de vida que proporcionam uma experiência de morte são tipicamente muito duras, pois a turbulência da vida ajuda-nos a refazer e a esculpir-nos na nossa verdadeira natureza, tirando-nos tudo o que não é autêntico e não nos serve mais. No final, como que nos rendemos à nossa nova identidade da qual emergimos renascidos e revigorados.

Estou a escrever sobre isto agora porque sinto que muitos de vocês têm experimentado esse tipo de morte/renascimento. As circunstâncias da vida estão a criar mudanças e transformações dentro de nós que nos levam para o lugar de evolução sobre o qual muitos escrevemos e falamos. Mas, de novo, esta experiência evolutiva nunca é planeada pela nossa mente racional. A nossa alma cria-a na hora certa.

Sinto que o poder do xamanismo no século XXI é fazer viagens xamânicas ao nosso Mundo Interior. Temos caminhado dentro de nós nos últimos anos, à medida que temos feito práticas que cultivam um jardim interior rico. Vivemos no planeta Terra, que é um jardim. E dentro de nós há um jardim que precisa de ser cuidado e cultivado. Somos cuidadores do nosso jardim Terra por dentro e por fora.

As práticas que partilho nos meus livros estão cheias de exercícios e meditações que nos ajudam a plantar sementes fortes e saudáveis. Estas práticas e meditações também ajudam na remoção de plantas que têm raízes profundas, mas que já não servem a nossa saúde e bem-estar.

Todas as práticas escritas nos meus livros foram apresentadas nesta coluna mensal para ajudar os que nos têm lido. Deixei a informação disponível a todos.

Todas as práticas que tenho partilhado ao longo dos anos criam um belo jardim interior que nos leva a um lugar de entendimento de que “sou suficiente”. Quando evolui para este lugar já não é mais atirado para fora do centro por tudo o que acontece à sua volta. Agora, pode-se mover através da vida a partir de um lugar de estar centrado e de ter uma postura de graça.

O Ano Novo inaugura-se num sentimento de que podemos “começar de novo”. É claro que não podemos voltar atrás e mudar o passado. Mas podemos voltar para trás em espiral no sentido de aprofundarmos as práticas que temos feito e que nos conduzem a um ambiente interior mais rico e saudável.

Muitos de nós sentimos que temos novas oportunidades à medida que caminhamos para um novo ciclo. E fazemo-lo. Cada mudança de estação proporciona novas oportunidades de crescimento.

Sugiro que encaremos começar o ano com novos olhos e um desejo de experimentar uma vida mais rica e mais saudável, revendo o que temos vindo a cultivar no nosso jardim interior.

Ponha uma música de relaxamento e viaje para o seu mundo interior, com a intenção de examinar o solo do seu jardim. Não se preocupe com as sementes e plantas do seu jardim. Apenas examine o seu solo. Observe a textura, a profundidade do seu solo, o nível de humidade. O seu solo parece rico e fértil? Parece seco e descuidado?

Permita que o seu próprio conhecimento interior lhe forneça as instruções do que é necessário para garantir que o solo do seu jardim interior é rico, saudável e fértil.

Para que as suas práticas espirituais criem raízes, deve ter uma base saudável de solo para que as sementes novas de conhecimento, inspiração e faísca criativa criem raízes e cresçam dentro.

No mês passado, para terminar 2012, pedi a todos para libertarem as energias que não nos servem num grande caldeirão de luz.

Este mês, para ajudar a criar um solo rico no nosso jardim interior, convido-o a beber do caldeirão que criámos. Beba a luz do divino. Absorva esta luz. Leve-a dentro de si. Seja alimentado por ela. Merece ser alimentado e nutrido pelo amor e luz da vida. Sinta o poder de cura à medida que esta luz é ingerida e absorvida por todas as suas células. Esta luz é eterna e sempre abundante.

Agora vamos imaginar um copo – um copo bonito que pode usar para uma celebração. Encha este copo com a luz e o amor do caldeirão. E vamos levantar os nossos copos, em comunidade global, para brindarmos uns aos outros e desejarmos um glorioso Ano Novo.

A lua cheia é a 27 de janeiro. Vamos abrir os nossos corações e abraçar com amor todos os seres vivos na Terra. Vamos agradecer aos elementos terra, ar, água e fogo por toda a vida e nutrição que recebemos deles.

Mergulhe profundamente no seu mundo interior e experimente a sua luz divina. Deixe essa luz fluir em si, fundindo-se com a luz de cada um de nós que continuamos a tecer uma bonita, potente e forte teia de luz dentro e ao redor da Terra.
Os novos leitores de Transmutation News podem ver mais informações na página principal deste site.

Desejo a todos um Ano Novo cheio de alegria e do melhor que a vida tem para oferecer!