Transmutation News Novembro de 2017
Nas últimas Notícias de Transmutação tenho vindo a partilhar como as pessoas me relatam o estado de desespero em que se encontram e a dificuldade em manter o trabalho espiritual. De momento, esses relatos estão a mudar como eu esperava.
Com tudo o que está a acontecer nos nossos mundos interior e exterior, estamos a atravessar uma morte. E como Elisabeth Kubler-Ross tão brilhantemente descreveu, há diferentes fases para uma pessoa se preparar para a morte. Claro que se referia às pessoas com um diagnóstico terminal. Mas essas fases também se podem aplicar à morte do nosso estado atual de consciência. As fases que Elisabeth descreve não têm uma ordem em particular e ela também admite que algumas pessoas nunca passaram por todas elas. Mas eu considero-as dignas de nota porque tenho trabalhado com muitas pessoas com diagnósticos terminais e a experienciarem profundos estados de luto.
Primeiro, há a negação. E depois há a raiva de que a vida está a mudar de formas que parecem sombrias quando olhamos com os olhos humanos. Os grandes xamãs olham para o que está além deste mundo material em que vivemos; olham para outras dimensões da realidade onde a esperança e a cura estão sempre presentes. Depois das pessoas entrarem em estados de raiva, segue-se o negociar uma cura milagrosa com a força divina.
Até certo ponto, a raiva sobre a morte e a mudança podem-se transformar em aceitação. Algumas pessoas sentem que a aceitação implica desistir. E isso não é verdade. Porque até com a aceitação temos ferramentas para nos mantermos unidos e com força e para continuarmos o nosso trabalho sem desistirmos dos nossos sonhos. Ao mesmo tempo, quando aceitamos que a morte está a acontecer, na realidade aprendemos a adaptar-nos às mudanças necessárias que ocorrem, por isso, podemo-nos mover para um estado de equilíbrio.
E o que as pessoas me começam a comunicar é que com a “morte do ego” a ser experienciada e o esculpir das suas vidas, começam a experienciar viagens, cerimónias e trabalho de cura mais profundos. A crise atual que atravessamos está a abrir os véus entre os mundos onde grandes intuições e orientações esperam por nós. O caminho entre a realidade visível e a realidade não visível encurta-se à medida que aprendemos a mudar a nossa perceção e a olhar para dimensões além desta, como os xamãs fazem há milénios. E nesse olhar para essas outras dimensões da realidade, podemos verdadeiramente trazer energias mais elevadas que nos ajudem a fazer as mudanças necessárias para o renascimento e para a iluminação. Estas fases seguem-se a qualquer experiência de morte e de desmembramento.
Nos Estados Unidos, novembro é o mês de celebrar a Ação de Graças. Escrevo a mesma mensagem todos os anos. Nas culturas xamânicas, cada dia era um dia de Ação de Graças. O sol era saudado e recebido a cada dia. Cada membro da comunidade saudava o sol com gratidão pela vida e pela energia que dá a todas as formas de vida. Agradecia-se a vida diariamente, assim como as plantas e árvores que ajudaram a curar e a alimentar a comunidade. Também se agradecia a quantidade de animais que se sacrificaram para que outros pudessem comer e sobreviver. Através do poder da gratidão e dos atos de honra e de respeito, criaram-se fluidez e equilíbrio entre as pessoas e os elementos terra, ar, água e o sol.
E as pessoas focavam-se diariamente nos seus maiores sonhos e visões, em vez de alimentarem o que não estava a funcionar no seu mundo exterior. Havia gratidão pela riqueza e pelos tesouros das forças divinas que vivem dentro de cada um de nós.
Cada dia era um dia de Ação de Graças e nós podíamos criar sonhos poderosos se trouxéssemos esta prática simples e mágica para a nossa vida diária. Porque, independentemente do que está a acontecer na nossa vida, sempre temos a própria vida para estarmos gratos.
A lua cheia é a 4 de Novembro. É sempre uma altura poderosa para nos juntarmos às energias coletivas, irradiarmos luz e partilharmos amor incondicional com todas as formas de vida, enquanto continuamos a tecer uma bonita teia de vida dentro e através da Terra.
Lembrem-se de fazer o vosso trabalho de preparação, para que possam entrar profundamente na vossa luz divina e juntarem-se à nossa comunidade global enquanto brilhamos e nos focamos em todos os lugares do planeta que podem usar a cura espiritual neste tempo de desmembramento e de renascimento.
Se são novos leitores da Notícias de Transmutação, por favor leiam “Creating a Human Web of Light” na página principal para mais instruções sobre a cerimónia da lua cheia.
História inspiradora do mês
Obrigada, Anne, por partilhar a história que se segue e as fotos! Desejamos-lhe muita saúde!
Antes da cirurgia para remover o meu rim esquerdo e a uretra, estava com a minha e o meu marido no quintal. Eu caminhava devagar por um caminho de meditação em laje perto da imagem de Buda. É meio de Dezembro e eu já fiz duas cirurgias, sabia que tinha cancro e que era maligno. Enquanto andava, pedi aos Espíritos Auxiliares e a Buda para libertar todas as expectativas dos resultados. A minha irmã tirou-me esta fotografia enquanto eu andava. O sol de inverno vinha de Sul, não havia nada no mundo material que pudesse causar este arco-íris de luz a brilhar diretamente na área onde fui operada e onde detetou o cancro. A resposta dos Espíritos: toda a cura profunda vem do Espírito. Confia!
