Transmutation News Março de 2012

No mês passado escrevi sobre o acordar do transe da consciência de massas. Podemos despertar para novas perceções e sensações de vitalidade. Em Fevereiro sugeri que, como primeiro passo, devíamos definir uma intenção de despertar.

Quando definimos uma intenção, no início podemos sentir que estamos num estado mental. Mas definir uma intenção ativa o subconsciente para manifestar o nosso objetivo. O que pode parecer, inicialmente, um conceito mental, rapidamente passa a uma experiência corporal.

À medida que definimos a nossa intenção de acordar do sonho que agora estamos a viver, começamos a movimentar-nos em direção a um estado mais profundo de consciência.

Outro passo é começar a observar e refletir sobre a forma como nos nutrimos. Temos estado a olhar para a forma como nos conectamos com o amor universal. Também devemos refletir sobre como temos cuidado de nós.

A nutrição aparece em vários níveis. A absorção permite-nos receber nutrição verdadeira. E devemos refletir sobre o que estamos a absorver. O que absorvemos da vida? A um nível pessoal, é tempo de refletir nas seguintes questões:

Que energias absorvemos dos média?
Que energias absorvemos dos nossos próprios pensamentos?
Que energias absorvemos das pessoas que nos rodeiam?
Está a trabalhar com a prática de transmutar, intencionalmente, as energias que transporta das pessoas que conhece e do coletivo para a sua psique e para o corpo?
Tem trabalhado na substituição de pensamentos derrotistas por pensamentos positivos?
Refletindo sobre estes aspetos, vai encontrar em si a energia que alimenta novas intenções.

Estamos constantemente a absorver energias. À medida que aprendemos a elevar a nossa frequência, é essencial aprendermos a absorver e a nutrirmo-nos com a luz divina que a apoia.

Isto também é verdade para o que comemos. Há uma frequência maior na natureza para a qual a maior parte de nós está adormecido e não tem consciência. Há tantas dimensões na própria natureza. Para apoiarmos os nossos corpos a serem um vaso de uma vibração maior, devemos pôr a nossa atenção a absorver a frequência mais elevada da natureza. Isto significa que, enquanto comemos, bebemos água, tomamos banho ou respiramos e andamos ao sol, devemos focar-nos em absorver a luz divina da natureza.

Muitas vezes falamos sobre mudar a consciência, mas os nossos corpos também devem ser apoiados nesta mudança. Temos de aprender a abrir o véu para uma nova dimensão de como entendemos a nossa comida e os elementos que ingerimos. Precisamos de abrir os véus entre a consciência densa de como tratamos a natureza e o seu nível mais elevado de inteligência. A natureza é um espírito auxiliar. É tempo de receber nutrição divina da própria natureza e aprender como absorvê-la. Devemos lembrar-nos que também somos parte da inteligência divina.

Quando o nevoeiro das crenças coletivas levantar, podemos experimentar os prazeres momentâneos que geram alegria. E isso pode ser acordar com o canto dos pássaros; sentir o calor do sol depois de ter feito frio; ver a beleza da neve a cair; ouvir os sons de crianças a rir; ver uma bela árvore ou planta florida num dos passeios pela natureza.

Tudo isto faz parte do acordar do transe.

Dois dos ensinamentos fundamentais da Medicina para a Terra são:

As energias que alimentamos são aquelas a que damos vida.

A Alquimia é a prática de trabalhar dentro de nós, mergulhando na densa escuridão interior, e aprender a transmutar os nossos estados internos para consciência de luz dourada.

À medida que continuamos a trabalhar com esses ensinamentos, chegamos a um ponto de perceber que as histórias pessoais e coletivas que alimentamos são apenas criadas pelo ego.

A um nível espiritual não há história sobre a qual as pessoas devam ter pena, culpem, tenham de curar. A única história espiritual que existe é que nós somos Um com o Amor e a Luz universais.

Ao vivermos os ensinamentos espirituais, começamos a ver ilusão em todas as histórias a que estamos conectados.

A história também pode afetar a forma como fazemos o nosso trabalho de visão. O ego não fica satisfeito apenas com uma visão positiva. O ego quer ver um resultado imediato.

Ao mesmo tempo que nos apegamos às nossas histórias, muitas vezes acabamos por diminuir as nossas expetativas sobre a vida, acabando por criar uma aridez e diminuindo a nossa própria força vital.

As tradições espirituais ensinam que, para ver além da história e do resultado final, há o poder de, simplesmente, irradiar luz. Podemos ver-nos a nós mesmos, aos outros, ao próprio planeta em luz divina.

E à medida que fazemos isso, a inteligência divina da natureza suporta e faz acontecer o projeto com o qual nascemos. Permitimos que as soluções surjam através de nós, em vez de as forçarmos.

Continuo a ver que, quanto mais me mantenho rendida à inteligência divina que me habita por dentro, mais me posso mover para além da minha necessidade egóica de ficar ligada à “minha história” e a qualquer resultado.

Isso cria espaço dentro de mim para canalizar o Amor Universal e a Luz divina sem apego.

E a minha alma anseia por afastar-se do que me prende ao condicionamento da sociedade.


A minha própria alma anseia por alimentar a luz interna e o fogo que me habitam para ser uma luz no mundo.

Há milhares de anos que os mestres espirituais nos têm ensinado a fazer isto. Devemos afastar-nos de olhar a vida através dos olhos do ego e ver o mundo através dos olhos do espírito.

No entanto, nem todos se sentem prontos para o fazer. Estamos numa aventura de vida e todos temos que trilhar o caminho de uma forma lenta e constante.

Alguns de nós ainda precisam de explorar o condicionamento passado que cria uma certa história repetitiva, que continua a tocar como uma canção a que a nossa mente se agarra. E sabemos bem como, às vezes, uma canção fica na nossa cabeça e continua a tocar repetidamente.

E, para alguns, a música tem tocado muito e sabemos, exatamente, de onde vem a música da nossa história. É hora de substituí-la por uma nova. É tudo uma questão de tempo.

Se se mantiver no seu caminho, encontrará uma profunda liberdade interior ao deixar de lado as necessidades do ego. Encontramos a liberdade quando nos distanciamos da história e da necessidade de gratificação imediata, de querer ver certos resultados.

Perceba onde está no seu caminho. Estamos próximos de uma mudança de estações. Verifique se está pronto para alimentar a luz da vida.

Se a sua resposta for sim, ao entrar a primavera no Hemisfério Norte e o outono no Hemisfério Sul, assuma o compromisso de irradiar luz na sua vida, nas suas histórias e nas histórias coletivas.

Alivie-se da necessidade de saber como resolver problemas a partir de uma linha mental de pensamento. Ao experimentar a luz da vida, as verdadeiras soluções irão borbulhar da semente de saber que está dentro de si. Para muitos de nós, essa semente está há muito tempo à espera que as condições certas lhe permitam germinar e florescer.

Este mês, Sylvia Edwards presenteia-nos com um disco com o qual podemos trabalhar para mudarmos de sintonia para a Luz Divina. Mais abaixo está um pequeno texto sobre o disco e a sua imagem, para meditar.

No passado, já lhe pedi para fazer uma meditação ou viagem xamânica com o intuito de conhecer o seu criador ou os poderes criativos do Universo. Desta forma podemos começar a entender como fomos criados e podemos aprofundar a nossa prática de transfiguração. Pois, quando nos transfiguramos no divino, é útil ter alguma sensação celular desse mesmo divino.

Também lhe pedi para experimentar, a um nível celular, o amor colocado no momento da sua criação. Pois você foi criado a partir da energia do amor universal e, quanto mais a pudermos absorver, mais a cura e a transformação ocorrem em nós a muitos níveis. E também podemos tornar-nos vasos mais fortes de amor universal.

Este mês gostaria de lhe pedir para fazer uma meditação ou viagem xamânica para se encontrar com a Terra. Coloque uma música meditativa que o faça sentir-se em expansão. Peça para encontrar a Mãe Terra, que o nutre e da qual você é parte. Tal como acontece com o Criador, a Terra alimenta-nos com o amor universal e incondicional. Experimente-o e absorva-o.

Agora, na mesma meditação ou viagem xamânica, aprofunde a sua experiência e insira-a na terra onde vive. Estamos a entrar na primavera no Hemisfério Norte e no outono no Hemisfério Sul. Experimente a mudança na Terra à medida que as estações mudam. Sinta a mudança em movimento no solo e perceba quaisquer sentimentos qualitativos dessa mudança.

Saiba mais sobre a Terra e as mudanças das estações, fundindo-se e tornando-se a própria Terra.

Sinta como a Terra espera que as novas sementes sejam plantadas. Estas sementes devem ser plantadas por humanos, transportadas e deixadas cair na Terra pelo vento ou água, levadas por um pássaro, um inseto, ou outras formas de vida.

A Terra espera pacientemente para que estas sementes sejam plantadas no seu corpo, no seu solo. E então ela nutre cada semente sem julgamento do que é transportado no seu interior e do que vai crescer a partir daí. Ela apenas alimenta com amor incondicional, tal como o nosso Criador.

Como seres humanos, cabe-nos usar o discernimento sobre o que plantamos. Porque a Terra vai levar as nossas sementes e alimentá-las incondicionalmente.

Se plantarmos sementes de medo, raiva e desesperança, em seguida o nosso jardim e a nossa Terra interior vão nutrir essas sementes sem julgamento. Devemos escolher plantar o que queremos que a nossa Terra interna nutra e faça crescer.

No equinócio, escolha cuidadosamente as sementes que deseja plantar no seu jardim interior. A sua terra interior espera pacientemente por essas sementes.

A 20 de Março, no equinócio, vamos definir juntos e com discernimento uma intenção de plantar sementes nos nossos jardins exteriores e interiores. Vamos planear, em conjunto, o jardim que queremos ver crescer. Plante sementes com intenções, palavras, pensamentos que contêm o potencial criativo de paz, amor, luz e oportunidades ilimitadas.

Somos os jardineiros deste fantástico planeta Terra. Vamos trabalhar em parceria harmoniosa uns com os outros e com a própria Terra para cultivar um jardim de verdadeira beleza e amor.

No equinócio, saia e conecte-se com os elementos, sentindo o quanto faz parte de toda a vida. Não importa se vive num ambiente urbano ou na natureza. Basta ir para o exterior e ficar em contacto com a Terra.

Feche os olhos e faça algumas respirações profundas, sentindo-se conectar com as batidas do coração da Terra. Levante os braços para o céu e abra-se à vida. Abra-se para uma mensagem que o vento lhe traz hoje. A mensagem tanto pode vir através de uma suave brisa como de uma forte rajada. Ouça. Sinta o poder do sol a alimentá-lo. Mesmo se não é um dia de sol, ele continua a fornecer a energia para sua vida.

Em algum momento, durante o dia, beba um copo de água e absorva a incrível nutrição que a água lhe traz.

Não estamos separados dos elementos. Somos um com os elementos. O espírito dos elementos apoia-nos imenso. São espíritos auxiliares, inteligência divina da Natureza. Sinta como estamos todos ligados a esta inteligência.

Quando estava a escrever a newsletter deste mês, em 24 horas recebi duas correspondências diferentes de professores de Medicina para a Terra. Lauren tinha uma visão sobre a transfiguração. Ela partilhou como a consciência de tudo – o ar, a vegetação local, os espíritos – nos pode levar a concentrar na visão da transfiguração. Ela escreveu: “Foi como se a consciência do ar fosse um olho divino, que se virou e olhou para mim.” Lauren viu como poderíamos convidar o espírito da natureza para participar numa cerimónia de transfiguração.

No dia seguinte, recebi um e-mail de Karen, que tinha acabado de liderar uma cerimónia de transfiguração na sua área local. E ela queria que eu soubesse que o grupo sentiu que os espíritos da natureza e os elementos se juntaram e estavam presentes durante a cerimônia.

Foi uma sincronicidade interessante receber estes dois e-mails sobre a natureza e o trabalho de transfiguração com a diferença de 24 horas.

Tenho de saber se estamos a receber uma pista de como aprofundar o nosso trabalho.

A lua cheia é a 8 de março. Vamos unir os nossos corações e o espírito divino em amor para a rede de luz que nos conecta a todos. Vamos irradiar luz divina e amor universal através de todo o planeta. Sinta a radiação de luz a ir às profundezas da Terra, alimentando as raízes da vida que nos conecta a todos. Vamos continuar a aprofundar a nossa prática de transfiguração, alimentando e nutrindo a teia de luz.

Vamos convidar os espíritos da natureza a juntarem-se à nossa cerimónia da lua cheia para criar uma teia humana de luz. Sinta o olho divino dos elementos que giram na nossa direção e estão em parceria connosco à medida que experimentamos a nossa conexão divina de alimentar a teia de luz.

Se é um novo leitor de Transmutation News, por favor leia “Creating A Human Web of Light”, na página principal deste site.

Se é um novo leitor, as instruções para a nossa cerimónia de lua cheia são escritas no topo da página.

Os tempos em que vivemos chamam-nos a aprofundar a nossa prática espiritual. Não devemos encarar o nosso trabalho espiritual de ânimo leve. A vida precisa de pessoas que estejam dispostas a abrir os corações para trazer luz, sabedoria e amor do lugar espiritual mais profundo que habita cada um de nós. Vamos germinar as sementes que possuem sabedoria ilimitada. Estas sementes têm estado à espera das condições adequadas para germinar. Chegou a hora!

Desejo a todos uma primavera e um outono alegres!

Aqui estão duas citações de Einstein para nos inspirarem durante este equinócio:

“A vida é como andar de bicicleta. Para manter o equilíbrio deve manter-se em movimento”.

“Eu acredito na intuição e inspiração. A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado, enquanto a imaginação abraça o mundo inteiro, estimulando o progresso, dando vida à evolução. “

Sylvia Edwards, webmaster do site, presenteia-nos este mês com um disco com o qual podemos trabalhar. Pode saber mais visitando o site www.collectivelight.com.

Muitos de vocês estão a trabalhar com os discos da Sylvia. Eu tenho trabalhado com eles e considero-os bastante transformativos. Estou grata pelo facto de todos podermos trabalhar em conjunto com este disco, o que ajuda a deixar ir a mente egóica, as nossas histórias, e leva-nos a mover-nos para a Luz Divina.

O disco chama-se “Luz Divina”. Se olhar para ele por 4 segundos, o que absorve nesses 4 segundos fica por 24 horas.


“Luz Divina” copyright 2012, Sylvia Edwards.
Olhando para este disco, rendemo-nos à Luz Divina de toda a Criação. É a única coisa que cria todas as coisas – a centelha da vida. É a coisa, a substância, emoções, pensamentos visíveis e invisíveis, em todas as realidades. É o mais puro dos puros.

Ao olhar para o disco nos primeiros 4 segundos, a mente pode tornar-se ocupada, mesmo durante esse tempo. No dia seguinte, quando voltar a olhar para ele, a capa do disco começa a acalmar a mente. Olhar para este disco dia após dia traz quietude interior, faz-nos estar atentos ao momento, entrar numa respiração una, na Luz Divina onde todas as respostas estão, toda a clareza, todo o bem, toda felicidade, toda a tranquilidade.

Não há símbolo neste disco porque ele não nos ancora numa coisa, numa ideia. É todas as coisas, todas as ideias, é tudo o tempo todo.


Copyrights. Sandra Ingerman 2012

Translation: Sofia Frazoa

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