Transmutation News Outubro de 2011

Vamos assistindo aos acontecimentos mundiais e vemos que muitas pessoas perdem as suas casas por causa de intempéries, guerras e problemas económicos. E claro que isto nos toca o coração.

Mas há outra tragédia a acontecer, esta silenciosa e que afecta muitos de nós. Estamos a permitir-nos ser empurrados para fora de nós mesmos. Cada vez mais pessoas estão a sentir-se dispersas e dissociadas, à medida que nos movemos para um futuro de incerteza e passamos por tantas mudanças e stress nas nossas vidas.

Esta é uma questão sobre a qual devemos reflectir. Porque o ego tende a mover-se para um estado em que sentimos necessidade de nos dissociarmos mais e mais da vida e do nosso sentido de ser.

E tudo o que o planeta e a vida precisam agora é que fiquemos em “casa”, descansemos no nosso espírito divino e espalhemos a nossa luz no mundo. Mas eu reparo que, para muitos, isto tem vindo a tornar-se difícil à medida que os problemas da vida permitem que o ego assuma o controlo. Por causa disto, muitas pessoas estão a perder o seu sentido de estar centradas. Isto é, claramente, um tipo de perda de Alma.

É tempo de tomar uma decisão clara para voltarmos a “casa”, ao nosso espírito. É necessário que todos executemos um tipo de resgate de Alma para nos chamarmos de regresso a “casa”.

Claro que, se sofreu um trauma, deve considerar a hipótese de consultar um praticante de xamanismo para fazer um resgate de Alma. E há uma lista enorme de excelentes praticantes em www.shamanicteachers.com.

O tipo de perda de Alma ao qual me refiro é aquele em que permitimos que a vida nos puxe para fora de nós e nos faça perder o nosso centro, mas em que depois temos a capacidade de voltar a nós mesmos. Nesta matéria, temos de decidir manter-nos focados, voltarmos ao centro e descansarmos no nosso espírito.

Em Medicine for the Earth apresentei um exercício que tem origem na psico-síntese. Nesta terapia reconhece-se que somos mais que corpo e mente. Temos uma componente espiritual que tem um sentido de impermanência e que se move com graça e facilidade através da mudança.

Tenho trabalhado comigo a repetir: “Sou mais do que corpo e mente. Sou um ser espiritual ilimitado.”

Sempre que me sinto puxada para fora de mim pelo stress da vida, começo a repetir esta frase. Transfiro-me imediatamente para um estado de paz interior e sinto-me a expandir em vez de me contrair.

Sair e deitar-se na terra ou colocar uma música relaxante e imaginar-se na terra irá ajudá-lo a centrar-se e a alinhar-se com as batidas do coração espiritual da terra, os batimentos cardíacos da perfeição divina.

Quando se sentir a ser puxado para fora de si por um acontecimento passado ou pelo medo do futuro, volte a trazer-se ao presente pensando em algo que ame na vida. Mude-se para um lugar de gratidão.

Trabalhe a abrir os chacras da coroa, terceiro olho e cardíaco. Pode, realmente, trabalhar com a transformação da sua percepção quando observa o mundo através dos olhos do espírito. Isto implica abrir o seu terceiro olho. Trazer a sabedoria divina abre o chacra da coroa. E, claro, abrir o coração permite-lhe abraçar toda a vida com amor. Quando estamos num lugar de amor criamos uma casa à qual podemos voltar.

O ego percebe o medo. E esta é a natureza da separação. Faça as práticas que aprendeu para voltar a um estado de unidade e de luz divina.

Estamos todos a ser desafiados pelo mundo exterior para nos movermos para dentro e encontrar a verdadeira paz e segurança.

Nesse sentido, escrevi em Setembro um outro artigo para o Huffington Post. O título é: “How to Create a Rich Inner Garden”.
Se quiser mais ideias para saber como regressar a “casa”, pode ler o que escrevi em: http://www.huffingtonpost.com/sandra-ingerman-/inner-garden_b_942092.html

Falei com a minha amiga Gail sobre o tema da necessidade de chamar a nossa Alma de volta a “casa”. Gail usou a metáfora de um íman. Ela dizia-me como era importante magnetizar a Alma de volta a “casa”.

Gail falou-me da imagem de uma barra de íman, um lado com a carga negativa e o outro com a carga positiva. Como sabe, se segurar duas barras de íman, pode ter uma estacionária e, depois, rodar o pólo da outra para atrair ou repelir a estacionária.

Gail dizia que as tensões da vida e a confusão do ego entre acção/preocupação têm o efeito diário de reverter o pólo – então cria-se um campo em que a essência de cada um termina, sendo empurrado ou afastando-se num movimento giratório.

É importante encontrar formas de magnetizar a sua essência para si, em vez de a empurrar para fora de si. Gail usa a dança para isso. Eu sei que tenho uma variedade de passatempos que podem criar uma atracção magnética da minha essência de volta a “casa”.

Em How to Thrive in Changing Times escrevi sobre o uso de dois ímanes para obter a sensação da energia necessária para conseguir o resultado desejado. Este mês, cada vez que se espalha devido às circunstâncias da vida, deve tentar usar dois ímanes para obter a sensação física de como é puxar a sua essência de volta a si.

Leve algum tempo a fazer o check-in diário do seu Eu interior e faça o que precisar para ter a certeza de que está presente e centrado.

Não se permita ficar perdido pelo que está a acontecer no mundo exterior. Encontre a sua força interior. Descanse no espírito. E saiba que é um espírito ilimitado, que surfa as mudanças que a vida traz a todos com graciosidade e facilidade.

A Lua Cheia é a 11 de Outubro. Leve algum tempo e, se necessário, chame-se de volta a “casa”. Viaje dentro de si e experimente a sua luz interior. Agora, imagine a bonita e brilhante rede de luz que temos tecido juntos. Imagine que os seus dedos, cheios de luz divina, conseguem tocar numa parte da teia. Milhares de nós irão tocar juntos a teia neste dia. Observe a luz e o amor do nosso círculo global, ondulando através da teia de luz.

Se é novo a ler a Transmutation News, por favor leia as instruções de como Criar uma Rede Humana de Luz na página principal deste site.

Vamos manter a nossa comunidade global no amor e percebermo-nos a todos como seres de luz brilhantes, saudáveis e alegres.

Copyrights. Sandra Ingerman 2011


Translation: Sofia Frazoa

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