Transmutation News Maio de 2014

Quando nos focamos apenas no mundo visível, é muito fácil sairmos do nosso caminho espiritual. O coletivo e a mente condicionada estão formatados e magnetizados para o drama e para o trauma que ocorrem no mundo exterior.
É um desafio ficar tão hipnotizado pelo nosso condicionamento. Pode ser uma luta para muitos conseguirem-se focar na beleza da vida em vez de se concentrarem apenas nos desafios.

Estava a caminhar pelo meu arroio (pequena corrente de água) depois de um intenso dia de trabalho. Precisava de uma forma de descomprimir e de limpar a mente. Como já escrevi anteriormente, o arroio no qual ando está cheio de magia para mim. Andar pelo mesmo caminho há 18 anos e sentir os meus pés a conectarem-se profundamente com a terra é um bálsamo curador. E, ao longo dos anos, tenho recebido uma riqueza de presságios e sinais que me têm guiado no meu caminho e também me têm recordado do poder do mundo invisível e da magia da vida.

Realmente, não sei como ficaria centrada se não tivesse um lugar tão familiar na natureza para andar. Posso visitar as minhas árvores favoritas, que já se tornaram amigas, contemplar rochas vermelhas cristalinas e ouvir as canções dos pássaros. Não é apenas um lugar para eu receber mensagens; é também um lugar de conforto.

Santa Fé atravessa uma seca. Bem sabemos que cada lugar no planeta está a passar por mudanças climáticas extremas. E, a avaliarmos pelas pesquisas científicas, as mudanças vão continuar a intensificar-se. Continuo a acreditar que temos o poder de convocar o equilíbrio e de mudarmos o impacto que o comportamento humano tem no planeta.

Ao andar, não pude deixar de me preocupar com a seca e com o destino desta terra. Perdi-me em pensamentos sobre o futuro e quanto mais tempo poderei aproveitar estes passeios nesta incrível e bonita paisagem.

E regressei, deixando de alimentar o desafio e a dificuldade para apreciar todas as bênçãos que recebo da terra. Trouxe-me de volta ao presente. Tive de mudar a minha perceção para ver a saúde divina daquela terra.

Tenho escrito sobre mudarmos a nossa perceção e vermos a saúde divina de toda a terra e de toda a teia de vida. Parece-me que há uma mudança física que consigo sentir enquanto faço isto. Quando percebo a saúde da terra em confronto com a luta, sinto o meu terceiro olho a abrir. E, com a minha capacidade de visão invisível, tudo o que vejo transforma-se. É como se tivesse outro par de olhos que veem o invisível. Com estes outros olhos, vejo a força nas árvores, nas plantas e em tudo o que tem vida. E, ao ver através do meu terceiro olho, posso mudar o que estou a projetar. É fascinante.

Nos últimos meses tenho-me sentido a render mais à inteligência divina da Natureza. Sinto, em todas as minhas células, que o Espírito de Santa Fé sabe o que está a fazer. Acredito que está a permitir que a terra seja esculpida e mudada. A um nível racional, não entendo tudo o que está a acontecer. Mas acredito – e tenho fé – no processo de evolução.

Precisamos de continuar a agir para proteger o ambiente. Mas precisamos de fortalecer o nosso trabalho espiritual.

Uma parte chave do nosso trabalho espiritual é mantermos o nosso foco na beleza, força divina e luz de tudo o que está vivo.

Muitos de nós continuam a ficar armadilhados e a vacilar nesta tentativa de alcançar o divino e, depois, voltarem para trás a um estado egoico de preocupação, medo e raiva.

Tente usar mais os seus sentidos invisíveis para mudar a sua perceção do que está a acontecer consigo e com o mundo. Talvez, ao focar-se e ao abrir o terceiro olho, como eu faço, encontre uma forma de projetar luz na terra e no mundo.

Porque sabemos que o mundo é uma projeção nossa. Quando usa a sua visão invisível para mudar a imagem da sua perceção, acaba por mudar a sua vida e tudo o que está conectado com a teia de vida.

Ao andar com o meu terceiro olho aberto, também refleti na mente condicionada. Gostaria de saber se as gerações futuras terão mais facilidade em perceber e projetar o amor e a luz. Sinto que estamos a trabalhar muito para ser vasos de amor e de luz no meio dos desafios e da mudança.

Mas haverá realmente uma evolução de consciência quando, um dia, as pessoas só conseguirem viver diariamente ao percecionarem a beleza e a luz divina? Com uma sensação de perceção expandida, posso absolutamente ver esta forma de viver ã dar frutos.

Por enquanto, vamos fazendo o nosso trabalho e vamo-nos movendo para a frente e para trás, entre a experiência do divino e um estado dual em que apenas vemos a luta e entramos em estados de medo, raiva e dor.

Estou a trabalhar com um amigo para desenvolver uma aplicação. Agora, estou a testar a primeira versão e tenho um dispositivo programado em que recebo um alerta a cada duas horas. O alerta é o som de sinos que, ao tocarem, me levam a parar o que estou a fazer e a refletir no que estou a pensar.

Há alturas do dia em que adoro ouvir o som dos sinos. E há alturas em que grito para o meu telemóvel e sinto que o quero atirar contra a parede. Quando estou perdida no stress do dia, não quero parar e refletir no meu estado de consciência.

Posso dizer, com confiança, que respondo a este constante alerta de forma mais positiva do que teria feito há muitos anos. Posso ver, realmente, que o foco nas minhas práticas espirituais trouxe-me a um caminho mais consciente de viver a vida. E eu quero ser lembrada de que preciso de reformular os meus pensamentos e os meus sentimentos para alimentar as energias de luz e de amor. Essas são as energias que quero ver crescer na minha própria vida, no resto da vida e na terra. E tenho de alimentar as energias que quero ver crescer.

Também reparei que, mesmo quando estou irritada por causa do alerta, se tiver uma palavra, frase ou foto que sejam edificantes e para as quais eu possa olhar imediatamente, a minha irritação dura apenas uns meros segundos. Os avisos visuais à minha volta ajudam-me a mudar a minha linha de pensamento.

Por favor, considere-se ter consigo palavras, frases ou uma foto que possam ajudar a mudar a sua consciência. É importante fazê-lo durante o dia. Porque, se não conseguimos mudar a nossa atenção e consciência durante tempos stressantes, então precisamos de nos perguntar a nós próprios que benefícios virão do nosso trabalho espiritual.

Não podemos passar parte do dia a emanar amor e luz e depois mudarmos para a raiva devido ao stresse que normalmente ocorre quando trabalhamos, tratamos de burocracias e viajamos para vários locais ao longo do dia. Não podemos manter um estado espiritual apenas quando nos é conveniente fazê-lo.

É importante encontrar formas de mantermos a nossa prática consistente. Constato que ter algo para olhar é essencial para me manter focada no meu trabalho espiritual.

Encontre algo que possa transportar e que o recorde e inspire para irradiar amor e luz, em vez de frustração, auto-sabotagem e pensamentos de autodefesa.

Perceba como a sua prática fortalece e se torna mais consistente à medida que aprende como mudar as palavras e os pensamentos que usa de uma forma que irá conduzir a um resultado positivo.

Parte da nossa prática espiritual precisa de incluir a criação de cerimónias regulares de limpeza das densas energias coletivas. Na Notícias de Transmutação de Dezembro, sugeri que nos limpássemos, assim como ao coletivo, transformando num caldeirão de luz densos estados de consciência.

Há uma quantidade imensa de medo, raiva e frustração no coletivo. Juntamo-nos a estas energias, alimentando o coletivo com a nossa energia negativa, e claro que também somos impactados pela energia coletiva da qual fazemos parte.

Neste mês, dedique algum tempo à meditação ou a fazer uma viagem xamânica que inclua uma cerimónia para se limpar a si e às energias que não servem o coletivo.

Pode usar um elemento preferido para trabalhar. Se é o ar, acenda incenso e limpe-se de algo que precisa de ser libertado. Lembre-se de transmutar em amor e luz, com a intenção, as energias que liberta.

Se é o fogo que lhe desperta a atenção, liberte energias que não lhe servem mais para as chamas de uma fogueira acesa num local apropriado. Ou pode-se focar na chama de uma vela e deixar o fogo transmutar as energias que precisam de ser transformadas. Também pode meditar ou fazer uma viagem xamânica na qual inclua uma cerimónia de fogo para se limpar nas realidades não visíveis.

Pode utilizar água para se limpar e, através da intenção, transmutar para amor e luz essas energias que fluem para a água.

Outra forma de limpeza é enterrar na terra o que precisa de libertar, enquanto transmuta a energia. A terra irá transformar em adubo essas energias quando trabalhamos com ela com honra e respeito.

O próximo passo será meditar ou fazer uma viagem xamânica para limpar as energias coletivas densas que precisam de ser transmutadas e transformadas. Ao fazermos isto, enquanto comunidade global, criamos um espaço livre no éter para que aconteçam mudanças positivas. E podemos respirar mais facilmente a todos os níveis.

Decida realizar estas cerimónias de limpeza numa base regular. Tal como nos limpamos fisicamente, devemos manter também um processo espiritual de limpeza. Repare como uma cerimónia deste tipo facilita o nosso trabalho espiritual. É difícil manterem-se práticas espirituais enquanto estamos entupidos com energias comprometedoras.

A lua cheia é a 14 de Maio. Comece por se limpar espiritualmente. Faça algum trabalho de preparação para ajudar a aprofundar a sua prática de transfiguração. Trabalhar de uma maneira superficial não contribui para a saúde da teia da vida. Encontre tempo para a transfiguração, numa altura em que se liberte das exigências da sua vida e deixe de lado as preocupações do dia-a-dia.

Deve ouvir música que eleve a sua consciência. Algumas pessoas concluem que dançar ou cantar as ajuda a aprofundar o estado espiritual. Procure a técnica que funciona melhor consigo.

Transfigure e absorva a luz do divino em todas as suas células. Mergulhe na luz. Irradie luz de forma a que ela flua e brilhe dentro e através da terra. Alimente a teia de luz com amor. Continuemos a dar forma a uma teia radiante de luz.

Se está a ler a Notícias de Transmutação pela primeira vez, por favor leia “Creating a Human Web of Light” na página principal.

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