Transmutation News Fevereiro de 2019

Em janeiro, tive a oportunidade maravilhosa de fazer o programa de Ano Novo no Winter Solstice Summit da Renee Baribeau. A conversa e a prática que orientei foram muito bem recebidas. Se quiserem assistir à minha apresentação, podem fazê-lo aqui:

Os últimos anos foram repletos de tantas mudanças e esculpiram partes antigas da minha personalidade que não refletem mais quem sou agora. Muitos de nós estamos a experienciar a morte do que é familiar, do que sabemos e daquilo com o que podemos contar.

Isto leva-nos à linguagem da Natureza e aos ciclos de morte e renascimento.

A minha vida, mesmo antes de começar a praticar xamanismo, foi preenchida com um profundo desejo de fazer as pessoas sentirem-se amadas e dignas de estarem aqui. Sempre senti – e ainda sinto – muito amor incondicional pelas pessoas e, claro, por toda a vida. Ao mesmo tempo, dou por mim a fazer a dança paradoxal de “ser” amor enquanto o meu ego/personalidade continua a resvalar para a separação e para o julgamento.

Continuo a ensinar, continuo a tentar cantar a minha música autêntica no mundo. Mas fico tão envolvida nos fatos de que:

Há demasiadas pessoas no planeta.

Os seres humanos estão a fazer uma escolha para dar à luz bebés e, depois, alimentá-los com água, ar e comida poluídos. Os bebés nascem com doenças que nenhuma criança ou família deveria experimentar.

Os seres humanos estão a perder todo o sentido de humanidade.

E a maioria dos seres humanos não conhece a linguagem da Natureza. E como pode uma espécie sobreviver se não aprende a sua língua materna? Como aprendemos a sabedoria da Natureza, que nos proporciona vida, em vez de nos sentirmos como as espécies mais evoluídas e dominantes sobre a Natureza e a própria vida?

Enquanto penso interminavelmente nestas coisas, dou por mim a ser fortemente chamada por dentro. As ruminações da minha mente não são produtivas.

As minhas palavras de inspiração, de alguma forma, começam a parecer insignificantes. Ao mesmo tempo, energias espirituais aproximam-se de mim, dançando comigo, indo e voltando, partilhando informações místicas sobre o sim, o processo de deixar ir, mas também sobre os milagres que são possíveis através das práticas realmente antigas do xamanismo – não as práticas e cerimónias superficiais que fazem com que todos se sintam bem por um curto período de tempo.

Para que estes milagres aconteçam, passamos por uma morte. Porque, agora, uma parte do coletivo está apenas a cantar cânticos de desmembramento – sem perceber o poder das suas palavras e pensamentos. Não temos mais as nossas Histórias da Criação, que nos ensinam a cantar intenções e cânticos de criação e renascimento.

É importante, ao enfrentar a morte e o desmembramento, dizer adeus ao que já não serve. E então é hora de mergulhar interiormente e cultivar e cuidar da paisagem interior através de um profundo trabalho espiritual. Plantem as sementes de texturas, cores, sabores, sons, sentimentos, visões e até mesmo boas lembranças que vos ajudem a recordar como criar e voltarem a envolver-se totalmente na vida.

O coletivo está a separar-se em diferentes dimensões da realidade. Ou, como tenho vindo a escrever há anos, todos estamos a ser confrontados com diferentes ondas para surfar.

Para aqueles que querem juntar-se ao processo de recordar, este é um momento para concentrar as vossas energias de maneiras que talvez não tenham escolhido antes.

Em janeiro, tive uma viagem muito poderosa e uma mensagem muito diferente dos espíritos. Lembraram-se como as pessoas que viajam às diferentes espécies na natureza continuam a receber a mensagem de que existe compaixão por nós à medida que evoluímos e crescemos para o nosso eu maior.

Se a Natureza é compassiva e nós somos Natureza (não estamos ligados à Natureza), então o que diz ela sobre a nossa própria natureza essencial?

Isto está a ajudar-me com alguns dos meus julgamentos. Mas é um trabalho em evolução, o de aprender a ser compassiva comigo mesma!

Continuo a repetir continuamente que os xamãs são jardineiros de energia. Quando os espíritos auxiliares partilharam esse ensinamento comigo, toda a minha compreensão das práticas xamânicas e da cura mudou. Ao compreendermos plenamente que somos apenas energia e, como praticantes xamânicos, só trabalhamos com energia, temos mais opções do que apenas se olharmos para a morte das formas como estamos a olhar hoje. Estamos a lidar com os pensamentos que se formaram através de pensamentos errados e não evoluídos. Acreditamos que temos inteligência para encontrarmos solução para tudo. E não temos.

Na realidade, nem sabemos pelo que orar. Porque desconhecemos a linguagem que tornaria as nossas orações uma realidade. Refleti profundamente sobre o seguinte: quando as palavras de poder que servem a vossa intenção não vêm, permaneçam em silêncio e deixem o vosso coração falar.

É imperativo para nós, neste momento, deixar ir e, até, deixar de pensar sobre o rumo que o mundo e as nossas vidas estão a tomar. Este é um momento para ficar em silêncio, rezar, realizar as cerimónias com o máximo de combustível energético que pudermos e deixarmos a sabedoria dos nossos próximos passos revelar-se simplesmente.

Acreditem que irá revelar-se! Faz parte de nos deixarmos fluir. Quando nos permitimos fluir, todos os próximos passos da nossa prática e ações se revelam.

Se tudo é energia, pensem na energia necessária para transformar a energia do coletivo atual. Perguntem-se: estão a colocar a energia necessária para que seja, totalmente, uma força transformadora?

Se não, então é sobre isto que devem refletir este mês.

A lua cheia é a 19 de fevereiro. Vamos elevar a nossa energia para experienciarmos a profundidade da luz transformadora que podemos irradiar dentro e por toda a Terra. Podemos, realmente, inundar todas as formas de vida e a Terra com luz radiante, alimentando a energia do novo nascimento, vida e criação.

Se são novos leitores da Notícias de Transmutação, por favor, vejam “Criar uma teia de luz humana”, na página inicial do site, com instruções para a nossa cerimónia mensal.

No mês de fevereiro, muitos celebram o Dia de São Valentim. É um dia para celebrar o amor!

No xamanismo, a reciprocidade é uma das práticas mais importantes nas quais nos podemos envolver. Por exemplo, a Natureza gosta que se cante. Quando se encontra uma linguagem comum entre duas espécies diferentes e se cantam canções de amor reciprocamente, a magia acontece.

Continuemos a partilhar o nosso amor com todas as formas de vida. Cantem canções de amor e ouçam as canções que vos são cantadas em retorno!

Procuramos um novo voluntário para as traduções em russo. Se alguém se quiser voluntariar, por favor contacte info@sandraingerman.com (este não é um email para mensagens pessoais).

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